tag:blogger.com,1999:blog-67007064181456953792024-03-05T11:39:06.717-03:00Resenha no DivãTiago Nicaciohttp://www.blogger.com/profile/04001512920469986188noreply@blogger.comBlogger108125tag:blogger.com,1999:blog-6700706418145695379.post-15358387908332835662018-01-11T15:49:00.002-02:002018-01-11T15:49:24.078-02:00<iframe src="https://docs.google.com/spreadsheets/d/e/2PACX-1vR5jayL5Scwsn-4HGJiQ-MopzmdnXDuHYVOcGvKXD_UxneyEfPMeqVPZGxf68Myw9zIIjML8ERRHPJ4/pubhtml?widget=true&headers=false"></iframe>Tiago Nicaciohttp://www.blogger.com/profile/04001512920469986188noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6700706418145695379.post-27854251133764739572013-11-14T02:51:00.000-02:002013-12-27T08:24:13.059-02:00O relacionamento entre os jornalistas e suas fontes de informação no cinema<div style="text-align: justify;">
Formas de narrativa surgidas em momentos históricos diferentes e com finalidades distintas, cinema e jornalismo partilham um mesmo ideal de objetividade. Tanto o trabalho de apuração do repórter quanto a película cinematográfica têm, idealmente, a capacidade de desvelar um fato ou uma cena em seu estado natural, aptidão definida por Stela Senra, pesquisadora nas áreas de cinema, vídeo e fotografia, como uma "transparência de registro".</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No entanto, esse ideal de honestidade do relato pode ser comprometido por diversas variáveis presentes nos dois processos. Seja pela rudimentar trucagem tão utilizada por Georges Méliès na sétima arte ou por um simples ruído de comunicação entre o jornalista e seu editor, o registro tende a ficar mais turvo à medida em que se aproxima do consumidor final. No caso do jornalismo, foco principal deste trabalho, um dos fatores fundamentais para definir qual o grau de transparência de uma notícia são as fontes de informação, ponto basilar para a produção de qualquer reportagem.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgiM1EiufnZHMqHdabcg_Xr148PeRnMfeEcYe8SscarkztJfV4nnuiz4AaxEWm8x0aHa45-iveo6RDm99kzhx96Gx9rmBGOZZTvrrTtkPEa-cW6lT-nSmCAkyiGLD7-p_Xb1JIq5XoC9PDk/s1600/Etica-no-jornalismo.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="120" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgiM1EiufnZHMqHdabcg_Xr148PeRnMfeEcYe8SscarkztJfV4nnuiz4AaxEWm8x0aHa45-iveo6RDm99kzhx96Gx9rmBGOZZTvrrTtkPEa-cW6lT-nSmCAkyiGLD7-p_Xb1JIq5XoC9PDk/s200/Etica-no-jornalismo.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Até que ponto é possível confiar<br />
no que te dizem?</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
A partir daí, surge um dilema que confronta diariamente os profissionais dedicados à produção de notícias: até que ponto é possível confiar numa fonte? Qual deve ser o grau de relação entre o jornalista e a pessoa/organização responsável por lhe relatar um fato que ele não pôde presenciar? O assunto é tão sensível que os manuais de redação se preocupam em orientar quase que didaticamente os repórteres iniciantes. No caso da <i>Folha de S. Paulo</i>, o documento enumera quatro tipos diferentes de fontes, sendo a primeira delas, definida como "tipo zero", aquela que tem "tradição de exatidão" e "prescinde de cruzamento de informações". Mesmo essas, ressalta o manual, podem conter erros de informação.</div>
<br />
<b>As fontes na história do jornalismo</b><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Para compreender melhor o papel das fontes de informação no jornalismo contemporâneo, é fundamental traçar um breve panorama histórico da participação desses agentes na apuração de notícias pela mídia. A partir da invenção da prensa de tipos móveis por Johannes Gutenberg, no século XV, iniciou-se um progressivo aumento na publicação de periódicos noticiosos. Nessa fase incipiente da imprensa, ainda não estava consolidada a necessidade de relatar os fatos a partir do testemunho de alguém diretamente envolvido; predominava a visão do editor ou tipógrafo sobre os acontecimentos da época.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Decidir o que era ou não notícia - ou seja, definir os critérios de noticiabilidade - era uma prerrogativa exclusiva do profissional da imprensa. Essa forma de organização começa a mudar de maneira acelerada no decorrer do século XIX, quando uma série de fenômenos políticos e sociais se refletem no trabalho dos jornalistas no Ocidente. A consolidação do capitalismo e a Revolução Industrial, por exemplo, resultaram no crescimento das cidades, mercado vital para os periódicos que surgiriam naquele período, como o <i>The World</i> e o <i>The New York Times</i>, ambos de Nova York. Nessa esteira, gradualmente o ensino básico gratuito e a "democratização" da vida política - leia-se aqui sufrágio universal para homens maiores de idade - ganharam força nos principais países da Europa e nos Estados Unidos, trazendo consigo um campo frutífero para intensos debates que ocupavam espaço nas páginas dos jornais. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nesse cenário, o potencial de influência da imprensa, especialmente dos jornais impressos, tornava-se cada vez maior. O chamado Quarto Poder, conforme cunhou o político irlandês Edmund Burke, despertava o interesse de muitos. Configura-se, então, o campo de atuação das fontes de notícias.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwE-rmF-4L-KUM-W2V-0ta88Igp_lN41C2z_Vm7dE3QOW9QOiYFHQk5RXBbPUU_Fc86egAEUygLwdqVFdIdWp4vBqCrT_7qFeO3z6E8zE0A7Q3SA2kix8uzOnBvqZzB_l3OdPaW0qPTfjz/s1600/global.newspapers.inaug.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="130" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwE-rmF-4L-KUM-W2V-0ta88Igp_lN41C2z_Vm7dE3QOW9QOiYFHQk5RXBbPUU_Fc86egAEUygLwdqVFdIdWp4vBqCrT_7qFeO3z6E8zE0A7Q3SA2kix8uzOnBvqZzB_l3OdPaW0qPTfjz/s200/global.newspapers.inaug.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Mais informação, mais jornais e mais<br />
trabalho para apurar as notícias</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
A principal consequência deste novo panorama é que o trabalho dos jornalistas ganha muito em intensidade. Com uma diversidade maior de assuntos e interesses envolvidos, um repórter ou editorialista passa a escrever sobre fatos que ele não presenciou e cuja natureza lhe é completa ou parcialmente desconhecida. Mais atarefados e mais tempo presos dentro das redações, esses profissionais têm como alternativa fiar-se no testemunho de terceiros, não necessariamente envolvidos com os jornais mas, às vezes, interessados em que determinada notícia seja veiculada com um enfoque específico. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não demorou muito para as grandes corporações - governos, empresas, partidos - dominarem essa nova interface de comunicação com a imprensa, enxergando a notícia como um produto que deve ser vendido ao público da maneira que melhor represente os interesses dos detentores dessas informações. </div>
<br />
<b>As fontes de informação no cinema</b><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4rYj4Q7MUbr5rtWtVMTnseFSZsufwI6L-m46COTtbO3PkuJ8vMIUG9cMRVIG5902GUU8DgxlhWrI47pN3zOxzhukNvdwjdArj7ec_1o53qWUjZAOzk2OoumgsoU-WhWYDWjrlFXz4D4kg/s1600/power-of-the-press-movie-poster-1943-1020684854.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="155" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4rYj4Q7MUbr5rtWtVMTnseFSZsufwI6L-m46COTtbO3PkuJ8vMIUG9cMRVIG5902GUU8DgxlhWrI47pN3zOxzhukNvdwjdArj7ec_1o53qWUjZAOzk2OoumgsoU-WhWYDWjrlFXz4D4kg/s200/power-of-the-press-movie-poster-1943-1020684854.jpg" width="200" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
A relação entre fontes e jornalistas, e seus consequentes dilemas éticos, sempre foi um prato cheio para as narrativas cinematográficas. Desde <i>O Poder da Imprensa</i> (The Power of the Press, EUA, 1909), primeiro filme a retratar o universo do jornalismo, essa é uma questão essencial para construir a personalidade do repórter, que tende a oscilar entre vilão e herói conforme a narrativa.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No cinema, o que define se o jornalista é um bom ou mau profissional, na maioria dos casos, é como ele lida com as informações que obtém. Conforme define Isabel Travancas no artigo "Jornalista como personagem de cinema", o mau repórter é aquele "profissional que não mede esforços para conseguir seus objetivos e dar o ‘furo’ de reportagem", empenho que inclui chantagem, manipulação de informações e quaisquer outros artifícios tangíveis. Por outro lado, o bom jornalista "identifica-se com os valores do mundo público e defende a verdade, a democracia, o bem comum", o que implica em maior cuidado no relacionamento com as fontes e afinco na checagem de informações.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXFJ7mNk-9mfMl9DTipbQSlwS6fxehXwwFQxV9eX0hQpQLu7IYQ9-avkKwL35xftAEiubzsay5s8C4GkI4V2c-EglEI6HCg_nJH6U0i5Wm-byy_a7FblX-qgDwvnQgQbXewC3fM_93JMAX/s1600/presscar.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="131" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXFJ7mNk-9mfMl9DTipbQSlwS6fxehXwwFQxV9eX0hQpQLu7IYQ9-avkKwL35xftAEiubzsay5s8C4GkI4V2c-EglEI6HCg_nJH6U0i5Wm-byy_a7FblX-qgDwvnQgQbXewC3fM_93JMAX/s200/presscar.jpg" width="200" /></a>O típico jornalista sem limites morais para a obtenção de notícias é encarnado pelo personagem de Kirk Douglas em <i><a href="http://resenhanodiva.blogspot.com.br/2011/10/montanha-dos-sete-abutres.html" target="_blank">A montanha dos sete abutres</a></i> (Ace in the hole, 1951), longa dirigido por Billy Wilder. Charles Tatum, um repórter com carreira decadente, é forçado a trabalhar num jornal interiorano e descobre que Leo Minosa (Richard Benedict)<a href="http://meuip.s12.com.br/"><img border="0" src="" /></a>, um trabalhador local, está preso entre as ruínas de uma montanha - uma informação exclusiva. Ao notar que essa poderia ser sua chance de colocar seu nome novamente em evidência, ele publica a história, que rapidamente desperta o interesse de toda imprensa americana, mas cuida para que só ele tenha acesso à tal montanha, de modo que os demais jornalistas atraídos para o local dependam das informações dele, Tatum, para noticiar o fato. Para ele, o mercado dita o tipo de trabalho que um jornalista precisa empreender, ideal expresso num dos diálogos do filme: "Eu posso cuidar de grandes notícias e pequenas notícias, e se não houver notícias eu saio e mordo um cachorro".</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Neste ponto, o roteiro escrito por Billy Wilder, Lesser Samuels e Walter Newman esboça uma pequena anatomia da estrutura de obtenção de notícias que vigora até hoje em muitos casos. Uma única pessoa (Tatum) tem acesso a uma determinada informação que interessa a todos, e com isso controla o fluxo do noticiário de acordo com seu interesse. Além disso, Charles Tatum conhece bem que tipo de notícia atrai seus colegas de profissão, e por essa razão seleciona de maneira criteriosa tudo que deve ser falado sobre o histórico familiar de Leo Minosa, de maneira a construir um personagem adequado para a mídia presente. A linha de pensamento de Tatum fica bem delineada quando, em certo ponto do filme, ele afirma: "A morte de centenas ou milhares de pessoas não tem o mesmo interesse que a morte de uma única pessoa. A morte de um só tem interesse humano, enquanto a morte de milhares é apenas um número”.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_lvvAFYyVM-m0tSBVzzZl1byq-d2d8BOu2Ti7Wgtk1LoSWjCuyDgdm9Reesoln587VLJT1D5bvd12BuEOMq55Mqpy78yoMLopKTLKF2qvMrRynfh_G8voo6hmCslrBJo8QDAA0PQ0s9mu/s1600/wag-the-dog-long-tail.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="175" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_lvvAFYyVM-m0tSBVzzZl1byq-d2d8BOu2Ti7Wgtk1LoSWjCuyDgdm9Reesoln587VLJT1D5bvd12BuEOMq55Mqpy78yoMLopKTLKF2qvMrRynfh_G8voo6hmCslrBJo8QDAA0PQ0s9mu/s200/wag-the-dog-long-tail.jpg" width="200" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Situação similar é apresentada em <i>Mera Coincidência</i> (Wag the dog, 1997), filme dirigido por Barry Levinson. A trama tem início com uma ameaça de crise no governo americano: em viagem diplomática e às vésperas de tentar a reeleição, o presidente dos EUA recebe a notícia de que uma jovem irá a público acusá-lo de assédio sexual. O que fazer para resolver o problema? Pautar a mídia, ora. Rapidamente, uma equipe é montada para gerenciar a situação, e a ideia arquitetada por Conrad Brean (Robert de Niro), assessor pessoal do político, é espalhar a notícia de que o país estava em guerra contra a Albânia para desviar a atenção do escândalo sexual pelas duas semanas que restam até as eleições presidenciais. Curiosamente, o filme foi lançado um ano antes do maior escândalo sexual da história americana, envolvendo o então presidente Bill Clinton e a estagiária Mônica Lewinsky. Até por conta disso, o longa chegou ao Brasil com o título <i>Mera Coincidência</i>.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No filme de Levinson, tal qual acontece em <i>A Montanha dos Sete Abutres</i>, apenas um lado - o governo - tem o monopólio da informação, e esse poder é tão grande que é capaz de impor um agendamento noticioso e forçar a mídia a reportar uma guerra inexistente. Essa inversão de papéis tem por objetivo controlar a mensagem que chega ao público. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Interessante também notar as estratégias utilizadas para que a farsa montada em torno de um pretenso conflito bélico sejam bem-sucedidas. Da mesma forma que Tatum preocupava-se em construir o personagem de sua tragédia domesticada, aqui o gabinete de crise presidencial recorre a um produtor de Hollywood para viabilizar a dramatização da guerra. Cria-se um vídeo da zona de combate onde é inserida a figura da civil aflita em busca de abrigo; quando as circunstâncias forçam o fim do embate imaginário, surge então um soldado solitário, deixado atrás das linhas inimigas e que transforma-se num símbolo com o qual toda a população se identifica. Enfim, o longa abusa dos clichês para satirizar a maneira incauta com que muitas vezes a imprensa mergulha de cabeça na versão oficial sobre os fatos. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Aproveitando-se da condição de ser a principal fonte de notícia de um país, os governos utilizam os meios de comunicação para fins de legitimação política e social, ponto principal da crítica presente no filme e falha comum a muitos jornalistas. Cabe ao repórter, mesmo em situações como essa, onde a fonte da notícia também teria, presumidamente, o dever de zelar pelo interesse público, buscar alternativas para confirmar os fatos vendidos como verdade.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxc5-0jhJdVk58R1urKSZN4hWsK6eAbhC9uaWt2aIOYGy1VOkwNehu_PkBeLf-u-e4iX8K9Nr1ngaEUY96shMrlXw-6jLXFHOh78BF8-acHyb4Urw4qt5iY9EqLowJqDZMkM0NXIUxelBE/s1600/absence-of-malice.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="118" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxc5-0jhJdVk58R1urKSZN4hWsK6eAbhC9uaWt2aIOYGy1VOkwNehu_PkBeLf-u-e4iX8K9Nr1ngaEUY96shMrlXw-6jLXFHOh78BF8-acHyb4Urw4qt5iY9EqLowJqDZMkM0NXIUxelBE/s200/absence-of-malice.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Sally Field como a repórter Megan</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Mas seria esse tipo de prática algo exclusivo das grandes corporações? Em <i>Ausência de malícia</i> (Absence of malice, 1981), filme dirigido por Sydney Pollack, somos confrontados com um cenário ligeiramente diferente. Desta vez Gallagher ( Paul Newman), um executivo presumidamente honesto, porém com um histórico de integrar uma família de mafiosos, tem a reputação atacada por um jornal, que publica uma reportagem acusando-o de um crime. Gallagher, então, vai atrás da jornalista que escreveu a matéria e começa a conduzir uma segunda apuração, desta vez guiada por seus interesses. </div>
<div>
<br /></div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
Por meio de uma narrativa pessoal, o longa de Pollack leva a uma reflexão sobre como o trabalho dos jornalistas, seja ele bem feito ou não, tem um impacto direto sobre a vida das pessoas - aqui resultando inclusive em morte. E o vetor de tudo acaba sendo a ambição desmedida da repórter Megan (Sally Field) em ver seu nome associado a uma grande reportagem na capa do jornal. Em razão disso, ela quebra um dos deveres fundamentais de todos jornalistas, previsto inclusive no Código de Ética elaborado pelo Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ): resguardar o sigilo das fontes. Passado esse primeiro desvio de conduta, o sentimento de culpa passa a guiar sua apuração, tornando-a facilmente influenciável por Gallagher, primeiramente colocado como vítima de uma reportagem precipitada.</div>
<br />
<b>Conclusão</b><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Por sua relação de parentesco com o jornalismo, que reside na maneira similar de contar histórias, o cinema deve ser considerado como um ponto de partida para reflexões acerca do exercício da profissão. Através dos repórteres e editores retratados na tela grande, sempre oscilando entre o papel de vilão sem escrúpulos e fiel defensor da moralidade, é possível ter uma noção sobre os dilemas enfrentados por pelos jornalistas na vida real.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No assunto ao qual se refere este artigo, o relacionamento com as fontes de informação, os três filmes lembrados deixam claras as dificuldades impostas a quem deseja atuar neste ramo, que exige grande responsabilidade e discernimento para tomar as decisões certas, quase sempre sob pressão.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Por mais que pareça inalcançável a total transparência por parte dos jornalistas, essa deve ser uma busca incessante. Mediante esse esforço, a versão entregue ao público consumidor será a mais fidedigna possível.</div>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/09365000166502723820noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6700706418145695379.post-17331850680533640612013-07-15T13:07:00.001-03:002013-07-15T13:07:57.744-03:00Final original de Guerra Mundial Z teria batalha contra zumbis em Moscou<div style="text-align: justify;">
Uma das escolhas acertadas que os roteiristas de <i>Guerra Mundial Z</i> (World War Z, 2013) fizeram, ao meu ver, foi evitar que o clímax do longa fosse uma batalha final entre zumbis e humanos, o que já se tornou um clichê do gênero. Mas, originalmente, era exatamente esse caminho que o filme iria tomar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
As cenas não foram filmadas, porém os artistas David Allcock (storyboard) e Seth Engstrom (arte conceitual) publicaram em seus respectivos sites os trabalhos que fizeram para esse final alternativo. No desfecho imaginado preliminarmente pelos roteiristas haveria uma elipse cronológica após o segundo ato. Em seguida, Gerry Lane (Brad Pitt) seria mostrado lutando, em Moscou, ao lado do exército russo contra os zumbis.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Confira abaixo qual seria o visual desse "final alternativo".</div>
<br />
Storyboards de <a href="http://www.davidallcock.com/" target="_blank">David Allcock</a>:<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBdofVzpa3CcVnCfA01VgS3Tu1tLg-XRg1msOWd1S_pLuXbeXOSTX2t68ZEW7ThXu4KsOJaixfUMkaxz3TAKke3KCv4KsIEybgpYUImWrevWkK4E6hCMXA-bE-mSELtya0QifXCj4wOWRk/s1600/world-war-z-russia-ending-storyboard+pg+1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBdofVzpa3CcVnCfA01VgS3Tu1tLg-XRg1msOWd1S_pLuXbeXOSTX2t68ZEW7ThXu4KsOJaixfUMkaxz3TAKke3KCv4KsIEybgpYUImWrevWkK4E6hCMXA-bE-mSELtya0QifXCj4wOWRk/s320/world-war-z-russia-ending-storyboard+pg+1.jpg" width="232" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHc_07NCaU6QsCPJxaFbC6DJdFI36LEpGvQZnn6J0F97Hbf78e32HWRPY1usUOqs33paLxNnj4aNY2tIeFlNojugwal33RQcS4FN6Iz-Tfy3mHSM3GUPqvWt97zuPXa-5O4CTm_6sPYmPo/s1600/world-war-z-russia-ending-storyboard+pg+2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHc_07NCaU6QsCPJxaFbC6DJdFI36LEpGvQZnn6J0F97Hbf78e32HWRPY1usUOqs33paLxNnj4aNY2tIeFlNojugwal33RQcS4FN6Iz-Tfy3mHSM3GUPqvWt97zuPXa-5O4CTm_6sPYmPo/s320/world-war-z-russia-ending-storyboard+pg+2.jpg" width="232" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsGE5pw0TmQZ-DtJssFMOZmtSLPN6qb_4ucl6PNYvW5zyADe9MJsOlp3Fg6fe13ZLLOia-Awf4tGoX_GHI4YSpdiVmsPw7I_rKw-wX9Q-XC3B44GUs-mMuMBDeJj9t_WhN93z4Xt8sf7zu/s1600/world-war-z-russia-ending-storyboard+pg+3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsGE5pw0TmQZ-DtJssFMOZmtSLPN6qb_4ucl6PNYvW5zyADe9MJsOlp3Fg6fe13ZLLOia-Awf4tGoX_GHI4YSpdiVmsPw7I_rKw-wX9Q-XC3B44GUs-mMuMBDeJj9t_WhN93z4Xt8sf7zu/s320/world-war-z-russia-ending-storyboard+pg+3.jpg" width="232" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyH5pU-cboRvur3rL9lGXw327DoH_KYDgogLxZgoMYTdAlGOa8jYhly4dwN9llW-IvIpJafY6CrtUk2NnEwwcUJGRhj_qczcM36pyNOlfbH-J3XOPDSxi8nwF1nQ3IIPIIGtNVuWAUS8Gx/s1600/world-war-z-russia-ending-storyboard+pg+4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyH5pU-cboRvur3rL9lGXw327DoH_KYDgogLxZgoMYTdAlGOa8jYhly4dwN9llW-IvIpJafY6CrtUk2NnEwwcUJGRhj_qczcM36pyNOlfbH-J3XOPDSxi8nwF1nQ3IIPIIGtNVuWAUS8Gx/s320/world-war-z-russia-ending-storyboard+pg+4.jpg" width="232" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdKBuy8otP4HO-0Ld6iHUn99llavYfNt_Kqu0t4G6wmveiD-Wjr3Y044JH1G6SyT79tCoCxqXUd7UkjptmcxgB0ko6nzSmh63qhQRUvoppBZorT8JmSilZ52JwxqMJcQj3KldssbsDm922/s1600/world-war-z-russia-ending-storyboard+pg+5.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdKBuy8otP4HO-0Ld6iHUn99llavYfNt_Kqu0t4G6wmveiD-Wjr3Y044JH1G6SyT79tCoCxqXUd7UkjptmcxgB0ko6nzSmh63qhQRUvoppBZorT8JmSilZ52JwxqMJcQj3KldssbsDm922/s320/world-war-z-russia-ending-storyboard+pg+5.jpg" width="232" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2gydd6_EZL4JBGLuzqJFdSK4c-3ilfNgxuGvkdkgeoIA46EiTRUxbI_NufzUe_g_kk-0l2AeQvmpDkkAv5Oxjlzfo8rkfbLsnLcbp68M_GAQVuRtKq9HABJBF2xSwEuGa3rsJD58BF5hj/s1600/world-war-z-russia-ending-storyboard+pg+6.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2gydd6_EZL4JBGLuzqJFdSK4c-3ilfNgxuGvkdkgeoIA46EiTRUxbI_NufzUe_g_kk-0l2AeQvmpDkkAv5Oxjlzfo8rkfbLsnLcbp68M_GAQVuRtKq9HABJBF2xSwEuGa3rsJD58BF5hj/s320/world-war-z-russia-ending-storyboard+pg+6.jpg" width="232" /></a></div>
<br />
Arte conceitual de <a href="http://sethengstrom.blogspot.com.br/" target="_blank">Seth Engstrom</a>:<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFSeEQv7pExaGQ8yo01oZm4OU7r2e3JHcHL8q4cTYcuHNXMhO6aOSnVOAvdwp-iim1TixHTL8MiXyvLTcu9bISgf4O4uKpoeHlXRnqtJW7E9-Mw3i-om_715cbDRfMvJWHIlU_6ec5gMLo/s1600/world-war-z-russia-ending-concept-art+2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="133" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFSeEQv7pExaGQ8yo01oZm4OU7r2e3JHcHL8q4cTYcuHNXMhO6aOSnVOAvdwp-iim1TixHTL8MiXyvLTcu9bISgf4O4uKpoeHlXRnqtJW7E9-Mw3i-om_715cbDRfMvJWHIlU_6ec5gMLo/s320/world-war-z-russia-ending-concept-art+2.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2JfJln2mlHzyXCdLlV8qd1cC31FtE5IMP6-bNAARpGgtW9DvmqrSkFgQcl_zZjVzAZ4ifvcAnci99o65rEoVJr9SFXIzCsBRzro_UxPN5KPAzt4RNKl2sZgbWiIX-eiBzUNF3gc1z-457/s1600/world-war-z-russia-ending-concept-art-1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="145" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2JfJln2mlHzyXCdLlV8qd1cC31FtE5IMP6-bNAARpGgtW9DvmqrSkFgQcl_zZjVzAZ4ifvcAnci99o65rEoVJr9SFXIzCsBRzro_UxPN5KPAzt4RNKl2sZgbWiIX-eiBzUNF3gc1z-457/s320/world-war-z-russia-ending-concept-art-1.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjKNIt10W6648yDmRyKc0fkTLw-i-m_DbZYOjZEfPTjQqoINi-Gaa63GMlO2sWZ9XY17AR30JiiiPX0DvKnvOlYF4oWPb1_ImT5PmzQsQF2IupAUAaWlzS8hh68JhZUkmln7xKX2vfNqIN/s1600/world-war-z-russia-ending-concept-art+3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="142" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjKNIt10W6648yDmRyKc0fkTLw-i-m_DbZYOjZEfPTjQqoINi-Gaa63GMlO2sWZ9XY17AR30JiiiPX0DvKnvOlYF4oWPb1_ImT5PmzQsQF2IupAUAaWlzS8hh68JhZUkmln7xKX2vfNqIN/s320/world-war-z-russia-ending-concept-art+3.jpg" width="320" /></a></div>
<br />Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/09365000166502723820noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6700706418145695379.post-33087980578623422272013-07-14T14:01:00.000-03:002013-07-14T15:16:17.592-03:00O incógnito Grande Gatsby<br /><div style="text-align: right;">
<i>Então use o chapéu de ouro, se isso irá impressioná-la;</i></div>
<i><div style="text-align: right;">
<i>E se conseguir saltar bem alto, salte para ela também,</i></div>
<div style="text-align: right;">
<i>Até que ela grite: "Meu amor com chapéu de ouro, meu</i></div>
<div style="text-align: right;">
<i>amor que salta bem alto,</i></div>
<div style="text-align: right;">
<i>Preciso ter você!"</i></div>
<div style="text-align: right;">
<i><br /></i></div>
</i><i>
</i>
<div style="text-align: right;">
Thomas Parke D'Invilliers</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-large;"><b>M</b></span>eu primeiro contato com a literatura de Francis Scott Fitzgerald (1896-1940) foi através do conto <i>O diamante do tamanho do Ritz</i>. Nesta história, um jovem de dezesseis anos chamado John T. Unger vai estudar numa escola particular em Boston, onde conhece Percy Washington. Esse colega, um tanto quanto taciturno, certo dia convida Unger para visitar sua casa "no Oeste", vangloriando-se que seu pai seria, de longe, o homem mais rico do mundo. Ao chegar na propriedade de Percy, Unger não só comprova que toda a história era verdadeira como descobre que lá a família do amigo guarda o maior diamante do mundo, uma única pedra do tamanho de uma montanha. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeOGNVc62qd1RihWy0y3xWmxjXw0TklICMDuaAjZVMJldka0Yba_Atu9wNnfuXlIl5HinNsYNUUP67TIRSYf68pRcMi8igXYhQ-iYkSda_nAumBK6aKXkE2X7qy3y33LUOM9YFJnYHd0MP/s1600/gatsby-original-cover-art.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeOGNVc62qd1RihWy0y3xWmxjXw0TklICMDuaAjZVMJldka0Yba_Atu9wNnfuXlIl5HinNsYNUUP67TIRSYf68pRcMi8igXYhQ-iYkSda_nAumBK6aKXkE2X7qy3y33LUOM9YFJnYHd0MP/s200/gatsby-original-cover-art.jpg" width="133" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Capa da 1ª edição,<br />
publicada em 1925</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Relembro este conto por alguns motivos. Nele, pude notar como a elegância do estilo de Fitzgerald parecia refletir inteiramente o espírito da Era do Jazz, período em que o autor publicou suas principais obras. O ambiente luxuoso da casa de Percy Washington rende descrições fantásticas e minuciosas. Além disso, nota-se um justaposição de personagens oriundos de classes sociais distintas, ponto essencial para começar a discutir <i>O Grande Gatsby</i>.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O mais aclamado romance de Fitzgerald é narrado por Nick Carraway, um vendedor de títulos imobiliários oriundo do Oeste americano que se muda para Nova York e passa a viver numa casa simples em West Egg, bairro ficcional que é situado pelo autor em Long Island. Na casa ao lado, uma mansão suntuosa que sublima qualquer construção nos arredores, vive Jay Gatsby, um ricaço de quem pouco se sabe e muito se especula. Nick conhece seu vizinho ilustre quando é convidado para uma das grandes festas que Gatsby costuma organizar no amplo jardim de casa, e então passamos a entender, lenta e acidentalmente, as motivações do personagem.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Do outro lado de Long Island, em East Egg, mora Daisy Buchanan, prima de Nick Carraway. Logo no começo da história, descobrimos que seu marido, Tom Buchanan, descrito como "um corpo dotado de poder assustador - um corpo cruel" mantém um relacionamento extraconjugal com Myrtle Wilson, que por sua vez é casada com um mecânico chamado George B. Wilson.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Daí chegamos ao motivo pelo qual Nick foi convidado para um dos banquetes promovidos por Gatsby. Sua intenção era se aproximar de Carraway para conseguir marcar um encontro com Daisy, sua paixão da juventude. Gatsby, na época um militar sem posses, vivera um romance com a rica e inatingível Daisy pouco antes de ser chamado para lutar na 1ª Guerra Mundial, fato que separou os dois. Sete anos mais tarde, agora dono de uma riqueza que parece inesgotável, ele quer reeditar o passado, desta vez sem as restrições que a pobreza o impusera anteriormente. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJMjiVvojs0h1S7KtBMqz7zI2nLG188bM3iFfAIj0IOKqfO7a_wqa1-i9QqtkJd0EVfOmgSPlt0F7qOE3dIkjmnTAxt8ysczYzEq3puh_Ba-8Su80weepMSmgXfJMnIkvq4CfK1JafS5Db/s1600/the-great-gatsby-robert-redford-1974.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="112" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJMjiVvojs0h1S7KtBMqz7zI2nLG188bM3iFfAIj0IOKqfO7a_wqa1-i9QqtkJd0EVfOmgSPlt0F7qOE3dIkjmnTAxt8ysczYzEq3puh_Ba-8Su80weepMSmgXfJMnIkvq4CfK1JafS5Db/s200/the-great-gatsby-robert-redford-1974.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Robert Redford como Gatsby no<br />
filme de 1974</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Essa ideia de reedição do passado é um dos pontos mais interessantes do romance de Fitzgerald. Gatsby é um homem absolutamente obcecado pelo amor da juventude, e sabe-se lá como, ganhou muito dinheiro apenas para encurtar a grande distância que o separava de Daisy. Mesmo sem a convocação para a guerra, os dois sabiam que jamais poderiam se casar. Afinal, como diz Daisy no filme <i>O Grande Gatsby</i> (The Great Gatsby, 1974), "meninas ricas não se casam com garotos pobres". Essa obsessão de Gatsby pela amada, que implica diretamente na obsessão por dinheiro, acaba se confundindo com um desejo de possessão. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<i>Mas ele sabia que só estava na casa de Daisy por um gigantesco acidente. Por mais glorioso que pudesse ser seu futuro como Jay Gatsby, naquele momento ele era um jovem miserável e sem passado, e a qualquer hora o manto invisível de seu uniforme poderia escapar de seus ombros. Então ele aproveitou o máximo possível. <b>Tomou tudo o que pôde, de modo voraz e inescrupuloso - e acabou tomando a própria Daisy numa noite calma de outubro, só porque não tinha sequer o direito de tocar sua mão.</b></i></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Repare como o passado do personagem é citado como algo sem valor, e o futuro "como Jay Gatsby"- sim, esse não é seu nome verdadeiro - pode reservar algo glorioso. Aqui me chama atenção como Fitzgerald trata a ambição por mais status social e a disparidade entre as classes como algo que pode causar frustração, sofrimento, e mesmo desvirtuar o caráter. Em parte, isso acontece com Gatsby, e também no <i>diamante do tamanho do Ritz</i>, citado anteriormente. Quando Unger sai de casa para estudar em Boston, ele escuta do pai: "Não se esqueça de quem você é e de onde veio". No caso de Jay Gatsby, é exatamente o contrário que ele planeja fazer.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhc5RiMBcwQSh60PoaNe9z8agMyiENfeiHkXLu8ktTQ9_ho88MFsDMJhL8QVFh3o3oiWoWofs4jR9GffY42Z06Bb2Xw7z8YRvPMqQyOKlsByVFKWF1QlYyMj2aEGu4RN-VzNZLhXFyETec4/s1600/fitzgerald.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhc5RiMBcwQSh60PoaNe9z8agMyiENfeiHkXLu8ktTQ9_ho88MFsDMJhL8QVFh3o3oiWoWofs4jR9GffY42Z06Bb2Xw7z8YRvPMqQyOKlsByVFKWF1QlYyMj2aEGu4RN-VzNZLhXFyETec4/s200/fitzgerald.jpg" width="158" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O romance de Fitzgerald<br />
não foi unanimidade entre <br />
os críticos da época</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Essa (re)construção da persona de Gatsby é algo tão incrível no livro muito por conta das omissões de Fitzgerald. Após escrever o livro, o autor submeteu o material ao seu editor, Maxwell Perkins, que fez algumas observações valiosas para o texto final. Perkins reclamou que a narrativa de seu cliente era muito vaga e a descrição biográfica de Gatsby longa demais. Fitzgerald ouviu as críticas e fez alguns cortes no texto, além de reescrever VI e VII do livro, parte em que há o desfecho da história. O resultado disso foi a fantástica aura de mistério erigida em torno do personagem principal; seu passado é contado de forma fragmentada e nem sempre verdadeira, de maneira que surgem várias versões sobre as origens daquele homem que parava Long Island com suas festas exuberantes. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Para arrematar essa atmosfera de incertezas, Nick não é um narrador neutro. Ele tem uma manifesta simpatia por Gatsby, e às vezes refuta ou minimiza informações que ameaçam aquele herói imaginado por ele, o homem que veio do Oeste - todos os personagens principais vieram do Oeste - e fez fortuna no Leste americano. "Quando a lenda torna-se fato, publica-se a lenda", diz um personagem de <i>O homem que matou o fascínora</i> (The man who shot Liberty Valance, 1962), clássico dirigido por John Ford. Nick claramente agarra-se à lenda, de tal maneira que, já no final do romance, ele fala para Gatsby: "É uma gente ordinária. Você vale muito mais que todos eles juntos".</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Na edição clássica do romance, publicada pela editora Penguin, <i>O Grande Gatsby</i> é acompanhado por uma primorosa introdução escrita por Tony Tanner. Nela, o crítico inglês classifica a obra de Fitzgerald como "a mais perfeitamente construída da literatura americana". Não tenho nenhuma autoridade para corroborar ou não essa afirmação, mas indico o livro sem medo de errar. De longe, um dos melhores que já tive a chance de ler.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>No cinema, quatro versões </b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiikDawgZY8TQeolt1afI-KMkuh0RfuhtRFFAksB68x0JGJ1Jf_EPHRsXbOrcDCzKyfItgR855pXBzSLorRgEs7u4QiuxqAwhIm60zrMVr26NOzqo5FWiwooRiM0W3gMVsnulcu55-5RvUx/s1600/Gatsby-Leo-Glass.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="133" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiikDawgZY8TQeolt1afI-KMkuh0RfuhtRFFAksB68x0JGJ1Jf_EPHRsXbOrcDCzKyfItgR855pXBzSLorRgEs7u4QiuxqAwhIm60zrMVr26NOzqo5FWiwooRiM0W3gMVsnulcu55-5RvUx/s200/Gatsby-Leo-Glass.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">DiCaprio como Jay Gatsby</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<i>O Grande Gatsby</i> já foi adaptado para o cinema quatro (!) vezes. As duas primeiras foram em 1926 e 1949, mas me concentrarei nas duas últimas, que costumam ser mais lembradas. O longa de 1974 é dirigido por Jack Clayton e tem roteiro adaptado por Francis Ford Coppola. É bem fiel ao livro, aliás em alguns momentos até exagera, com diálogos inteiros praticamente transcritos, mas não consegue construir a mesma atmosfera de mistério presente na literatura. Apesar disso, é um filme que vale a pena ser assistido - se você quiser ler o romance, melhor evitar. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Este ano saiu uma nova versão, dirigida por Baz Luhrmann e com Leonardo DiCaprio no papel de Gatsby - em 1974, o personagem foi vivido por Robert Redford. Essa ainda não consegui ver, mas tem notas superiores ao primeiro filme tanto no IMDb quanto no Rotten Tomatoes.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/09365000166502723820noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6700706418145695379.post-16194139427150186712013-04-23T09:44:00.000-03:002013-04-23T09:44:30.048-03:00Assista ao primeiro trailer oficial de Thor: O Mundo Sombrio<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxma5BhYUi-hXwpc4cAOhTFeRzDdP45KpLpW3Yw0o4lzFs1zYG3923BafxK0qaty-lkOIJ7adT12oBVqDV2ZRyNE3GUvybPzzQX9_-eX-pWOLYKJao-ZRyAPBYtGKpg_cz4rHbD0Iz61yW/s1600/_1366391726.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxma5BhYUi-hXwpc4cAOhTFeRzDdP45KpLpW3Yw0o4lzFs1zYG3923BafxK0qaty-lkOIJ7adT12oBVqDV2ZRyNE3GUvybPzzQX9_-eX-pWOLYKJao-ZRyAPBYtGKpg_cz4rHbD0Iz61yW/s320/_1366391726.jpg" width="224" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Estreia no Brasil é prevista para <br />
o dia 22 de novembro</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Após uma reunião bem-sucedida em <i>Os Vingadores</i> (The Avengers, 2012), os super-heróis da Marvel voltam a estrelar seus filmes individuais este ano. Primeiro será a vez de <i>O Homem de Ferro 3</i> (Iron Man 3, 2013), que chega aos cinemas brasileiros no próximo fim de semana. Em novembro, mais precisamente no dia 8, teremos a sequência da saga do deus nórdico Thor, longa cujo primeiro trailer foi divulgado nesta terça-feira.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Situado logo depois dos acontecimentos de <i>Os Vingadores</i>, o novo filme, intitulado <i>Thor: O Mundo Sombrio</i>, levará o protagonista (Chris Hemsworth) de volta a Asgard, onde uma nova ameaça, encarnada por Malekith, o Maldito (Christopher Eccleston), senhor dos elfos negros, se ergue e ameaça afundar o universo na escuridão.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O elenco conta ainda com Natalie Portman, Anthony Hopkins, Tom Hiddleston, Jaime Alexander, Kat Dennings, Ray Stevenson, Tadanobu Asano, Stellan Skarsgård, Zachary Levi, Alice Krige, Adewale Akinnuoye-Agbaje e Idris Elba. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Thor: O Mundo Sombrio</i> será dirigido por Alan Taylor, que tem em seu currículo os trabalhos em <i>Game of Thrones</i> e <i>Boardwalk Empire</i>. Ele substitui Kenneth Branagh, que comandou o primeiro longa da franquia. Além da troca na direção, o único roteirista remanescente é Don Payne.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No Brasil, a previsão é que o filme estreie no dia 22 de novembro.<br />
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/j41qNcjDoc8" width="460"></iframe></div>
Tiago Nicaciohttp://www.blogger.com/profile/04001512920469986188noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6700706418145695379.post-90409184552305968312013-01-03T16:55:00.002-02:002013-01-03T16:56:37.627-02:00Universidade dos Monstros ganha teaser<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinDFPjHw5UEE8IVrIJdpfh0P7WkBFSJV9CSoIbOVWArKP8hV46UzkvdpaIjN65JJ4jO1x0eptYrMmTwHxCoIv34zHASk0oakwsOVPVDhyphenhyphenKlijwnDowMEyuIcJWSK7CEVx7jgo3bL2HUSCP/s1600/Universidade+de+Monstros.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinDFPjHw5UEE8IVrIJdpfh0P7WkBFSJV9CSoIbOVWArKP8hV46UzkvdpaIjN65JJ4jO1x0eptYrMmTwHxCoIv34zHASk0oakwsOVPVDhyphenhyphenKlijwnDowMEyuIcJWSK7CEVx7jgo3bL2HUSCP/s200/Universidade+de+Monstros.jpg" width="135" /></a></div>
A Pixar divulgou na última terça-feira o primeiro teaser de TV de <i>Universidade de Monstros</i> (Monsters University, 2013), prequel da animação <i>Monstros SA</i> (Monsters Inc, 2001).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O estúdio inovou ao apresentar o local do novo filme como se fosse uma universidade comum, convidando os espectadores a se matricularem por lá. Para completar a estratégia de marketing, o teaser foi veiculado durante o intervalo do Rose Bowl, partida tradicional do futebol americano universitário, que acontece sempre no dia 1º de janeiro.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em 32 segundos, a Pixar convida os espectadores a conhecerem os cursos oferecidos pela <i>Universidade de Monstros</i>, que já tem até <a href="http://monstersuniversity.com/edu/" target="_blank">site oficial</a>.</div>
<br />
A nova trama, que irá se passar antes dos acontecimentos de <i>Monstros SA</i>, irá mostrar como os então estudantes Mike Wazowski e Sulley viraram grandes amigos durante o Ensino Superior.<br />
<div>
<br /></div>
<div>
Estão confirmados no elenco Billy Crystal, que fará a voz de Mike, John Goodman (Sulley) e Steve Buscemi, que interpreta o lagarto Randall, arquirrival da dupla em <i>Monstros SA</i>. O responsável pela direção, no entanto, será Dan Scanlon, que não estava envolvido no projeto de 2001.</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A estreia de <i>Universidade de Monstros</i> no Brasil está marcada para o dia 21 de junho deste ano.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Veja o teaser:</b></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="allowfullscreen" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/THhRSJC5FX8" width="460"></iframe></div>
Tiago Nicaciohttp://www.blogger.com/profile/04001512920469986188noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6700706418145695379.post-91721298224215166112013-01-02T15:13:00.001-02:002013-01-02T15:15:38.415-02:00Meus melhores filmes de 2012<div style="text-align: justify;">
Findo o ano, é chegada a hora de relembrar e render homenagens aos melhores filmes que passaram pela tela grande ao longo dos últimos 366 dias.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Abaixo, preparei uma lista com os cinco que mais me agradaram em 2012, restringindo a seleção àqueles que pude ver nos cinemas, ficando de fora os que assisti por torrent, DVD ou outros meios. Cada longa terá uma breve descrição de seu enredo e o motivo que o levou a figurar entre os cinco destaques de 2012. Vale lembrar também que considerei o ano de exibição aqui no Brasil - como vocês poderão ver, a maioria dos longas saíram, originalmente, em 2011.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Fique à vontade para montar sua lista nos comentários!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-OqImsSmE8_fg7W7BgELsIAKSXfuB_IgRpwN8WzvNagUS8eSSM_WSR01MdW9PL6_3m8OQ3NHqHC7ZNsZNqkV-Frbw12UrVtXxhBRLYAfhFIJnkaWJeXesg21dZzkedg9qrnjHkUydrc9M/s1600/shame-poster1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-OqImsSmE8_fg7W7BgELsIAKSXfuB_IgRpwN8WzvNagUS8eSSM_WSR01MdW9PL6_3m8OQ3NHqHC7ZNsZNqkV-Frbw12UrVtXxhBRLYAfhFIJnkaWJeXesg21dZzkedg9qrnjHkUydrc9M/s200/shame-poster1.jpg" width="140" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Shame (idem, 2011) -</b> Um mergulho profundo na rasa vida sentimental de Brandon (Michael Fassbender), um homem para quem é impossível estabelecer uma relação afetiva duradoura com uma mulher - ou qualquer outra pessoa. Sem afeto, Brandon busca uma cura para seu isolamento no sexo, que vira uma compulsão quase insuperável. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O longa dirigido por Steve McQueen toma o sexo como mote para explorar um tema bastante discutido nos dias atuais: a falta de substância nas relações humanas, como a cada dia conhecemos menos uns aos outros, como pessoas de uma mesma família podem, por vezes, ser completos estranhos. Uma bela crônica sobre o homem contemporâneo.</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="allowfullscreen" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/xyW-i9U223s" width="460"></iframe>
</div>
<b><br /></b>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSomrp4cPqOZnjL8M7GWOIvLBUp7RRCmxrwaaN3EJj7F3d1ly94Jtkg3AjgkO_aBokDle9I-V_x9JKcKalXSqMjmGj05NI9oRj8NUd6KdaiBoaYh8BLzQJ6ayAnow_rruWPjRqOvPPEYuF/s1600/225px-Intouchables_cartaz.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSomrp4cPqOZnjL8M7GWOIvLBUp7RRCmxrwaaN3EJj7F3d1ly94Jtkg3AjgkO_aBokDle9I-V_x9JKcKalXSqMjmGj05NI9oRj8NUd6KdaiBoaYh8BLzQJ6ayAnow_rruWPjRqOvPPEYuF/s200/225px-Intouchables_cartaz.jpg" width="150" /></a><b>Intocáveis (Intouchables, 2011) -</b> Philippe (François Cluzet), um paraplégico milionário cansado de ser tratado com pena pelos outros, contrata um ex-presidiário, Driss (Omar Sy), para ser sua "babá". O relacionamento entre os dois floresce de maneira inesperada, construindo uma bela relação de amizade.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Baseado em uma história real, <i>Os Intocáveis</i> é um filme emocionante desde a primeira tomada. É impossível não ser contagiado pela alegria inata do personagem vivido por Omar Sy, um cara que não se deixa abalar, apesar de ter uma vida bastante problemática. Sua postura ante as limitações de Philippe faz com que os preconceitos do próprio espectador se esmaeçam, gerando uma empatia impressionante pela dupla. Minha única ressalva com relação ao filme é mostrar, no final, as pessoas nas quais os personagens foram inspirados, algo desnecessário a meu ver. De resto, é forte concorrente ao Oscar de melhor filme estrangeiro.</div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="allowfullscreen" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/HDCtxIm2N9g" width="460"></iframe>
</div>
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgALevcndnrEtAZedou34XSu-TBgo748dFzmIr_Ee8i7baFYZOB-_lYsj2VLaat0rzIlkiTXBzALt0dk1_yZi1OGvYBPi-bnG-G9XfWUuxx5-eWqtosFCj_2zabh7FtoGyTmEZMfw7Z_zXg/s1600/heleno5.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgALevcndnrEtAZedou34XSu-TBgo748dFzmIr_Ee8i7baFYZOB-_lYsj2VLaat0rzIlkiTXBzALt0dk1_yZi1OGvYBPi-bnG-G9XfWUuxx5-eWqtosFCj_2zabh7FtoGyTmEZMfw7Z_zXg/s200/heleno5.jpg" width="117" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Heleno (2012) -</b> Narra a história do Príncipe Maldito, Heleno de Freitas, atacante que foi ídolo do Botafogo durante a década de 40. Um dos primeiros "bad-boys" do futebol brasileiro, Heleno descreveu uma trajetória meteórica entre a glória e o ostracismo, que experimentou em tons trágicos no fim da carreira e da vida.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Numa época em que o futebol era majoritariamente amador, imagine um atacante, o melhor do Brasil, que fosse formado em Direito e gostasse de se vestir com as melhores roupas e ostentar os melhores veículos, adotando um estilo bem diferente dos boleiros daquele tempo. Esse foi Heleno de Freitas, retratado de maneira tão competente por Rodrigo Santoro no longa dirigido por José Henrique Fonseca. O filme, por sinal, já foi tema de um <a href="http://www.resenhanodiva.blogspot.com.br/2012/04/heleno-um-personagem-dos-campos-de.html" target="_blank">post aqui no blog</a>, e por aquela velha dificuldade dos filmes brasileiros de conseguir um circuito amplo no país foi visto por pouca gente. Vale a pena comprar o DVD!</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="allowfullscreen" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/1cv4WBdK21I" width="460"></iframe>
</div>
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhV1eTHMbcMOreXghVJ-uJFoCKnkx79YAzlAjyFM7iAUd4pW6Wg5kkJgIQG0bBnOlm-Cbmh06Mpvzs0yfhdOGBQRCrMvV-0zm6c7gREd-GS41DaPGXtqe9JgekZHXCkRDAXa9Y9EGkYQrhQ/s1600/A-Separa%C3%A7%C3%A3o.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="133" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhV1eTHMbcMOreXghVJ-uJFoCKnkx79YAzlAjyFM7iAUd4pW6Wg5kkJgIQG0bBnOlm-Cbmh06Mpvzs0yfhdOGBQRCrMvV-0zm6c7gREd-GS41DaPGXtqe9JgekZHXCkRDAXa9Y9EGkYQrhQ/s200/A-Separa%C3%A7%C3%A3o.jpg" width="200" /></a></div>
<b>A Separação (Jodaeiye Nader az Simin, 2011) - </b>Um casal da classe média iraniana entra em conflito ao ter de tomar uma decisão: ficar no país em um momento politicamente confuso ou sair para garantir um futuro melhor para a filha.<br />
<br />
Essa foi a primeira vez que vi um filme iraniano no cinema, e minha impressão foi a melhor possível. Para além de todos os méritos cinematográficos, <i>A Separação</i> apresenta um Irã muito diferente daquele apresentado pelo noticiário que chega até nós, que resume o país ao fanatismo religioso e político atrelados à figura de Mahmoud Ahmadinejad. Fora isso, o longa dirigido por Asghar Farhadi tem um roteiro - também escrito por ele - muito bem amarrado, com personagens secundários que acrescentam muito à história.<br />
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="allowfullscreen" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/Dlt6-aDWAVI" width="460"></iframe>
</div>
<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeJ5mpCY2saqzt6fNKVqgC7KIg6MwJe1QhgecRLQPawEp75OxeX-9idzh9f1BV0xssrm8qpJpR5SzgwIziq5je0oNMs1cKECINbNdoQBvhjxUplSVGDlMvtnM78Os5nShFYicB9GnFd3Gd/s1600/O_Deus_da_Carnificina_thumb.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="135" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeJ5mpCY2saqzt6fNKVqgC7KIg6MwJe1QhgecRLQPawEp75OxeX-9idzh9f1BV0xssrm8qpJpR5SzgwIziq5je0oNMs1cKECINbNdoQBvhjxUplSVGDlMvtnM78Os5nShFYicB9GnFd3Gd/s200/O_Deus_da_Carnificina_thumb.jpg" width="200" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Deus da Carnificina (Carnage, 2011) - </b>Dois casais marcam um encontro para discutir de maneira racional e adulta uma briga envolvendo seus filhos, mas, com o passar do tempo, eles acabam se mostrando mais infantis que as próprias crianças.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
À primeira vista, a história parece ser bem estrita, e é mesmo. Todo o longa gira em torno de quatro personagens, interpretados por Jodie Foster/John C. Reilly e Kate Winslet/Christoph Waltz, que dividem praticamente o mesmo cenário, um apartamento, durante os 80 minutos de projeção. Esse caráter claustrofóbico se deve, em parte, ao filme ser uma adaptação da peça homônima escrita pela francesa <span style="background-color: white; font-family: sans-serif; font-size: 13px; line-height: 19.200000762939453px;"> </span>Yasmina Reza. Mas não pense que isso torna o filme monótono... Ajudado por atuações primorosas de todos os atores, Polanski nos entrega uma divertida reflexão sobre temas como moral e responsabilidade.</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="allowfullscreen" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/x1A-jBvjSLw" width="460"></iframe>
</div>
Tiago Nicaciohttp://www.blogger.com/profile/04001512920469986188noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6700706418145695379.post-17758294875948912562012-12-28T02:47:00.002-02:002013-01-02T15:19:36.050-02:00A cena mais epicamente tosca de 2012<div>
<div style="text-align: justify;">
Não me perguntem por quê, mas 2012 foi um ano em que proliferaram homenagens a Abraham Lincoln no cinema. O 16º presidente americano, responsável por conduzir o país durante a Guerra Civil e assassinado em 1865, foi retratado pelo menos em três longas lançados este ano. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O primeiro e mais importante, obviamente, é o filme dirigido por Steven Spielberg e estrelado por Daniel Day-Lewis (Lincoln, 2012), que chega ao Brasil no dia 25 de janeiro. Mas foram feitos também outros dois filmes, colocando o lendário presidente americano em situações, digamos, bem inusitadas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Um deles foi <i>Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros</i> (Abraham Lincoln: Vampire Hunter, 2012), dirigido pelo russo Timur Bekmambetov. Como o nome do filme deixa bem claro, Lincoln começa a caçar os chupadores de sangue ao descobrir que eles têm um plano para dominar os EUA. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0HzBanfYxxxOKji8V3XcJC_7XNuMyoO_H7jmIT2pSDgHbo-koSCfBV4qAg45Qy6jkSiNO_FI99HgWQleF53FudA-hLPH-6bUw9rRyAOBNBT1oqyg66WQa9Snh_GMMu8hIPpnyj-4ydqxp/s1600/Abraham+Lincoln+vs+Zombies+capa.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0HzBanfYxxxOKji8V3XcJC_7XNuMyoO_H7jmIT2pSDgHbo-koSCfBV4qAg45Qy6jkSiNO_FI99HgWQleF53FudA-hLPH-6bUw9rRyAOBNBT1oqyg66WQa9Snh_GMMu8hIPpnyj-4ydqxp/s200/Abraham+Lincoln+vs+Zombies+capa.jpg" width="135" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br /></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Finalmente, para fechar a trinca, a obra de arte que será protagonista deste post na seção <b>Frames para Sempre</b>. Tentando pegar carona na febre zumbi impulsionada pela série The Walking Dead, o caríssimo diretor Richard Schenkman filmou <i>Abraham Lincoln vs. Zombies</i>, uma fantástica abordagem apocalíptica da Guerra Civil americana - sarcasmo mode on, por favor. Na história, Lincoln tenta impedir a disseminação dos zumbis confederados, que ameaçam o restante do país. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Bom, a nota do filme no IMDb quando este texto foi escrito era 3.1, então nem preciso dizer que ele é muito ruim, né? No entanto, se ainda resta alguma dúvida, por favor, veja essa cena épica abaixo, com certeza a mais tosca que vi este ano. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglRYspGvuKn4Y8rf1Sf1kuptcbkN4weinKZS78H_3XUFzNYaHMBLkEJRWtULEfB-wMkF2_msdMQ5W7FKVVxU5ci0Ks45Ye7ipOCo0WMg6L5Pw-AfDEjkOGhE-9zbNRIJa8h6BJ7yz9K6jL/s1600/Barba.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="110" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglRYspGvuKn4Y8rf1Sf1kuptcbkN4weinKZS78H_3XUFzNYaHMBLkEJRWtULEfB-wMkF2_msdMQ5W7FKVVxU5ci0Ks45Ye7ipOCo0WMg6L5Pw-AfDEjkOGhE-9zbNRIJa8h6BJ7yz9K6jL/s200/Barba.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Certamente, a melhor barba da história<br />
do cinema</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
São tantos pontos brilhantes a serem destacados que fica até difícil enumerá-los, mas note pelo menos a barba absurdamente postiça, daquelas que você compra no Saara ou lugar semelhante, vestida pelo general confederado. Tem também os zumbis com medo do fogo, e incapazes de morder um monte de carne fresca passando no meio deles - repare que alguns deslizam as mãos na "presa". </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Logo a seguir, após o general cumprir sua gloriosa missão de explodir um forte cheio de zumbis, o presidente e seu lacaio escapam das chamas incrivelmente reais, feitas no Movie Maker, com a ajuda de uma corda! Sim, Schenkman fez a proeza de colocar Abraham Lincoln praticando rapel no cinema. Não satisfeito, ele ainda arrematou com uma reaparição gloriosa do presidente, vindo do meio da fumaça, com uma trilha sonora daquelas inesquecíveis, de tão ridículas - certamente ele achou que iria ganhar o Oscar com essa tomada. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Enfim, acho que já falei demais, delicie-se com a cena mais epicamente tosca do ano.</div>
<br />
<iframe allowfullscreen="allowfullscreen" frameborder="0" height="360" mozallowfullscreen="mozallowfullscreen" scrolling="no" src="http://rutube.ru/video/embed/6062186" webkitallowfullscreen="webkitallowfullscreen" width="540">
</iframe>
</div>
Tiago Nicaciohttp://www.blogger.com/profile/04001512920469986188noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6700706418145695379.post-87515879163883881712012-12-17T01:18:00.001-02:002013-01-02T15:18:38.256-02:00Trouble with the Curve, ou um pouco da minha idolatria por Clint Eastwood<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtLT5nfpXgHF2w2ENAbikjjJiZ4PbkR1Ed3ZuaPomj3u74NOI7xuagnccEmG-Y3VzGbIa-bh8atYko_37_myfby2xnQjxpS94LUlxiX4B87gIxQrhNU0S6xKwpLN7xmA_-3KcIa1Ms3d0Z/s1600/MV5BMTUwNjMyMzQ3M15BMl5BanBnXkFtZTcwMjcwNDMyOA@@._V1._SY317_CR0,0,214,317_.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtLT5nfpXgHF2w2ENAbikjjJiZ4PbkR1Ed3ZuaPomj3u74NOI7xuagnccEmG-Y3VzGbIa-bh8atYko_37_myfby2xnQjxpS94LUlxiX4B87gIxQrhNU0S6xKwpLN7xmA_-3KcIa1Ms3d0Z/s200/MV5BMTUwNjMyMzQ3M15BMl5BanBnXkFtZTcwMjcwNDMyOA@@._V1._SY317_CR0,0,214,317_.jpg" width="135" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Depois de muito tempo sem postar por aqui por razões mil,
resolvi voltar para falar de um filme que vi esse fim de semana. Não, não foi a
tão alardeada volta de Peter Jackson à Terra Média que me fez espanar as teias
de aranha do teclado. Foi um outro filme, lançado sem muito alarde aqui no
Brasil: <i>Curvas da Vida</i> (Trouble with the Curve, 2012).</div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Esse longa marca a estreia de Robert Lorenz como diretor -
antes ele produzira alguns filmes, com destaque para várias parcerias com Clint
Eastwood - mas isso é o menos importante. O que realmente interessa é que o
próprio Clint está de volta à telona após quatro anos. Uma volta até certo
ponto inesperada, porque ele mesmo havia dito que Gran Torino, de 2008, seria
seu último filme como ator, algo que, ainda bem, não se concretizou.</div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlfeCoLOp7DozpUiFtB-gR5CgWz4-7sGB9WHW5h596BUrmqBjn70EPTNaKY8Q2oB479qq9eOvC7skCYvZmhpVJZVdY_-lxtkPCSkwH86m-zQfucfNPFlX59xPSWSkiFVhNhNosZJQ5X8WL/s1600/Trouble-With-the-Curve-03_810x540.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="133" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlfeCoLOp7DozpUiFtB-gR5CgWz4-7sGB9WHW5h596BUrmqBjn70EPTNaKY8Q2oB479qq9eOvC7skCYvZmhpVJZVdY_-lxtkPCSkwH86m-zQfucfNPFlX59xPSWSkiFVhNhNosZJQ5X8WL/s200/Trouble-With-the-Curve-03_810x540.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Gus e sua filha Mickey</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
No debute de Lorenz na direção, Clint Eastwood interpreta
Gus, um olheiro de um time de beisebol que começa a ter dificuldades para
exercer sua profissão devido a um problema na vista, que o impede de avaliar
apropriadamente os jogadores com potencial para entrar na Major League Baseball
(MLB), liga profissional americana. Gus tem uma filha chamada Mickey (Amy
Adams), com quem tem uma relação conflituosa. Destacado para examinar um garoto
promissor na Carolina do Sul, Gus acaba tendo a ajuda da filha nesta missão de
recrutamento, que pode ser a última de sua vida.</div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
O roteiro do filme é até redondo, bem resolvido, porém um
tanto óbvio, daqueles bem meticulosos, onde você sabe muito bem o que vai
representar cada elemento introduzido ao longo da história. Dentro do recorte
de longas que têm o beisebol como plano de fundo, não chega nem perto de <i>O
Homem que Mudou o Jogo</i> (Moneyball, 2011), por exemplo. Mas, ainda assim, é um
filme que deve ser visto, e se você for só um pouco fã da filmografia de Clint
Eastwood, vai entender porque agora. </div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Do alto de seus 82 anos e sei lá eu quantos filmes, Clint,
uma dos nomes de maior peso na história de Hollywood, pode ter aparecido pela
última vez num longa-metragem. Pensar que "O homem sem nome" não faz
mais Weterns há um bom tempo já é desalentador, mas a possibilidade de não
vê-lo mais em nenhum tipo de produção cinematográfica, confesso, me deixou um
pouco taciturno neste domingo.</div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Clint tem umas posições políticas que me desagradam, vide o
apoio declarado a Mitt Romney nas últimas eleições americanas, mas, no cinema,
para mim ele sempre foi um herói, um role model, como os americanos costumam
dizer, mesmo quando vivia personagens extremamente pragmáticos e amorais, como
na Trilogia dos Dólares, meus filmes preferidos dele. Pensar no seu afastamento
definitivo da sétima arte realmente é perder mais um ídolo que ajudou a
edificar minha paixão pelo cinema.</div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Uma cena em especial me fez verter lágrimas em <i>Curvas da
Vida</i>. Em certo momento, Gus faz uma visita ao túmulo da esposa, que morreu
quando sua filha tinha apenas seis anos. Ele vai lá para desabafar, falar dos
problemas de relacionamento com Mickey e, em dado momento, começa a cantar
"You're my Sunshine", de Johnny Cash. Não sei porque isso me veio à
cabeça na hora, mas parecia que o "don't you take my sunshine away"
que ele sussurrava para a esposa morta, na verdade, marcava sua própria
despedida, como um aviso, uma sensação muito estranha, a mesma que tive quando
assisti Luzes da Ribalta (Limelight, 1954) pela primeira vez, embora ali eu já
soubesse que de fato se tratava do canto do cisne de Chaplin, uma despedida declarada, embora ele ainda tenha feito dois filmes depois.</div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioTs1-EfjN64NTbXDK6u8t3HZYmUeXc-zKs00PrBUYIWpAdH_Ugx_e5I84VOmNRQyYog9rUYURASG-y1hkfsXOt0M8sBhIELkhY_dQO2Iyh0NzU2_T4QRqp_mRsT4qjQ5IChmJYbm9RoMY/s1600/clint-eastwood.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="159" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioTs1-EfjN64NTbXDK6u8t3HZYmUeXc-zKs00PrBUYIWpAdH_Ugx_e5I84VOmNRQyYog9rUYURASG-y1hkfsXOt0M8sBhIELkhY_dQO2Iyh0NzU2_T4QRqp_mRsT4qjQ5IChmJYbm9RoMY/s200/clint-eastwood.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">"O Bom" em Três Homens em Conflito</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Isso sem falar no personagem dele em si, um cara antiquado,
que ainda consulta pilhas de jornais velhos para checar os dados de determinado
jogar, enquanto os novos profissionais têm esses dados em seus modernos
softwares de base de dados. Parece muito uma alegoria à posição do próprio
Clint em relação à indústria cinematográfica, um ex-galã de uma grande fase do
cinema que não existe mais, e ele ainda ali, perambulando, procurando seu
espaço - certo, talvez eu esteja exagerando, mas às vezes é difícil aceitar que o tempo passa...</div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Resta torcer para que este seja só mais um filme na extensa
filmografia dessa lenda viva da história
do cinema.</div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
Para saber um pouco mais sobre o filme, confira o trailer abaixo:<br />
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="allowfullscreen" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/cbW7faUONjs" width="560"></iframe></div>
Tiago Nicaciohttp://www.blogger.com/profile/04001512920469986188noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6700706418145695379.post-23914417436339140812012-10-07T12:31:00.001-03:002012-10-07T17:27:29.345-03:00O Iluminado de Stephen King e Stanley Kubrick: diferenças entre o livro e o filme<div style="text-align: justify;">
Receber a notícia de que uma narrativa literária da qual se é fã vai ganhar as telas de cinema quase sempre é motivo de alegria. Afinal, aquela história pela qual você tanto preza vai ser contada para mais pessoas, agora com o recurso da imagem. Seus personagens, os favoritos e aqueles mais detestados, terão um rosto definido e ficarão ainda mais fixados em sua memória afetiva. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Essa mudança de mídia, entretanto, também costuma trazer problemas. Não é raro encontrar pessoas que leram um livro adaptado para o cinema lamentarem a ‘deturpação’ da história, ou a escolha equivocada de um ator para determinado papel, direção sem pulso, e vários outros detalhes que fazem a diferença – nessa hora, até a trilha sonora, inexistente na literatura, é questionada pelos fãs. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhneePTFNQtIpvl4lpJSkuNnv84BTOKqnjGRfms83F9cC6nVAkOWZRkQRkA_FUbMRjPg9yUkoT4cKyWfOlxPcJiaGuZdIXaXmVvQBzCU-ECff2VaM94stGvYrTFbDYXAOR7zFjzEjltTVk2/s1600/Capa+livro.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhneePTFNQtIpvl4lpJSkuNnv84BTOKqnjGRfms83F9cC6nVAkOWZRkQRkA_FUbMRjPg9yUkoT4cKyWfOlxPcJiaGuZdIXaXmVvQBzCU-ECff2VaM94stGvYrTFbDYXAOR7zFjzEjltTVk2/s200/Capa+livro.jpg" width="130" /></a></div>
Nesse artigo, irei analisar um exemplo clássico desse tipo de ruído gerado quando um livro é adaptado para a sétima arte. <i>O Iluminado </i>(The Shining), escrito por Stephen King em 1977, uma das referências quando o assunto é o gênero terror. A obra caiu nas mãos de Stanley Kubrick, que após terminar <i>Barry Lyndon</i> (1975), um filme de época que obteve pouco sucesso nas bilheterias, resolveu aventurar-se em um novo gênero, o mesmo tão explorado pelo escritor americano. Kubrick comprou os direitos de <i>O Iluminado</i> e o longa, até hoje considerado um épico dos filmes de terror, saiu em 1980 com expressivo sucesso de público. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Os questionamentos quanto à fidelidade do filme feito pelo cineasta americano ao livro de King não demoraram a surgir. Muitos leitores reclamaram do estilo autoral de Kubrick, que sempre impregnou seus roteiros de uma perspectiva bastante pessoal das obras que adaptava – fora assim com <i>Laranja Mecânica </i>(Clockwork Orange, 1971) e <i>Lolita</i> (idem. 1962), para citar alguns exemplos. Até o próprio Stephen King, insatisfeito com a versão cinematográfica de seu romance, acabou produzindo, em 1997, uma série de TV em três capítulos sobre <i>O Iluminado</i>, adaptação muito mais fiel ao livro. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A pergunta que se coloca nesses casos é: até que ponto é válido falar de uma ‘fidelidade’ à obra original? Uma nova leitura de um romance ou até mesmo o relançamento de um roteiro deve ser limitada pelas características presentes no original? Esses são alguns pontos que serão tratados nas próximas páginas deste artigo. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>OS ELEMENTOS DO ROMANCE </b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Para início de conversa, vamos traçar um pequeno panorama do que é apresentado por Stephen King em seu livro. <i>O Iluminado</i> conta a história da família Torrance, formada pelo pai, Jack, a mãe, Wendy, e o filho, Danny. Desempregado, Jack consegue uma vaga como zelador de inverno do Overlook, um hotel de veraneio que fica completamente isolado do resto do mundo durante a época mais fria do ano. Acompanhado de sua família, Jack terá que cuidar das instalações do Overlook de outubro a maio do ano seguinte. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
À primeira vista, parece uma missão simples, mas King nos dá alguns elementos que vão construir a dramaticidade – e o terror – da história. Jack Torrance é um professor universitário, especializado em literatura americana, e perdera seu último emprego por conta de um problema pessoal com um de seus alunos. Jack liderava um grupo de estudos do qual fazia parte George Hatfield e, após uma série de desentendimentos, George fica furioso com o professor, a ponto de tentar furar os pneus do carro dele. Jack pega seu pupilo no flagra, e acaba espancando-o no estacionamento da universidade. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O patriarca da família Torrance também carregava consigo a estigma de ser um alcoólatra – o mesmo fardo do pai, presente em varias recordações do personagem. O vício, por sinal, já o levara a um acesso de fúria bem antes do episódio que resultou em sua demissão. Quando Danny tinha apenas três anos, teve o braço quebrado pelo pai depois de bagunçar alguns papéis de seu escritório, entre eles uma peça na qual Jack trabalhava. O incidente fragilizou e muito a relação do casal Wendy/Jack, que via a temporada no Overlook como sua última chance. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj84qEoa-ufZgqd8URjB69oNuGt3-AzEdu0sHa9ecABphtZVgjMWfcpf_scSOJ6LuU-p3YAgtwUx9UZmR_Nyg1gGxlDpi02cPtd4GydC8XUzPki__sf__BrIm3qYQ-BnyJY1LNzsshrTGH8/s1600/wendy.png" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="112" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj84qEoa-ufZgqd8URjB69oNuGt3-AzEdu0sHa9ecABphtZVgjMWfcpf_scSOJ6LuU-p3YAgtwUx9UZmR_Nyg1gGxlDpi02cPtd4GydC8XUzPki__sf__BrIm3qYQ-BnyJY1LNzsshrTGH8/s200/wendy.png" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Shelley Duvall interpreta Wendy<br />
no filme de Kubrick</td></tr>
</tbody></table>
Wendy, assim como Jack, tinha um relacionamento conturbado com os pais, em especial com a mãe. Assombrada pelo comportamento instável do marido, ela se via presa à relação justamente por não ter para onde ir – a volta para casa era vista como um grande fracasso. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Por fim, Danny, o garoto cujo dom intitula o romance. Danny é considerado ‘iluminado’ por ter uma sensibilidade diferente com relação ao ambiente que o cerca. Ele é capaz de ver coisas, ouvir pensamentos e ser influenciado por espíritos que nem sempre desejam seu bem. Ele tem um amigo imaginário chamado Tony, que o alerta sobre os perigos que rondavam a mudança para o Overlook. Apegado ao pai, ele ignora os alertas em nome de uma possível redenção de Jack. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyA7nNOkyuKIVkHSxhYVIbV7AlTpS-9bTamCFy4ksN8XpUaJacIzn-e9a38kyQLedvJnb1iPUUGzsR3ZXGT-u57z67pOVSVhr80JR_sMr5_c4ziA32ueZfQ4OYMwPBZ4mP9izBx8V2zWrM/s1600/Danny.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="112" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyA7nNOkyuKIVkHSxhYVIbV7AlTpS-9bTamCFy4ksN8XpUaJacIzn-e9a38kyQLedvJnb1iPUUGzsR3ZXGT-u57z67pOVSVhr80JR_sMr5_c4ziA32ueZfQ4OYMwPBZ4mP9izBx8V2zWrM/s200/Danny.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Danny falando com Tony no filme: <br />
presságio de um futuro macabro </td></tr>
</tbody></table>
Por esses pontos, fica flagrante que o terror pretendido por Stephen King tem um fundo místico, baseado na premissa de que Danny Torrance seria capaz de ver os fantasmas que assombram o Overlook desde sua fundação em 1909 – o local, como é detalhado no livro, foi palco de vários assassinatos ao longo dos anos. Fica claro também, pela construção psicológica dos personagens, que a estada no hotel não será boa; todo um tom fatalista é erigido em torno do destino de cada membro da família Torrance. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>DECIFRANDO A VISÃO DE STANLEY KUBRICK </b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
<i>Real is good. Interesting is better. </i></div>
<div style="text-align: right;">
Stanley Kubrick </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Se na versão literária de <i>O Iluminado</i> temos uma construção psicológica densa, que direciona a narrativa para os acontecimentos funestos que terão lugar no Overlook, o filme de Kubrick, ao contrário, não nos conta nada. E isso não é uma negligência do diretor e/ou roteirista, é uma opção. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4PcbxoFlfinzjNM9v40doL3kdnqhaUnl0blVKGCF-TxNbh7Z8NwmGMHojPAG0sqcrkMuUG14tPaQafcCGo-fOEXEw2YoMTQioUrrDT-SlwTQ8fdWR5B4KRK6g1_-wqGAa4-kLmBRY8Jch/s1600/Overlook+imensid%C3%A3o.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="149" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4PcbxoFlfinzjNM9v40doL3kdnqhaUnl0blVKGCF-TxNbh7Z8NwmGMHojPAG0sqcrkMuUG14tPaQafcCGo-fOEXEw2YoMTQioUrrDT-SlwTQ8fdWR5B4KRK6g1_-wqGAa4-kLmBRY8Jch/s200/Overlook+imensid%C3%A3o.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Imensidão do hotel acentua a <br />
sensação de insegurança</td></tr>
</tbody></table>
Kubrick descarta todo o background da família Torrance para centrar a construção de seu universo fílmico no Overlook. Os corredores intermináveis, a neve, a imensidão do prédio são elementos utilizados por ele para criar uma atmosfera de dúvida, deixar o espectador com a sensação perene de que algo não está certo.
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Um dos aspectos decisivos para o sucesso visual do filme foi o uso ostensivo da steadicam, técnica de filmagem que havia acabado de ser criada. Com a câmera móvel, acompanhando as andanças dos personagens pelo hotel, Kubrick, ao contrário da estética clássica do terror, que sempre optou por esconder o ponto de ação, o diretor deixa sempre o cenário muito amplo e visível, o que coloca o espectador dentro da cena. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCXHd6rhpow9K_AXJ3so57Yl3__bcHRrXFlhDiIVR9hrQIcg8wQIy-aP92FxByYsJTCNjRaEglZ4gNe0cVj_AF8fKJm6R6o95F-f6mcyLW4HVCe562RgSpx5xRfmfGcZ9pcfqYDaO9PUZi/s1600/TheShining.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="144" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCXHd6rhpow9K_AXJ3so57Yl3__bcHRrXFlhDiIVR9hrQIcg8wQIy-aP92FxByYsJTCNjRaEglZ4gNe0cVj_AF8fKJm6R6o95F-f6mcyLW4HVCe562RgSpx5xRfmfGcZ9pcfqYDaO9PUZi/s200/TheShining.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Steadicam faz de cada passeio<br />
de velotrol um pesadelo</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Para aproveitar melhor essa estética visual do longa, Kubrick também insere alguns elementos que não estão no livro e acabam sendo decisivos para a construção da tensão. O primeiro deles são os passeios de velotrol de Danny pelos corredores do hotel. O diretor usa a câmera móvel para nos colocar no ângulo de visão de Danny (Danny Lloyd), bem perto do chão, e a imensidão quase opressora do prédio sobre o garoto fica latente. A cada curva para entrar em um novo corredor, vivemos a expectativa de encontrar alguns dos mistérios que o Overlook esconde – esse uso da câmera, ao mesmo tempo que nos coloca perto da visão do personagem, também passa a impressão de um voyeur que tudo segue, podendo ser interpretada como a visão do próprio hotel sobre seus hóspedes. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxGg3nLNuFX3HZw30IBeU_pvKWiX_7Iqf4lFx4CTcXfuuEM8849ARelcRZ3dZLZKYnVxPJN7itQTWdzH3CoHxHuigUnTiH9pA7l8DAu9dyYJzlUESy75ArzF5me88js-b69do2hnuluzf0/s1600/zzz+all+work+and+no+play+makes+jack+a+dull+boy+the+shining.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxGg3nLNuFX3HZw30IBeU_pvKWiX_7Iqf4lFx4CTcXfuuEM8849ARelcRZ3dZLZKYnVxPJN7itQTWdzH3CoHxHuigUnTiH9pA7l8DAu9dyYJzlUESy75ArzF5me88js-b69do2hnuluzf0/s200/zzz+all+work+and+no+play+makes+jack+a+dull+boy+the+shining.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Ápice da loucura em palavras repetidas</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Um segundo elemento é a peça que Jack Torrance (Jack Nicholson) pretende terminar durante seu período como zelador. Esse trabalho literário de Jack aparece no livro, mas não tem tanto destaque como no filme de Kubrick, que utiliza a frase “Only work and no play makes Jack a dull boy” repetidas várias vezes ao longo dos originais para dar forma a uma das cenas mais perturbadoras do filme, o momento em que a loucura do protagonista se torna insuperável. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Dentro dessa composição de uma atmosfera de insanidade deve-se destacar também a maneira como Kubrick trabalhava. Perfeccionista, ele costumava repetir um mesmo take à exaustão, por mais que a cena ideal fosse obtida logo nas primeiras tentativas. Nos extras do DVD de <i>O Iluminado</i>, um dos biógrafos de Kubrick lembra que a loucura que Jack Nicholson consegue imputar em seu personagem, culminando na <a href="http://www.youtube.com/watch?v=X_C4f7JKVfQ" target="_blank">icônica cena do arrombamento no banheiro do quarto, seguido do grito “Here’s Jhonny”, se deve muito à repetição exaustiva.</a> Aquele Jack Nicholson que aparece no filme é resultado da 26ª ou 27ª tentativa do ator que, sem saber mais o que tirar da cena, acaba explorando expressões e gestos cada vez mais exagerados, insanos. A loucura é quase naturalizada no processo de filmagem. </div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlHw3GIHyLeuQMC9mxbrqOb07fPBsj50th3TShpo1uZ7BtaCGK5B1SlKcMPi37XJFUBJXKblkif2BzErtQyXBRhgsEhgyvgyLPymW_M9Tsmp3JR5HaxWeF65yTSsQ-0_jdpz-Uyw1_sm5B/s1600/Shining2_008Pyxurz.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="360" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlHw3GIHyLeuQMC9mxbrqOb07fPBsj50th3TShpo1uZ7BtaCGK5B1SlKcMPi37XJFUBJXKblkif2BzErtQyXBRhgsEhgyvgyLPymW_M9Tsmp3JR5HaxWeF65yTSsQ-0_jdpz-Uyw1_sm5B/s640/Shining2_008Pyxurz.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">HERE'S JOHNNY!</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Uma das maiores críticas de Stephen King ao filme de Kubrick era exatamente essa sublimação do passado de problemas psicológicos dos personagens. Para o autor do livro, a insanidade apresentada por Jack Torrance no Overlook, no filme, é inexplicável, não se sustenta pois problemas como o alcoolismo ou os conflitos com o pais sequer são mencionados. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Por isso, na sua minissérie para a televisão, de 1997, King gasta todo o primeiro episódio na apresentação dos antecedentes da família Torrance. É uma tentativa válida, mas que alonga demais a história. A versão audiovisual de King para o livro tem quase quatro horas e meia de duração, dividida em três episódios. Aqui vale a discussão: a versão de Stephen King leva para a tela quase todos os elementos do livro, mas será por isso mais ‘fiel’ ao romance? <b> </b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtAIeI_B_QvWuPo1r4mpVuHTcqJLy-IQXB6NY1H5HQXYaCTNFC60LUhcbKv6ZUPZrpzsa_vAmAW_jzjD95mn3pzPcrqOW-SNQbLU1fm4-jIsmIErc8KifsTpIyV2hyIXSuDUUfbfGA40XK/s1600/Stephen-King-stephen-king-20117315-2086-2560.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtAIeI_B_QvWuPo1r4mpVuHTcqJLy-IQXB6NY1H5HQXYaCTNFC60LUhcbKv6ZUPZrpzsa_vAmAW_jzjD95mn3pzPcrqOW-SNQbLU1fm4-jIsmIErc8KifsTpIyV2hyIXSuDUUfbfGA40XK/s200/Stephen-King-stephen-king-20117315-2086-2560.jpg" width="163" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Stephen King fez outra versão<br />
do filme em 1997</td></tr>
</tbody></table>
A meu ver, nem um pouco. O autor não pode esperar que um livro seja um pacote fechado entregue aos leitores, que vão abri-lo e encontrar sempre a mesma arrumação, como foi programado. Retomando um termo que empreguei no começo do texto, ‘deturpar’ uma história faz parte do processo de interiorizá-la, buscar sentido. Kubrick tinha essa noção de leitura voltada para o cinema bem consolidada, tanto que, mesmo mudando radicalmente alguns elementos do romance, consegue transportar para a tela toda a atmosfera de tensão e perigo que o hotel Overlook passa ao ser lido no romance de Stephen King. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ao tentar readquirir o domínio sobre seu livro, King produz uma minissérie televisiva que não considera a transição de mídia. Assim sendo, produz um seriado enfadonho, que tenta explicar demais a situação, com diálogos exagerados e por vezes pueris, como se desconhecesse que o elemento visual já diz muita coisa, tornando desnecessários alguns diálogos que só cabem no contexto da literatura.
</div>
Tiago Nicaciohttp://www.blogger.com/profile/04001512920469986188noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-6700706418145695379.post-59915991023566645802012-08-22T23:48:00.000-03:002012-08-22T23:48:58.151-03:00Aos leitores do blogInfelizmente, por conta da política de direitos autorais de sites como Youtube e Vimeo, todos os vídeos do blog estão temporariamente offline. Estou procurando servidores que não sejam tão rigorosos no que concerne a proteção de tais direitos e, o mais breve possível, colocarei todos os vídeos no ar novamente. Peço desculpas pelos transtornos momentâneos.<br />
<br />
Aproveito também para esclarecer que as postagens estão cada vez mais raras porque o ritmo de outas atividades (trabalho, faculdade, etc) também aumentou bastante. Voltarei a atualizar o blog com maior constância nos próximos dias.<br />
<br />
Grato pelas visitas,<br />
<br />
Tiago Nicacio.Tiago Nicaciohttp://www.blogger.com/profile/04001512920469986188noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6700706418145695379.post-90976014189992314832012-06-04T21:34:00.001-03:002012-09-09T11:05:08.240-03:00Cena do elevador em Drive<div style="text-align: justify;"><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJR1rbDgHkooeYiTx9i5NSj_hog-gZ69H8vI_KrWP3Us7_Qv9p8CD3T4aoTlyRkkbzmb7hDp3K07Q7bxCZCuZJvMXGBmo2qy0O3zrrL8ICNXMo5CC1eizwBnwLXfaz5ShHjC1q0C3mhY9k/s1600/drive_cover.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJR1rbDgHkooeYiTx9i5NSj_hog-gZ69H8vI_KrWP3Us7_Qv9p8CD3T4aoTlyRkkbzmb7hDp3K07Q7bxCZCuZJvMXGBmo2qy0O3zrrL8ICNXMo5CC1eizwBnwLXfaz5ShHjC1q0C3mhY9k/s200/drive_cover.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O escorpião no casaco diz muito<br />
sobre a natureza do "driver"</td></tr>
</tbody></table>Em 2011, quando foi exibido no festival de Cannes, <i>Drive</i> (idem, 2011), filme do diretor Nicolas Winding Refn, arrebatou a plateia de críticos, a ponto de merecer uma ovação que se estendeu, segundo registro, por 15 minutos (veja <a href="http://www.youtube.com/watch?v=-5NF3rUhLcQ">aqui</a> uma pequena amostra desse momento). Mas parece que as informações sobre o filme, que só chegaria ao Brasil em meados deste ano, não foram muito bem divulgadas. <i>Drive</i>, de um thriller psicológico com algumas pitadas de ação, transfigurou-se num filme só de ação com carros, o que ludibriou o público mais incauto, gerando situações inusitadas.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Nos EUA, por exemplo, uma moradora de Michigan <a href="http://cinemacomrapadura.com.br/noticias/232676/espectadora-processa-distribuidora-de-drive-por-propaganda-enganosa/">processou a distribuidora do filme</a> por propaganda enganosa, uma vez que o longa foi vendido como uma espécie de <i>Velozes e Furiosos</i> (The Fast and The Furious, 2011), e acabou frustrando suas expectativas quando finalmente entrou no circuito. Por que <i>Drive</i> levantou tanta controvérsia? Vejamos algumas características antes de chegar à cena do <b>Frames para Sempre </b>de hoje.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuA-H9Qaf7ylYeGsjELIZW3iCGrqvRvYgftTUkQAMks0I-_gHr5iLr8Lset-4YOYk5ch6e6D1dAoJB_G8U3B3GuQFu3KhYd5sDX-B7iMFV96rxuWIkRn3_VOe4Av1bnZ7GPv_c7UqvCbeZ/s1600/03_FHA_rshow_drive2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="106" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuA-H9Qaf7ylYeGsjELIZW3iCGrqvRvYgftTUkQAMks0I-_gHr5iLr8Lset-4YOYk5ch6e6D1dAoJB_G8U3B3GuQFu3KhYd5sDX-B7iMFV96rxuWIkRn3_VOe4Av1bnZ7GPv_c7UqvCbeZ/s200/03_FHA_rshow_drive2.jpg" width="200" /></a></div>Basta revisitar a biografia de Nicolas Winding Refn para constatar sua vocação para fundir um cinema que pode ser considerado mais “sofisticado” com uma estética altamente pop, criando um resultado que, em níveis diferentes, atinge tanto o grande público quanto o cinéfilo mais exigente – desde que não se faça a confusão de prometer um filme de ação alucinante nos trailers... Essa construção mais complexa é feita por meio de vários elementos do filme, como trilha sonora, roteiro, atuações, etc, mas, acima de tudo, pela mão do diretor. Para uma análise mais pormenorizada dessas peculiaridades do longa, indico o <a href="http://www.cinemacomrapadura.com.br/rapaduracast/rapaduracast-273-i-drive/" target="_blank">podcast do portal Cinema com Rapadura</a>, que esmiúça o filme de maneira bastante esclarecedora.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-CgPqw8aHvvxIUz3aIy3lb9Dp-aX6BX1AWpSH6Q9a9GPWz47S8g-9tq4Yg-DykxTgkQlwMVhFGxUeR_n1dJIzCwAkeB2IITXaXnO9mdlPs3zUjr5240LN5ztyxaeFDC9i62fSEwudom6o/s1600/drive-still.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="132" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-CgPqw8aHvvxIUz3aIy3lb9Dp-aX6BX1AWpSH6Q9a9GPWz47S8g-9tq4Yg-DykxTgkQlwMVhFGxUeR_n1dJIzCwAkeB2IITXaXnO9mdlPs3zUjr5240LN5ztyxaeFDC9i62fSEwudom6o/s200/drive-still.jpg" width="200" /></a></div>E a cena escolhida para o <b>Frames para Sempre</b> de hoje é um belo exemplo desse estilo de Nicolas Refn. Ela coloca juntos um momento romântico e uma explosão de fúria de Ryan Gosling ( o <i>driver</i>, personagem sem nome), que está sendo caçado por um grupo de criminosos - repare como a iluminação da cena demarca bem esses dois momentos diferentes.<br />
<br />
Para resumir a <i>plot</i> sem maiores <i>spoilers</i>, o personagem de Ryan Gosling se envolve com Irene (Carey Mulligan), cujo marido Standard (Oscar Isaac) está na cadeia. Quando Standard é libertado, ele precisa participar de um último assalto para quitar uma dívida. O driver se propõe a ajudá-lo, mas acaba sendo caçado pelos credores de Standard. Dito isso, veja abaixo a cena do elevador em <i>Drive</i>!</div><br />
<iframe width="470" height="353" src="http://rutube.ru/embed/5849047" frameborder="0" webkitAllowFullScreen mozallowfullscreen allowfullscreen><br />
</iframe>Tiago Nicaciohttp://www.blogger.com/profile/04001512920469986188noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6700706418145695379.post-61090507458179324682012-05-29T08:47:00.001-03:002012-05-29T20:29:44.003-03:00Após polêmica com Paramount, prequel de O Poderoso Chefão chega às livrarias americanas<div style="text-align: justify;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPo8vl74eg8DPIdz0YFS7Im_LJYWhcQUJiPeJrbDZEsm1w9M5LtOrOFFcRf1XQK0qGflQF5TWSGbkwXVfuLCp8RuMwdq0pt4jpkxhPZ46v3hMuui0ZPPPcWzexPg5Hw5I1s3ev-DIGIum7/s1600/Godfather.jpeg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="127" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPo8vl74eg8DPIdz0YFS7Im_LJYWhcQUJiPeJrbDZEsm1w9M5LtOrOFFcRf1XQK0qGflQF5TWSGbkwXVfuLCp8RuMwdq0pt4jpkxhPZ46v3hMuui0ZPPPcWzexPg5Hw5I1s3ev-DIGIum7/s200/Godfather.jpeg" width="200" /></a>No começo deste mês de maio, chegou às livrarias americanas um romance que apresenta uma outra face de uma história bem conhecida do público, mesmo daqueles que não são leitores tão assíduos. Um dos casos de adaptação cinematográfica de maior sucesso em todos os tempos, <i>The Godfather</i>, o livro publicado por Mario Puzo em 1969 e adaptado por Francis Ford Coppola em 1972, terá uma continuação. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Na verdade, trata-se de uma <i>prequel</i>, ou seja, a narração de fatos ocorridos num período anterior à história original. O novo romance foi escrito por Edward Falco, e centra as atenções nas dificuldades passadas pela família de Vito Corleone no início da década de 30, época da Grande Depressão americana. Em apuros financeiros, as famílias que vivem do crime em Nova York acirram a violência para manter a prosperidade dos negócios. Ainda assim, Don Corleone consegue manter os filhos na escola, menos o primogênito, Sonny, que, ao descobrir qual é a verdadeira atividade do pai, decide que quer sucedê-lo no mundo do crime. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJAHDZIvQ2q2_WuuPpspFO26pbuUDNF_hu3HbwMmY9MM-w3zkPQY1QdgfgPcPsM1ZrwJCBb8QM69LAzQxvFBeiXhWle9vV5uCUdiOBw3QqGHBUPXRxNd-b3J9VCaMNTmEJY7hp2KLahHzw/s1600/tfc01-e1336946198694.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJAHDZIvQ2q2_WuuPpspFO26pbuUDNF_hu3HbwMmY9MM-w3zkPQY1QdgfgPcPsM1ZrwJCBb8QM69LAzQxvFBeiXhWle9vV5uCUdiOBw3QqGHBUPXRxNd-b3J9VCaMNTmEJY7hp2KLahHzw/s200/tfc01-e1336946198694.jpg" width="132" /></a></div><div style="text-align: justify;">O livro de Falco é baseado num roteiro inacabado do próprio Mario Puzo, que escreveu o livro original e ajudou a adaptar os dois primeiros filmes da trilogia de Coppola. Mas leva-lo às prateleiras das livrarias não foi fácil. Isso porque os herdeiros de Puzo detém somente os direitos de exploração dos livros da saga, enquanto a Paramount é proprietária dos direitos de filmagens dos romances originais. O estúdio americano tentou de todo modo impedir o lançamento do livro, e ainda move ação judicial para bloquear a venda do romance. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Essa não é a primeira vez que O Poderoso Chefão volta à cena. O próprio Puzo escreveu uma sequência para seu romance, chamada <i>The Sicilian</i>, que também tangencia a trajetória do império dos Corleone. Em 2004, Mark Winegardner publicou <i>The Godfather Returns</i>, que remonta os anos subsequentes ao livro de Puzo, lembrando um pouco a <i>plot</i> do segundo filme de Copolla. Por fim, em 2006, o mesmo Winegardner lançou <i>The Godfather’s Revenge</i>, que relaciona a família Corleone ao assassinato de um presidente americano, aludindo ao lúgubre fim de John F. Kennedy. Todos os livros foram aclamados pela crítica.</div>Tiago Nicaciohttp://www.blogger.com/profile/04001512920469986188noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6700706418145695379.post-11461695727421848472012-05-01T09:24:00.003-03:002012-05-29T20:30:04.462-03:00Wagner Moura será Federico Fellini no cinema<div style="text-align: justify;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRY8kmzUHYaKikclvoDiGHh9tHqdRO1SSbLcMMTKKHHOqEnKgCt0vX13kp8KVSzahcB9LdS8h9X43FZVon5p_MiOj0n0wrZ4cacylPjn4kFKLNzex1Q6Kw-9FaPkyn47Wh2wrVfs-GJd57/s1600/festival-cannes-05-original.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="131" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRY8kmzUHYaKikclvoDiGHh9tHqdRO1SSbLcMMTKKHHOqEnKgCt0vX13kp8KVSzahcB9LdS8h9X43FZVon5p_MiOj0n0wrZ4cacylPjn4kFKLNzex1Q6Kw-9FaPkyn47Wh2wrVfs-GJd57/s200/festival-cannes-05-original.jpg" width="200" /></a>Se <i>Tropa de Elite 2</i> não conseguiu cativar os críticos do Oscar o suficiente para representar o Brasil na cerimônia, parece que, aos poucos, alguns dos envolvidos no filme vão encontrando seu espaço na América. Depois de José Padilha ser <a href="http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2012/03/joel-kinnaman-sera-o-robocop-no-remake-de-jose-padilha-diz-site.html" target="_blank">confirmado como diretor do remake de <i>Robocop</i></a> (idem, 1987), Wagner Moura, o famigerado capitão Nascimento, dará vida ao cineasta italiano Federico Fellini numa produção independente americana. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O longa, chamado <i>Fellini Black and White</i>, será dirigido e roteirizado por Henry Bromell, produtor da série <i>Homeland</i>. O elenco contará ainda com Peter Dinklage, o Tyrion Lannister de <i>Game of thrones</i>, além de Terrence Howard e William H. Macy, que terão papéis coadjuvantes no filme. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Ao contrário de uma biografia tradicional, o filme vai se centrar num período específico da vida do diretor de <i>A Doce Vida</i> (La Dolce Vita, 1960). A película vai contar como foi a primeira viagem feita por Fellini, vencedor de 12 Oscar, aos Estados Unidos para participar da entrega da estatueta dourada, em 1957. Na ocasião, o cineasta desapareceu por 48 horas, sumiço que será o mote de <i>Fellini Black and White</i>: o longa vai especular sobre o que pode ter acontecido ao diretor italiano. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvRvpX6o_-8QT78xXgvJ9zHgI9hRJsMrVt7vCC9xssfm3CmFQWjwRqbnL9QCU8r4Qg_ZAXjr-ivo2DznFxU-2fSYQeQnqeMxXtkvuzp3TsuIxyrsdCN65BiMUCTlG1oH6I3ZtQZA6s6Jnk/s1600/wagner-moura-federico-fellini-slice.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="105" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvRvpX6o_-8QT78xXgvJ9zHgI9hRJsMrVt7vCC9xssfm3CmFQWjwRqbnL9QCU8r4Qg_ZAXjr-ivo2DznFxU-2fSYQeQnqeMxXtkvuzp3TsuIxyrsdCN65BiMUCTlG1oH6I3ZtQZA6s6Jnk/s320/wagner-moura-federico-fellini-slice.jpg" width="320" /></a>No roteiro de Bromell, Fellini descobre a cena jazz americana e se apaixona por uma veterinária, enquanto sua esposa tenta afogar suas mágoas com o cantor Ricky Nelson. Howard vai interpretar o músico de jazz que introduzirá Fellini a esse mundo; Macy vai encarnar o assessor de Fellini e Dinklage fará o amante da veterinária. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Esse é o segundo projeto internacional de Wagner Moura, de 35 anos. Ele já está certo em <i>Elysium</i>, drama de ficção-científica em que contracena com Matt Damon. O longa tem lançamento previsto para 2013. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A lenda do cinema Federico Fellini morreu em 1993 aos 73 anos, depois de ter feito história com filmes como <i>Oito e meio</i> ( 8 1/2, 1963), <i>Julieta dos Espíritos</i> (Giulietta degli spiriti, 1965) e <i>Amarcord</i> (idem, 1973).</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><i>Com informações de Zero Hora, Veja.com e Diário de Pernambuco.</i></div>Tiago Nicaciohttp://www.blogger.com/profile/04001512920469986188noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6700706418145695379.post-89035245886215772432012-04-27T23:39:00.001-03:002012-04-27T23:40:48.209-03:00A Leitora e Balzac e a costureirinha: o poder da leitura em duas adaptações cinematográficas<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: justify;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-3hjw1NvFtPCNNGurypjvLykyz6m-iaeEfI69Qer8EjjzBx3pO6luxhQ_1K51mZfupsWMI5MIeM1MkEgzFXqamkBUz9jgFP_ohwuZIscjq8U74qrLfECCWEX0RTjFr5VrGaUIodMZytKP/s1600/balzac_costureira_aff.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" oda="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-3hjw1NvFtPCNNGurypjvLykyz6m-iaeEfI69Qer8EjjzBx3pO6luxhQ_1K51mZfupsWMI5MIeM1MkEgzFXqamkBUz9jgFP_ohwuZIscjq8U74qrLfECCWEX0RTjFr5VrGaUIodMZytKP/s200/balzac_costureira_aff.jpg" width="150" /></a><span style="font-size: x-large;"><strong>N</strong></span>a década de 70, em plena Revolução Cultural, dois jovens burgueses são enviados para uma pequena aldeia nas montanhas chinesas para seu período de reeducação. Íntimos de uma literatura agora proibida pelo regime comunista, Luo (Chen Kun) e Ma (Liu Ye) conhecem – e se apaixonam – por uma jovem costureirinha (Xun Zhou), e, invertendo a lógica do processo pretendido pelo governo maoísta, passam a iniciar os habitantes da aldeia, em especial a costureirinha, na distante realidade oitocentista, embrião dos ideais burgueses, que os livros de Zola, Balzac e Flaubert remontam com maestria. <br />
<br />
Assim o diretor Sijie Dai apresenta <em>Balzac e a Costureirinha</em> (Xiao Cai Feng, 2002), adaptação do best-seller homônimo que ele mesmo escreveu. O convívio dos três protagonistas naquele ambiente de opressão e regulação intelectual os leva a, a partir da literatura “maldita”, opor-se a uma ideologia que não corresponde às suas convicções, seus anseios. Catorze anos antes, um filme francês chamado <em>A Leitora</em> (La Lectrice, 1988), dirigido por Michel Deville, também falava desse poder transformador da leitura.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhB4wLb2_GgBqu3n5WI_yuxbwmQ6UYk90rKLW7qJiaWAoXIyqaf6-9vY7-w1mtpUPz6BrBDcVUsYqwuHL8cfgzUIxwFwazr6q4UWBLqb3HkheUXmtv-muSKALNWxTCM_4cFw02S4mj1bQhm/s1600/film08_hommage_deville_lectrice.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="138" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhB4wLb2_GgBqu3n5WI_yuxbwmQ6UYk90rKLW7qJiaWAoXIyqaf6-9vY7-w1mtpUPz6BrBDcVUsYqwuHL8cfgzUIxwFwazr6q4UWBLqb3HkheUXmtv-muSKALNWxTCM_4cFw02S4mj1bQhm/s200/film08_hommage_deville_lectrice.jpg" width="200" /></a></div>Marie (Miou-Miou), apaixonada pela literatura, identifica-se profundamente com Constance, a personagem central do livro de Raymond Jean, <em>A Leitora</em> – obra da qual o longa é adaptado. No livro, Constance percebe que bastante gente é privada dos prazeres da literatura e, por isso, resolve colocar um anúncio no jornal em que se oferece como uma espécie de leitora profissional. Também interpretada por Miou-Miou, Constance é lida por Marie, que inspirada pela história escrita por Raymond Jean, repete o romance e adota o ato de ler como sua profissão. O roteiro, similar a uma daquelas espirais de Moebius dignas de um Charlie Kaufman, apresenta em diversas camadas a mesma força motriz que a literatura é capaz de empreender no longa de Sijie Dai, embora por caminhos diferentes.<br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdCiqlFw9bs0T254tBZD_uJpLcADgEqypIJb9QYXl-uhUn4RWuQZ1aEPo8pOrV6A4j4k7nc1JLBT-pbNDRHKSNR3V2KE-LpddQLBv0F3RxUjnxt-uom2XWQkGgFMWsDqv41W1KLl6J7mUu/s1600/lectrice_02.jpeg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="174" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdCiqlFw9bs0T254tBZD_uJpLcADgEqypIJb9QYXl-uhUn4RWuQZ1aEPo8pOrV6A4j4k7nc1JLBT-pbNDRHKSNR3V2KE-LpddQLBv0F3RxUjnxt-uom2XWQkGgFMWsDqv41W1KLl6J7mUu/s320/lectrice_02.jpeg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Constance e seu cliente paralítico: leitura em meio à<br />
descoberta da sexualidade</td></tr>
</tbody></table>Os clientes de Constance incluem uma viúva húngara que aprecia passagens dos textos de Marx e Lênin; um adolescente paralítico descobrindo sua sexualidade através dos versos de Baudelaire e dos contos de Maupassant – assim como por meio das coxas nuas de Constance; um executivo que quer apenas aumentar sua cultura geral, mas não tem tempo para ler e uma criança que, com pais ausentes, vive enclausurada em uma mansão e começa a entrar em contato com a literatura. Em comum, esses personagens têm a peculiaridade de procurar nos livros uma fuga de seus fracassos mundanos, uma maneira de concretizar aquilo que na realidade parece impossível, transgredir. Além disso, todos têm na figura de sua leitora, Constance, um agente transformador, alguém capaz de, para além das páginas do livro, modificar um pouco essa realidade tão implacável – e aqui está o grande engenho do roteiro, pois, a rigor, Constance também é um personagem literário.<br />
<br />
E essa confusão acerca da natureza do trabalho de Constance lhe é exposta desde o início pelo redator de seu anúncio no jornal, que adverte para o caráter erótico que o texto redigido por ela poderia ter, apesar de sua intenção meramente profissional. Em paralelo, os romances de Balzac nada dizem sobre a cultura chinesa, aliás, passam longe de tê-la como um possível reduto de leitores. Ainda assim, os sentimentos libertários da costureirinha são atiçados por aquele texto clássico, sedutor, dono de um erotismo da mesma linhagem que o simples anúncio de Constance poderia instigar.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpGmJ_f8pVpj4T1CrUGQamUoALz1Uc48YjoZJSlSomkF8QWo-_Co98-HFoQzNJiHT4xMqXpGxKvCh1ooxmooky_m66fXwbgRPuci8LhmP4HXQxBWP0unG1i48Pvc686957VogNqrxPVBdR/s1600/p5.jpg-r_640_600-b_1_D6D6D6-f_jpg-q_x-20020823_091242.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="133" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpGmJ_f8pVpj4T1CrUGQamUoALz1Uc48YjoZJSlSomkF8QWo-_Co98-HFoQzNJiHT4xMqXpGxKvCh1ooxmooky_m66fXwbgRPuci8LhmP4HXQxBWP0unG1i48Pvc686957VogNqrxPVBdR/s200/p5.jpg-r_640_600-b_1_D6D6D6-f_jpg-q_x-20020823_091242.jpg" width="200" /></a></div>Por sua vez, em <em>Balzac e a Costureirinha</em> temos a literatura que pode se apresentar como escolha ou imposição, cada face com sua própria força. Enquanto os ensinamentos de Mao soam estéreis para aqueles camponeses iletrados, que o adulam muito mais por uma paixão cega que por convicção intelectual, os romances franceses apresentados pela dupla de jovens burgueses tocam diretamente no âmago da costureirinha, fazendo-a revisitar e reconstruir sua própria identidade. A crítica do filme a esse vazio de um discurso recebido acriticamente fica clara em uma das sessões de leitura lideradas por Luo e Ma, onde um romance de Balzac é apresentado como um escrito de um país amigo, o que traz a imediata simpatia dos ouvintes.<br />
<br />
Interessante notar também que os dois longas esbarram nas diferentes vias de acesso à literatura. Assim como as pessoas “muito velhas, muito novas, muito tristes ou muito solitárias” que precisam dos préstimos de Constance para embarcar no universo da literatura, a costureirinha do longa de Sijie Daí é iletrada, e não seria seduzida pelos ideais oitocentistas da literatura francesa não fosse a leitura em voz alta de Luo e Ma. A ideia de que escutar um livro é “coisa de criança” ou uma prática antiquada, justificável apenas em tempos primitivos, é desmistificada por essas duas histórias, que não colocam o leitor/ouvinte em posição submissa ao locutor/escritor – pelo contrário, o processo de descoberta e mútuo e leva a destinos imprevisíveis.<br />
<br />
Duas adaptações de obras literárias, os filmes conseguem trazer à tona um número considerável de “leituras” às quais a literatura pode ser submetida. Fascínio, doutrina, impulso, e todos os insondáveis sentimentos que podem estar contidos numa página escrita, esperando apenas algum leitor disposto a libertá-los.</div><div style="text-align: justify;"></div>Tiago Nicaciohttp://www.blogger.com/profile/04001512920469986188noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6700706418145695379.post-6698417050085128972012-04-16T17:56:00.005-03:002012-09-09T11:08:32.215-03:00O perigo da memória nazista em O Aprendiz<div style="text-align: justify;">Esquecer e perdoar: ações que parecem ser inevitáveis para superar grandes traumas e seguir em frente; desanuviar o espírito, se livrar do peso de um passado doloroso. Essa é uma busca difícil, mas é a única alternativa. Será mesmo? O que dizer de um trauma tão grande que chega a ser incomensurável? O que falar sobre a memória do Holocausto, por exemplo? Aquela que levou o pensador judeu Theodor Adorno a dizer que seria um "ato bárbaro" escrever poesia em alemão, o vernáculo nazista, depois do que aconteceu em Auschwitz? Para esse tipo de dano, a vingança parece ser a única saída. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiA6uATMkortaUiI2rWhImdDn0kKJXJ4cp8bdmdofV50c8rSB_mmxzwp3oKa3PgZpQBtHeVXdTw75BHrcj4nSR6-2NvJIPpm2RzYFgt-6Xcjwa58Xw5McpUnfJrlZ2fhCT6dwOA9wnJOBSR/s1600/MV5BMTQzOTA5OTQxOV5BMl5BanBnXkFtZTcwOTk1MjIyMQ@@._V1._SY317_CR4,0,214,317_.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiA6uATMkortaUiI2rWhImdDn0kKJXJ4cp8bdmdofV50c8rSB_mmxzwp3oKa3PgZpQBtHeVXdTw75BHrcj4nSR6-2NvJIPpm2RzYFgt-6Xcjwa58Xw5McpUnfJrlZ2fhCT6dwOA9wnJOBSR/s200/MV5BMTQzOTA5OTQxOV5BMl5BanBnXkFtZTcwOTk1MjIyMQ@@._V1._SY317_CR4,0,214,317_.jpg" width="135" /></a></div><div style="text-align: justify;">Entretanto, como se vingar de alguém que não se revela? A memória do Holocausto precisa ser compartilhada para que a vingança – se desejada – se torne viável. Essa é a temática central do filme <i>O Aprendiz</i> (Apt Pupil, 1998), dirigido por Bryan Singer. Um veterano nazista vive tranquilamente nos Estados Unidos, anos após a 2ª Guerra Mundial. Sua tranquilidade, no entanto, é quebrada por um jovem estudante que tem acesso à verdadeira identidade do oficial nazista Kurt Dussender, vivido por Ian McKellen – sim, o mesmo que interpretou Gandalf e Magneto na tela grande. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O tal estudante, Brad Renfro (Todd Bowden), de posse da memória que o velho alemão tentava esconder, passa a chantageá-lo. Sua intenção é alimentar a curiosidade que nutre sobre aquele passado negro da História ocidental, mas essa gana de saber mais o leva a cometer excessos. Fascinado pelo nazismo, ele passa a visitar diariamente Dussender, quer fazê-lo lembrar do cheiro dos fornos, da agonia dos campos de concentração, em suma, o garoto passa a torturar o velho com sua própria memória. Um jeito sofisticado de vingar-se, mas que pode ser bastante insidioso. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhoNbecwhculwDm4VAlf4SRnc9y1-i1tooXP8g3yroKjukDJ7rtG2Ar5KAVvZsdpfjcZ4831Svlb0kVPspLdg45DxDkf0BIIineTeBP7Gu3lijXEJznNCHLjToENNWO-gx9CHUClL4LLiFy/s1600/AptPupil1998HDTV720p20-40-36.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="136" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhoNbecwhculwDm4VAlf4SRnc9y1-i1tooXP8g3yroKjukDJ7rtG2Ar5KAVvZsdpfjcZ4831Svlb0kVPspLdg45DxDkf0BIIineTeBP7Gu3lijXEJznNCHLjToENNWO-gx9CHUClL4LLiFy/s320/AptPupil1998HDTV720p20-40-36.JPG" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">"Boy, be careful, you play with fire"</td></tr>
</tbody></table><div style="text-align: justify;">Esse processo leva à cena que é lembrada pelo <b>Frames para Sempre</b> de hoje. Brad compra um uniforme nazista para que Dussender se vista a caráter, e a partir daí manda-o marchar, volver, marchar. E o passado relegado aos porões da memória passa a arder, cada vez mais vivo, vibrante, perigosamente vibrante... O velho, aos poucos, incorpora o oficial que ele outrora foi, e o resultado disso é reconstituir uma devoção que ultrapassa qualquer limite, uma devoção assustadoramente inesgotável. Uma cena primorosa! </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><i>O Aprendiz</i> é a adaptação de uma novela homônima de Stephen King, sempre ele, escrita em 1982. Mas chega de descrições, vamos à ação!</div><br />
<iframe width="640" height="360" src="http://rutube.ru/embed/5831602" frameborder="0" webkitAllowFullScreen mozallowfullscreen allowfullscreen></iframe>Tiago Nicaciohttp://www.blogger.com/profile/04001512920469986188noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6700706418145695379.post-29568324124374482162012-04-15T02:17:00.001-03:002012-04-17T20:09:53.779-03:00Heleno, um personagem dos campos de futebol<div style="text-align: center;"><div style="text-align: left;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrcBNh6Zr7b4NER53nYiEz11XnllXk04Oiw0T4Ssi9MIaU5MsoctElAUlYXbIszNTTc4eiUbm9khzxjLxUDdd0tBXeLqfzZA5M9zPt9ufL7rylm8ZIUqs5wMumVpRPtzC7HIwzzlqCWQZ_/s1600/heleno+voleio.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrcBNh6Zr7b4NER53nYiEz11XnllXk04Oiw0T4Ssi9MIaU5MsoctElAUlYXbIszNTTc4eiUbm9khzxjLxUDdd0tBXeLqfzZA5M9zPt9ufL7rylm8ZIUqs5wMumVpRPtzC7HIwzzlqCWQZ_/s1600/heleno+voleio.jpg" /></a><span style="background-color: #eeeeee;"><i></i></span></div><div style="text-align: center;"><span style="background-color: #eeeeee;"><i><span style="background-color: #eeeeee;"><i><br />
</i></span></i></span></div><div style="text-align: center;"><span style="background-color: #eeeeee;"><i><span style="background-color: #eeeeee;"><i><br />
</i></span></i></span></div><div style="text-align: center;"><span style="background-color: #eeeeee;"><i><span style="background-color: #eeeeee;"><i><br />
</i></span></i></span></div><div style="text-align: center;"><span style="background-color: #eeeeee;"><i><span style="background-color: #eeeeee;"><i><br />
</i></span></i></span></div><div style="text-align: center;"><span style="background-color: #eeeeee;"><i><span style="background-color: #eeeeee;"><i><br />
</i></span></i></span></div><div style="text-align: center;"><span style="background-color: #eeeeee;"><i><span style="background-color: #eeeeee;"><i><br />
</i></span></i></span></div><div style="text-align: center;"><span style="background-color: #eeeeee;"><i><span style="background-color: #eeeeee;"><i><br />
</i></span></i></span></div><div style="text-align: center;"><span style="background-color: #eeeeee;"><i><span style="background-color: #eeeeee;"><i><br />
</i></span></i></span></div><div style="text-align: center;"><span style="background-color: #eeeeee;"><i><span style="background-color: #eeeeee;"><i><br />
</i></span></i></span></div><div style="text-align: center;"><span style="background-color: #eeeeee;"><i><span style="background-color: #eeeeee;"><i><br />
</i></span></i></span></div><div style="text-align: center;"><span style="background-color: #eeeeee;"><i><span style="background-color: #eeeeee;"><i><br />
</i></span></i></span></div><div style="text-align: center;"><span style="background-color: #eeeeee;"><i><span style="background-color: #eeeeee;"><i></i></span></i></span><i>“Eu não sou um jogador de futebol, sou a própria vontade de jogar” </i></div></div><br />
<br />
<div style="text-align: right;">(Heleno – O Príncipe Maldito, 2012)<br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-large;"><b>E</b></span>m 1951, Heleno de Freitas, um dos gigantes do futebol brasileiro, como o imortalizou o jornalista João Máximo, exigia – não era de seu feitio pedir – uma última chance no futebol. Com 31 anos, nervos em frangalhos, fora de forma, o atacante recorreu ao América, o humilde diabo carioca para, ao menos uma vez na carreira, ter a oportunidade de jogar no Maracanã, o estádio construído para a Copa do Mundo de 1950, “a minha Copa”, como dizia Heleno. O primeiro Mundial do Brasil, todavia, nunca foi de Heleno – e por conta da 2ª Guerra Mundial, nenhum outro houvera sido. Não que o tragicômico centro-avante tenha passado pelos gramados sem obter nenhuma glória; muito pelo contrário. Heleno viveu e desfrutou os louros da fama futebolística de forma intensa, e com a mesma intensidade saiu de cena. Dono de uma personalidade irrefreável, De Freitas foi o James Dean dos gramados brasileiros; o galã artilheiro que a sífilis condenou a uma morte lenta e inglória. Seja calçando um par de chuteiras sobre a relva ou vestindo um terno de linho nos cassinos cariocas, nunca houve um homem como Heleno. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpDCnHxxnt3qWwlNhLbWwwXiZmYsRUKUz5pNAVONBPYdWkztxOjD7VLVJSfPgXvzPYuDzxjTmxlKQSolcRSA_j6KiYQMbumv_YpFtYUmIDxskKs80YU5g2_ZxcvkFD8hyphenhyphensx_Gc8FU3ZWEp/s1600/heleno+doente.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="125" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpDCnHxxnt3qWwlNhLbWwwXiZmYsRUKUz5pNAVONBPYdWkztxOjD7VLVJSfPgXvzPYuDzxjTmxlKQSolcRSA_j6KiYQMbumv_YpFtYUmIDxskKs80YU5g2_ZxcvkFD8hyphenhyphensx_Gc8FU3ZWEp/s200/heleno+doente.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O Heleno doente é mostrado logo<br />
no início do filme</td></tr>
</tbody></table><div style="text-align: justify;">E é exatamente esse o título da biografia do craque da década de 40, escrita pelo jornalista e autor Marcos Eduardo Neves – biografia essa que chegou aos cinemas nacionais no último dia 30, com direção de José Henrique Fonseca. Para resumo de conversa, o filme <i>Heleno</i> <i>–</i> <i>O Príncipe Maldito</i> é excelente, desde a magistral atuação de Rodrigo Santoro, que dá vida ao atacante, passando pela participação de Alinne Moraes como Silvia (uma personagem fictícia criada a partir da junção de várias mulheres da vida do jogador, entre elas sua esposa Ilma) e a colombiana Angie Cepeda como Diamantina, dois dos amores da vida de Heleno, até a fotografia de Walter Carvalho. Em preto e branco, as cores do Botafogo onde Heleno brilhou por tanto tempo, o longa de José Henrique Fonseca trata com sensibilidade poética a derrocada do jogador, com cenas tão bonitas e cruéis que seriam dignas dos versos de Augusto dos Anjos. Um exemplo dessa sensibilidade é a cena em que Heleno participa de uma roda de conversa com outros internos do manicômio de Barbacena, quando a sífilis já se apresentava em estado avançado. O galã de outrora aparece débil, sem os dentes, insistindo em enfiar um cigarro na boca de um doente sentado ao seu lado. O companheiro de calvário de Heleno recusa o presente, que lhe é empurrado à força. Mais fraco, o doente caí no chão, e é levantado por Heleno, que fica com remorsos. Culpado, o homem, aparentemente portador de Síndrome de Down, se emociona, e, com os olhos marejados, começa a pedir desculpas. Uma pequena amostra da beleza mórbida que permeia o filme e a carreira meteórica de Heleno. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: center;"><i>“Eu sou feliz com raiva” </i></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: right;">(Heleno – O Príncipe Maldito, 2012) </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjO9N7HxrrRw0NYwfCC3HeesqUVHcy04tKgRAyz8NPbx29jNXSLE8YdCWEknlPZBzJb7YCyha24hS18diU1T1JZGbp4Mrqr_6tdpAD71ZC9mO9I2pXr6RxqjBNv-7Q2_Vo6gW0KlSvSGFFi/s1600/heleno+e+alinne.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="151" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjO9N7HxrrRw0NYwfCC3HeesqUVHcy04tKgRAyz8NPbx29jNXSLE8YdCWEknlPZBzJb7YCyha24hS18diU1T1JZGbp4Mrqr_6tdpAD71ZC9mO9I2pXr6RxqjBNv-7Q2_Vo6gW0KlSvSGFFi/s200/heleno+e+alinne.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Silvia e Heleno: um amor idealizado<br />
para o filme</td></tr>
</tbody></table><div style="text-align: justify;">Apesar de ter gostado bastante do resultado final, aponto aqui algumas escolhas do filme que me pareceram equivocadas. A primeira delas, e talvez a mais importante, é a estrutura do roteiro. A história do craque botafoguense começa a ser contada a partir de sua doença; o primeiro Heleno a aparecer na tela é aquele consumido pela sífilis. A partir de então, o que se vê é uma narrativa entrecortada, que vai e volta nos momentos mais notórios dos 39 anos de vida do craque botafoguense. O incômodo que isso gera, além de tornar a história um pouco truncada para quem não a conhece, é a ideia de uma ligação causa/consequência entre os momentos de glória e de desgraça de Heleno. Após uma cena com um gol inesquecível, ou uma boa noitada na capital federal, sempre volta à tela o Heleno semi-morto, como se houvesse uma relação direta e incontornável entre a vida boêmia e desregrada de Heleno e sua posterior degradação. É claro que essas duas coisas estão interligadas, mas não da forma tão simples que o roteiro me pareceu sugerir – bastaria lembrar nomes como Maradona e, em menor grau, Romário, para não tomar isso como uma regra. Também não gostei da maneira como o filme coloca a descoberta da doença de Heleno. No longa, o jogador é avisado ainda no auge que possui sífilis, quando, na realidade, o diagnóstico só foi feito tardiamente, sendo esse um dos motivos da morte prematura do craque.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Fora isso, é a melhor experiência já feita pelo cinema brasileiro de tentar levar uma história do futebol para a tela grande. Nenhum outro filme conseguiu dramatizar o futebol com tanta competência, até porque a bola rolando no campo não é o grande foco do longa de José Henrique Fonseca. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Há duas semanas em exibição no Brasil, só é uma pena que <i>Heleno – O Príncipe Maldito</i>, não tenha chamado tanto público para as salas de cinema. Até aqui, o filme ocupa o nono lugar na bilheteria nacional – mas uma vez que os líderes são <i>Fúria de Titãs</i> e <i>Espelho, Espelho Meu</i>, a bilheteria nacional não deve ser levada tão a sério. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b>O Livro </b></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: center;"><i>“Heleno de Freitas, o craque das mais belas expressões corporais que conheci nos estádios, morreu, sem gestos, de paralisia progressiva, e descansa, hoje, no cemitério de São João Nepomuceno, onde nasceu um dia para jogar a própria vida num match sem intervalo entre a glória e a desgraça.” </i></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: right;">(Armando Nogueira) </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh99GZ20YUR_GXMr6V7chH0eG1jRw6gjce7QhAeFFWX7lxDjeNt_DrB19XLtqLIAEG0woXzgpgqejsTiPVTo6piN15YgQ3syvlNVYg5CnFJXOoP5FbkR_kzWpEURukqlZZFqNMtdL61BbrS/s1600/capa+livro.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh99GZ20YUR_GXMr6V7chH0eG1jRw6gjce7QhAeFFWX7lxDjeNt_DrB19XLtqLIAEG0woXzgpgqejsTiPVTo6piN15YgQ3syvlNVYg5CnFJXOoP5FbkR_kzWpEURukqlZZFqNMtdL61BbrS/s200/capa+livro.png" width="147" /></a></div><div style="text-align: justify;">Heleno de Freitas era muito mais que um jogador de futebol, era um personagem. Entre as diversas histórias, de trágicas a hilariantes, que Marcos Eduardo Neves narra no livro <i>Nunca houve um homem como Heleno</i>, uma relembra a final do campeonato brasileiro de 1944, decidido em cinco partidas. De um lado, a seleção paulista; de outro o escrete carioca, com Heleno no comando de ataque. Num dos jogos em São Paulo, quando os cariocas subiam para o gramado, foram recepcionados por uma chuva de ovos, bolas de gude e todo tipo de objeto à mercê dos atiradores de elite da arquibancada. Já no gramado, Heleno, que quase fora atingido por uma garrafa, é então entrevistado por um repórter: </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">– De que você mais gosta aqui em São Paulo, Heleno? </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">– Do aeroporto. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">– Por que? – perguntou ingenuamente o repórter. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">– Porque é o lugar mais próximo de se ir embora. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A polêmica declaração se espalhou pelo estádio e acirrou ainda mais os ânimos. Os paulistas venceram aquele jogo por 4x3, mas perderiam a quinta e última partida, em São Januário, por 3x1, com grande atuação do controverso centro-avante. Assim era Heleno: decisivo, seja a favor ou contra seu time. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: center;"><i>“(Heleno) brigava com todo mundo e, em vez de ajudar, inibia os companheiros. Os jornais mentiam a seu respeito, inventavam histórias, diziam que ele, fora do campo, era um gentleman. Mas não era. Nem dentro nem fora de campo ele era um gentleman. Apenas um homem de nervos esbandalhados, vítima de um irrecuperável desequilíbrio nervoso. Das arquibancadas era difícil notar e os jornais puseram em moda a palavra temperamental, para definir seu mau gênio.” </i></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: right;">(Sérgio Porto) </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRVlM_galO1e2OEVQKYVmqKHqpxi_GLgF8MuHpPymn7mqOALNrlf3gmOJf476Qlq8Q-18FwFDAaaFWtRTY4QZozy2xaxyW6D4zZWsBRSgu9zCFIKaCRWe7o5y7au5cNNnKtYf0__TLgxU2/s1600/marcos+eduardo+neves.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="140" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRVlM_galO1e2OEVQKYVmqKHqpxi_GLgF8MuHpPymn7mqOALNrlf3gmOJf476Qlq8Q-18FwFDAaaFWtRTY4QZozy2xaxyW6D4zZWsBRSgu9zCFIKaCRWe7o5y7au5cNNnKtYf0__TLgxU2/s200/marcos+eduardo+neves.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Marcos Eduardo Neves, autor da<br />
biografia de Heleno de Freitas</td></tr>
</tbody></table><div style="text-align: justify;">É através de passagens engraçadas como a descrita acima, e outras bem mais trágicas, que o livro reconstrói a vida de Heleno com competência. Há que se destacar, além da riqueza de detalhes sobre a vida do craque, o contexto histórico que o autor faz questão de remontar a cada capítulo da biografia. Dados como a partir de quando os jogadores começaram a usar números nas camisas, ou os costumes em uso na sociedade carioca dos anos 40 e 50 ajudam a compreender melhor em que ambiente Heleno, nascido na pacata cidade mineira de São João Nepomuceno, construiu (e destruiu) sua vida no futebol. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b>Heleno, uma figura literária </b></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDg49aCzyefaYcAmZOeJr0QiRuEiIaMW7qUqUdb0nto_12m99IQWJZaokUgzsakNGaul5rHkIZlGG2D01UKv5UnLpzgGt_biM_x-IdtjmfcyorCcMSD4CIaI_nDYejs7nmU4L2_utpJu60/s1600/heleno+-+ele+mesmo.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDg49aCzyefaYcAmZOeJr0QiRuEiIaMW7qUqUdb0nto_12m99IQWJZaokUgzsakNGaul5rHkIZlGG2D01UKv5UnLpzgGt_biM_x-IdtjmfcyorCcMSD4CIaI_nDYejs7nmU4L2_utpJu60/s200/heleno+-+ele+mesmo.jpg" width="164" /></a></div><div style="text-align: justify;">A vida de Heleno, composta por toda a carga dramática que sua personalidade explosiva era capaz de captar, chamou a <a href="http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/cultura-e-lazer/segundo-caderno/noticia/2012/03/jogador-heleno-foi-figura-conhecida-de-grandes-escritores-3710482.html" target="_blank">atenção de vários autores célebres</a>. Um deles, Gabriel García Márquez, escreveu bastante sobre o atacante brasileiro à época em que este jogou na Colômbia. O livro de Marcos Eduardo Neves traz uma das crônicas mais célebres do escritor sul-americano sobre o craque, que reproduzo abaixo. Qualquer semelhança com o teor “filosófico” da cena final de <i>Batman – O Cavalheiro das Trevas</i> (The Dark Knight, 2008) não é mera coincidência (pelo menos para mim). Heleno, assim como o Batman vivido por Christian Bale no filme de Christopher Nolan, é o herói que precisa ser caçado, aquele que pode levar a culpa por tudo, porque ele aguenta o tranco. Enfim, melhor deixar Gabriel García Márquez explicar o que o craque representava: </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><i>Dois domingos atrás o público de Barranquilla foi ao Estádio Municipal com o único objetivo de presenciar a volta do doutor Heleno de Freitas. Tenho a impressão de que, mais que as mãos para aplaudir, a torcida levava as gargantas para apupar. Não seria o mesmo Heleno de dois anos atrás o que naquela tarde iria aparecer no gramado. Era um homem completamente diferente, dois anos mais velho, já passado pelo torno de uma consciente e multitudinária análise, cujos resultados ainda são desconhecidos, o que impediu a todos que entendem de futebol atrever-se a dizer se Heleno é um gênio ou um palhaço sem o perigo de ter de se retratar no domingo seguinte. </i></div><div style="text-align: justify;"><i><br />
</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Os dirigentes do Junior mais uma vez trouxeram o advogado brasileiro aos gramados colombianos, e com isso demonstram possuir um inteligente conhecimento de psicologia coletiva. Um público que paga para ver um espetáculo de qualidade é, de certa forma, um público sem esperança, ao qual nenhuma atração promete futuro. No entanto, sendo Heleno o que está na proa, todo torcedor vai ao estádio como quem leva no bolso um bilhete inteiro de loteria. Porque com Heleno não existe meio-termo; ou, pelo menos, o público não quer isso dele. Se se comporta como um charlatão, o público sabe que comprou um bilhete em branco que lhe dá a oportunidade de vaiar. Em nenhum caso uma partida da qual participe Heleno tem probabilidade de se transformar num logro, porque vaiar, da mesma maneira como aplaudir, é uma força coletiva de reconhecer publicamente um fato. </i></div><div style="text-align: justify;"><i><br />
</i></div><div style="text-align: justify;"><i>A torcida deve ter observado, pelas fotografias que foram publicadas na imprensa local, que Heleno não deve ter feito outra coisa no Rio de Janeiro senão engordar. De volta à capital brasileira, onde foi recebido como o personagem principal de um filme de bandidos, com revólveres e socos de ida e volta, o “maestro” – ou o palhaço – descuidou-se de seu regime, guardou no armário, juntamente com o calção e demais artefatos do ofício, suas práticas diárias de ginástica sueca, e ficou à espera de que lhe fosse dada uma absolvição, absolvição essa que chegou de onde ele menos esperava, ou seja, da episcopal equipe de Régulo Matera. Mas então Heleno começara a engordar. E o público de Barranquilla, que percebeu isso desde sua chegada, rompeu todos os diques para se permitir mais uma vez o prazer de vaiá-lo. </i></div><div style="text-align: justify;"><i><br />
</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Como semanas atrás me arrisquei a dizer, o Junior agora está completo. Quando vencer, será um time admirável, bem-ajustado, com um moral de cimento armado. Se perder – e oxalá isso aconteça poucas vezes –, Heleno se tornará mais uma vez o farsante, o bobalhão da pelota. E com isso o público ficará feliz, já que no futebol se segue a regra de que, quando o time ganha, a torcida também ganha, mas quando perde lhe cabe enfrentar sozinho a borrasca da derrota. Neste último caso, a torcida limita-se a pagar as apostas e a dizer – no caso do Junior – que, enquanto Heleno de Freitas estiver na Colômbia, as listras vermelhas e brancas não terão vez. </i></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: right;">(Gabriel García Márquez, jornal El Heraldo)</div>Tiago Nicaciohttp://www.blogger.com/profile/04001512920469986188noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6700706418145695379.post-16085022457686465572012-04-08T22:43:00.002-03:002012-04-09T10:15:32.689-03:00Livro conta a história do primeiro filme pornô nacional<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjghAGTyRvID-KjPqPtOGgSN3BwwSV59vIZoCBK4MOVMvhW6dDu7oCOUiCcqBHehQoG6hxxYvEBr4E5JW53dXip5Yizqdc6CW3BNXNE-27sbGJbq0lKebgbs61DsADmwJZSWue_8_1yw8-n/s1600/coisas+eroticas.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="179" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjghAGTyRvID-KjPqPtOGgSN3BwwSV59vIZoCBK4MOVMvhW6dDu7oCOUiCcqBHehQoG6hxxYvEBr4E5JW53dXip5Yizqdc6CW3BNXNE-27sbGJbq0lKebgbs61DsADmwJZSWue_8_1yw8-n/s320/coisas+eroticas.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>Coisas Eróticas</i> sendo exibido no Cine Windsor</td></tr>
</tbody></table><div style="text-align: justify;">Hoje o terceiro maior produtor de filmes pornográficos do mundo, o Brasil teve sua primeira vez no mercado de filmes adultos há trinta anos. Em 1982, estreava <i>Coisas Eróticas</i>, longa-metragem dirigido por Raffaele Rossi, um italiano radicado em São Paulo. Toda a história de produção, filmagens e bastidores das primeiras cenas de sexo explícito do cinema nacional é contada no recém-lançado livro <i>Coisas Eróticas – A História Jamais Contada da Primeira Vez do Cinema Nacional</i>, dos jornalistas Denise Godinho e Hugo Mora. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A obra narra como Rossi, após ver o filme <i>Império dos Sentidos</i> (Ai no korîda, 1976), do diretor japonês Nagisa Oshima, durante a segunda edição da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, no Masp, teve a ideia de filmar o primeiro pornô nacional. Conforme conta o livro, Rossi achara que ”as cenas de sexo de Império dos Sentidos não excitavam e chegavam a beirar o escatológico”, quando, na verdade, o “sexo deveria ser excitante”. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdsK3xAhEBW3GaHy40jYDJP1d9iNAWPDSeSpiw8If_HUj5Y9LyXovUKrlqohUOhQkgABqHOlH5gcl_AtEoApVsATTWwU3-mKolWhb2WIoPpfBryrUpWCjp2iaonEEtKi_2mc3jc3nWoaKt/s1600/coisas+eroticas+cenas.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="148" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdsK3xAhEBW3GaHy40jYDJP1d9iNAWPDSeSpiw8If_HUj5Y9LyXovUKrlqohUOhQkgABqHOlH5gcl_AtEoApVsATTWwU3-mKolWhb2WIoPpfBryrUpWCjp2iaonEEtKi_2mc3jc3nWoaKt/s200/coisas+eroticas+cenas.jpg" width="200" /></a></div>O resultado final, espécie de pornochanchada mais apelativa, fez sucesso entre o público brasileiro: <i>Coisas Eróticas</i> levou às salas de cinema um público oficial de 4,7 milhões de espectadores, mesma bilheteria de <i>Carandiru</i> e <i>Se Eu Fosse Você</i>, marcos da retomada do cinema nacional. E se forem levados em conta ingressos não computados e cópias piratas, é possível que o longa tenha alcançado uma plateia semelhante à de <i>Tropa de Elite 2</i>, por volta dos 11 milhões de espectadores. O fato é que, durante as semanas em que foi exibido, o filme provocaria filas em frente ao Cine Windsor, no centro de São Paulo, que chegou a receber 3 mil pessoas por dia. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2fFyC_ULOe7IUSmuNJcCYk7LEHq_uQyOXqhAHXDklahSY-08pmOg59sPNELmkuNsgmnEMZvo2T7C-atg0loaQdjLbrB3n1XhMcUzWEjDusTM6LAkoxIvJ7AFG2igEVIs65QQuSsPpvhUu/s1600/coisas+eroticas+autores.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="133" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2fFyC_ULOe7IUSmuNJcCYk7LEHq_uQyOXqhAHXDklahSY-08pmOg59sPNELmkuNsgmnEMZvo2T7C-atg0loaQdjLbrB3n1XhMcUzWEjDusTM6LAkoxIvJ7AFG2igEVIs65QQuSsPpvhUu/s200/coisas+eroticas+autores.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Os autores Denise Godinho e <br />
Hugo Moura</td></tr>
</tbody></table>"Na época, era possível burlar esse esquema de contagem. É impossível afirmar um número, mas passa fácil dessa marca. Não se trata de uma opinião nossa. É um fato que levantamos", afirma Hugo Moura, um dos autores. O livro de Hugo e Denise Godinho começou como um trabalho de conclusão de curso na faculdade, com formato de curta-metragem. Após passar pelo crivo da academia, o projeto acabou virando um longa-metragem ainda inédito, que deve estrear no segundo semestre deste ano. A partir daí, surgiu o convite para contar a história também em livro. "Quando começamos a pesquisar, vimos que quase não havia informações sobre o filme. O gênero é o patinho feio do cinema", emenda Moura, natural de São Bernardo. "É um filme completamente amador e que ilustra bem a primeira vez: desajeitado e inocente”, finaliza. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Sucesso comercial, o filme acabou sendo um divisor de águas. A partir de <i>Coisas Eróticas</i>, os exibidores do centro paulistano passariam a priorizar filmes de sexo explícito, induzindo os cineastas da Boca do Lixo a investir em produções do gênero, liberado a partir do precedente obtido por <i>Coisas Eróticas</i> junto à censura.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b>Serviço</b></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKV3wvFDBtZroZQ9FamLadchSsfK2JrZ3RU6hHcRKLsMahV9lLE4K59wGB_wi4YfGNrTenyYA2A8x5qwL3T80IZGJdR5PTJpqmqaH7rvHSoCVm3ohq7GED6ilFrQPQBxgcn5iBIqPxX5Kx/s1600/Capa+Coisas+Eroticas.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKV3wvFDBtZroZQ9FamLadchSsfK2JrZ3RU6hHcRKLsMahV9lLE4K59wGB_wi4YfGNrTenyYA2A8x5qwL3T80IZGJdR5PTJpqmqaH7rvHSoCVm3ohq7GED6ilFrQPQBxgcn5iBIqPxX5Kx/s200/Capa+Coisas+Eroticas.jpg" width="133" /></a></div><br />
<br />
<b>Título:</b> Coisas Eróticas: A Historia Jamais Contada da Primeira Vez do Cinema Nacional<br />
<b>Autores:</b> Denise Godinho e Hugo Moura<br />
<b>Preço:</b> R$ 35,90<br />
<b>Páginas:</b> 200<br />
<b>Editora:</b> Panda Books<br />
<div><br />
</div><div><br />
</div><div><br />
</div><div><br />
</div><div><i>Com informações de Veja.com e Diário do Grande ABC</i></div><div><i><br />
</i></div><div><i><br />
</i></div>Tiago Nicaciohttp://www.blogger.com/profile/04001512920469986188noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6700706418145695379.post-10237025965102515232012-03-27T09:02:00.003-03:002013-01-04T00:49:51.779-02:00Sociedade dos Poetas Mortos - Oh Captain! My Captain<div style="text-align: justify;">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4mrWwTbS4iomRAMfCKKcjVJ_ohdDLfPUoXmZBdHyCZYc1LubAAdxRTCbyZewxXqoRv1ygJsMPrCgs-Ua3bD5_LFTth88BrPSGXfk9XT0pSMVARKvUymX6Bi83vJahz7WDu51mKVJkprxH/s1600/dead+poets+2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="133" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4mrWwTbS4iomRAMfCKKcjVJ_ohdDLfPUoXmZBdHyCZYc1LubAAdxRTCbyZewxXqoRv1ygJsMPrCgs-Ua3bD5_LFTth88BrPSGXfk9XT0pSMVARKvUymX6Bi83vJahz7WDu51mKVJkprxH/s200/dead+poets+2.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">John Keating rodeado por seus alunos</td></tr>
</tbody></table>
Após um longo período sem postagens, o <b>Frames para Sempre</b> está de volta lembrando um clássico da década de 80. Filme obrigatório para qualquer pedagogo (e não só para eles), <i>Sociedade dos Poetas Mortos</i> (Dead Poets Society, 1989) é uma história sobre a capacidade humana de pensar sobre sua condição, e, através disso, transgredir regras e interdições, mesmo as mais ferrenhas. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No longa dirigido por Peter Weir, John Keating (Robin Williams) é um professor de literatura que volta à escola onde foi educado para dar aulas. No entanto, seus métodos se opõem totalmente àqueles utilizados na escola, uma instituição ortodoxa, que ao invés de incentivar o livre pensamento, tenta moldar a cabeça de seus estudantes. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2fadv_FVDqrKLyUEv8PJTV1gzvUHHLP-lzz4Ahf1TA_JO4NAymAltvE4zfzx3gLUjxRquY7vVAOz9hs7fZ2pRFy2cQmma0IcE-C1dc6K9InXFqz1bjTFHxgeooMv14DMS88-FFa8gfEE9/s1600/dead+poets+3.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="106" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi2fadv_FVDqrKLyUEv8PJTV1gzvUHHLP-lzz4Ahf1TA_JO4NAymAltvE4zfzx3gLUjxRquY7vVAOz9hs7fZ2pRFy2cQmma0IcE-C1dc6K9InXFqz1bjTFHxgeooMv14DMS88-FFa8gfEE9/s200/dead+poets+3.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Alunos protestam contra demissão<br />
de Keating</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
Logo seu estilo entra em rota de colisão com a direção do colégio, que tenta coibir os ideais libertários que o professor tenta incutir nos alunos. Nessa cena lembrada pelo <b>Frames para Sempre</b> de hoje, os discípulos de Keating se revoltam contra a exclusão do professor do quadro docente da escola, e, em um ato de protesto, sobem nas carteiras da sala e recitam o primeiro verso do poema <i>Oh Captain! My Captain</i>, de Walt Whitman.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Sociedade dos Poetas Mortos</i> ganhou o Oscar de Melhor Roteiro Original, além de ter sido indicado nas categorias Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Ator (Robin Williams). Para além de toda a temática educacional envolvida na trama, o filme leva a questionamentos sobre o sentido da vida e a importância de aproveitá-la intensamente, retomando a ideia do <i>Carpem Diem</i>, do célebre poeta romano Horácio. Carpem scaena!<br />
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="allowfullscreen" frameborder="0" height="360" mozallowfullscreen="mozallowfullscreen" scrolling="no" src="http://rutube.ru/video/embed/6076337" webkitallowfullscreen="webkitallowfullscreen" width="460">
</iframe>
</div>
</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<b style="text-align: left;">Veja a íntegra do poema de Walt Whitman:</b></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
O Captain my Captain! Our fearful trip is done,<br />
The ship has weathered every rack, the prize we sought is won,<br />
The port is near, the bells I hear, the people all exulting,<br />
While follow eyes the steady keel, the vessel grim and daring;<br />
But O heart! heart! heart!<br />
O the bleeding drops of red,<br />
Where on the deck my Captain lies,<br />
Fallen cold and dead.<br />
<br />
O Captain! my Captain! rise up and hear the bells;<br />
Rise up--for you the flag is flung for you the bugle trills,<br />
For you bouquets and ribboned wreaths for you the shores a-crowding,<br />
For you they call, the swaying mass, their eager faces turning;<br />
Here Captain! dear father!<br />
This arm beneath your head!<br />
It is some dream that on the deck,<br />
You've fallen cold and dead.<br />
<br />
My Captain does not answer, his lips are pale and still;<br />
My father does not feel my arm, he has no pulse nor will;<br />
The ship is anchored safe and sound, its voyage closed and done;<br />
From fearful trip the victor ship comes in with object won;<br />
Exult O shores, and ring O bells!<br />
But I, with mournful tread,<br />
Walk the deck my Captain lies,<br />
Fallen cold and dead.<br />
<div>
<br /></div>
<div>
<b>Tradução:</b></div>
<div>
<b><br />
</b></div>
Oh capitão! Meu capitão! nossa viagem<br />
medonha terminou;<br />
O barco venceu todas as tormentas,<br />
O prêmio que perseguimos foi ganho;<br />
O porto está próximo, ouço<br />
Os sinos, o povo todo exulta,<br />
Enquanto seguem com o olhar a quilha firme,<br />
O barco raivoso e audaz:<br />
<br />
Mas oh coração! coração! coração!<br />
Oh gotas sangrentas de vermelho,<br />
No tombadilho onde jaz meu capitão,<br />
Caído, frio, morto.<br />
<br />
Oh capitão! Meu capitão! Erga-se<br />
e ouça os sinos;<br />
Levante-se – por você a bandeira dança – por<br />
você tocam os clarins;<br />
Por você buquês e fitas em grinaldas -<br />
por você a multidão na praia;<br />
Por você eles clamam, a reverente multidão<br />
de faces ansiosas:<br />
<br />
Aqui capitão! pai querido!<br />
Este braço sob sua cabeça;<br />
É algum sonho que no tombadilho<br />
Você esteja caído, frio e morto.<br />
<br />
Meu capitão não responde, seus lábios<br />
estão pálidos e silenciosos<br />
Meu pai não sente meu braço, ele não<br />
tem pulsação ou vontade;<br />
O barco está ancorado com segurança<br />
e inteiro, sua viagem finda, acabada;<br />
De uma horrível travessia o vitorioso barco<br />
retorna com o almejado prêmio:<br />
<br />
Exulta, oh praia, e toquem, oh sinos!<br />
Mas eu com passos desolados,<br />
Ando pelo tombadilho onde jaz meu capitão,<br />
caído, frio, morto.<br />
<div>
<br /></div>
Tiago Nicaciohttp://www.blogger.com/profile/04001512920469986188noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6700706418145695379.post-13136789748834492662012-03-20T22:02:00.000-03:002012-03-20T22:02:01.769-03:00Após restauro, filme Yellow Submarine, de 1968, é relançado em DVD e Blu-Ray<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJYgOybdFHvtWfDZXF3TRUtkDgLswcZTIfx02mPyI4kbpSz65EiY7454ZOfsDEEmrRWE1TiUnI6uE0Ch0xraH7cm84_ILw1kdXH_15_njWKLtnNRFZL3rIz0Eml6VW2B_GxiFiSSIgM5P8/s1600/Yellow.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="132" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJYgOybdFHvtWfDZXF3TRUtkDgLswcZTIfx02mPyI4kbpSz65EiY7454ZOfsDEEmrRWE1TiUnI6uE0Ch0xraH7cm84_ILw1kdXH_15_njWKLtnNRFZL3rIz0Eml6VW2B_GxiFiSSIgM5P8/s200/Yellow.jpg" width="200" /></a></div>Depois de quatro longos meses de uma restauração manual, fotograma por fotograma, a animação <i>Yellow Submarine</i>, de 1968, está pronta para seu relançamento em DVD e Blu-Ray. Segundo a gravadora Apple, o filme chega às lojas no dia 28 de maio. <br />
<div style="text-align: justify;"><br />
No longa, John, Paul, George e Ringo lutam com humor, músicas e, claro, um submarino amarelo para salvar Pepperland dos terríveis Blue Menies e seu líder Flying Glove. <br />
<br />
Entre os bônus do DVD e do Blu-Ray estão: um minidocumentário intitulado <i>Mod odyssey</i>, de sete minutos; o trailer original; comentários do diretor de arte Heinz Edelmann; entrevistas; sequências do storyboard; 29 desenhos à lápis e 30 fotos dos bastidores. <br />
<br />
Inspirado pela estética psicodélica dos anos 60 e com influências de diversas tendências artísticas da época, como o pop art de Andy Warhol, o desenho foi dirigido por George Dunning e escrito por Lee Minoff, Al Brodax, Jack Mendelsohn e Erich Segal. <br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsET-CyKAGgWTKdIcz9VsUbu_Yfl2dJCrzAVg3i_38eONmZMo-z5IbUjkg6rRuUyNehok2FveI3KrTwVL7FZq6mzjifK5B5G_ER6Y6aNPklliZYLCZRmoobKlGXVur5uaGh0-8T4Eq-ykf/s1600/submarine.jpeg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="138" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsET-CyKAGgWTKdIcz9VsUbu_Yfl2dJCrzAVg3i_38eONmZMo-z5IbUjkg6rRuUyNehok2FveI3KrTwVL7FZq6mzjifK5B5G_ER6Y6aNPklliZYLCZRmoobKlGXVur5uaGh0-8T4Eq-ykf/s200/submarine.jpeg" width="200" /></a></div>Na mesma data, o CD com a trilha sonora do longa também chega às lojas, com músicas como <i>Eleanor Rigby</i>, <i>When I'm Sixty-Four</i>, <i>Lucy in the Sky With Diamonds</i> e <i>All You Need Is Love</i>. <br />
<br />
“Como um fã de animação e como cineasta, tiro meu chapéu para os artistas de <i>Yellow Submarine</i>, cujo trabalho revolucionário ajudou a pavimentar o caminho para o mundo fantástico diversificado de animação que todos nós desfrutamos hoje", disse o chefe de estúdio da Pixar, John Lasseter, em comunicado, segundo a Associated Press. <br />
<br />
<b>Yellow Submarine também em livro </b><br />
<br />
Completando as homenagens aos Beatles, uma nova edição compacta, de capa dura, do livro ilustrado <i>Yellow Submarine</i> será lançada no dia 24 de abril. A obra, que poderá ser encontrada em lojas e na <a href="http://www.thebeatles.com/">Beatles Store</a>, terá uma versão digital interativa, disponível para <a href="http://www.itunes.com/TheBeatles">download grátis no iTunes</a>.<br />
<br />
<b>Confira o trailer do filme: </b></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><br />
<div style="text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="225" src="http://www.youtube.com/embed/vefJAtG-ZKI" width="400"></iframe></div><i> </i><br />
<i>Com informações do G1, Folha de S. Paulo e Zero Hora </i><br />
<br />
</div>Tiago Nicaciohttp://www.blogger.com/profile/04001512920469986188noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6700706418145695379.post-85618051465615018102012-03-12T21:02:00.004-03:002012-03-13T16:19:57.474-03:00Estreias de março – o mês dos atrasados<div style="text-align: justify;"><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiX7EnM-iWSMZmI5nYEqR9BhyphenhyphenaMX4av9PnpWISC5mrjZDqpRq4P87QewTrSt62JGJ_2mAZbbwNvBFwt8fN5ukMxeyRBy4M4I9o9gkVav3vy2hILm0cVERKkVdH4S5CUZavOYFTCNPEJ3j_k/s1600/heleno.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiX7EnM-iWSMZmI5nYEqR9BhyphenhyphenaMX4av9PnpWISC5mrjZDqpRq4P87QewTrSt62JGJ_2mAZbbwNvBFwt8fN5ukMxeyRBy4M4I9o9gkVav3vy2hILm0cVERKkVdH4S5CUZavOYFTCNPEJ3j_k/s200/heleno.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Rodrigo Santoro será Heleno</td><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br />
</td><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br />
</td><td class="tr-caption" style="text-align: center;"></td><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br />
</td></tr>
</tbody></table>Março de 2012 pode ser resumido como o mês dos atrasados no cinema. <i>Heleno </i>(2012), depois de muito tempo, finalmente ganhou uma data de estreia; <i>Drive</i> (2011), quase um ano depois de ser premiado em <i>Cannes</i> com direito a salva de palmas, desembarca no Brasil – o filme estreou nos EUA em 16 de setembro. E este post, quase quinze dias depois do devido, finalmente saiu!<br />
<br />
Esse também é o mês da segunda aventura da popstar Madonna dirigindo um filme. Depois de <i>Sujos e Sábios</i> (Filth and Wisdom, 2008), é a vez da cantora contar uma história que você vai pensar já ter visto em algum lugar... E viu mesmo! O longa trata da relação entre o rei da Inglaterra Eduardo VIII e a americana Wallis Simpson, que acaba afastando o efêmero monarca do trono - conforme foi visto na trama de <i>O Discurso do Rei</i> (The King's Speech, 2010).<br />
<br />
<i>Poder sem Limites</i> (Chronicle, 2012), de Josh Trank, segue a tendência iniciada por <i>A Bruxa de Blair</i> (The Blair Witch Project, 1999) e utiliza a crueza documental para contar a história de meninos com superpoderes.<br />
<br />
Tem ainda o novo filme de Denzel Washington, John Carter, a homenagem de Wim Wenders a Pina Bausch... Confira as estreias!</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><b><u>02 de março</u></b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><b><u><br />
</u></b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"></div><div style="text-align: -webkit-auto;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZiKxrE1iY_dWCfnEL1kZepJpq-pE8B2yrrj7FFRGmORqK82OU5AcmuYy1XBsSreqxmNaq7YlnG1CkcWvBz5qqr3GPYwRW7st9nQ48ev3mpd3NZi5BfeBHSOWzqGzHhaNzi0AiCVsrfsVf/s1600/Le-Havre-23Ago2011_04.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="100" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZiKxrE1iY_dWCfnEL1kZepJpq-pE8B2yrrj7FFRGmORqK82OU5AcmuYy1XBsSreqxmNaq7YlnG1CkcWvBz5qqr3GPYwRW7st9nQ48ev3mpd3NZi5BfeBHSOWzqGzHhaNzi0AiCVsrfsVf/s200/Le-Havre-23Ago2011_04.jpg" width="200" /></a></div><div style="text-align: justify;"><b>O Porto </b>(Le Havre, Finlândia/França/Alemanha, 2011) – Um velho engraxate abriga em sua casa menino africano que chegou por acidente na cidade portuária de Le Havre num navio cargueiro<b>.</b></div><br />
<div style="text-align: -webkit-auto;"><br />
</div><b>Diretor:</b> Aki Kaurismäki<br />
<div style="text-align: -webkit-auto;"><b>Elenco:</b> André Wilms, Jean-Pierre Darroussin, Kati Outinen</div><div style="text-align: -webkit-auto;"><b>Gênero:</b> Comédia, Drama</div><div style="text-align: -webkit-auto;"><b>Duração:</b> 93 min</div><div style="text-align: -webkit-auto;"><b>Distribuidora:</b> Imovision</div><div style="text-align: -webkit-auto;"><b>Classificação:</b> Livre</div><div style="text-align: -webkit-auto;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/JT4z2PmxV80?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div><div style="text-align: -webkit-auto;"><br />
</div><div style="text-align: -webkit-auto;"><br />
</div><div style="text-align: -webkit-auto;"><br />
</div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"></div><div style="text-align: -webkit-auto;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfCJMvn3-ZX_l9CwYJrMbtINyaU79oGJzpZEYNRLov5-3K72ZDSCAiYwfMHIirxhag6djNdSJa7QzZIsI6lkj0TgH9aBQlHlLOfRSdTFSnHtJ9cyOZIE5C-BRSZs_gnlfJojSRXC4LPs7I/s1600/img-thing.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="133" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfCJMvn3-ZX_l9CwYJrMbtINyaU79oGJzpZEYNRLov5-3K72ZDSCAiYwfMHIirxhag6djNdSJa7QzZIsI6lkj0TgH9aBQlHlLOfRSdTFSnHtJ9cyOZIE5C-BRSZs_gnlfJojSRXC4LPs7I/s200/img-thing.jpg" width="200" /></a></div><div style="text-align: justify;"><b>Drive</b> (Drive, USA, 2011) – Ryan Gosling interpreta um piloto profissional que trabalha em cenas de perseguição de carros em Hollywood. Além disso, ele usa sua habilidade e precisão no volante como motorista em assaltos. Dentro do seu mundo solitário ele conhece Irene, cujo marido sairá da prisão em poucos dias. Disposto a ajudar essa família a pagar uma antiga dívida, ele se dividirá entre usar todas as suas habilidades para salva-lá ou embarcar em uma fulminante paixão<b>.</b></div><br />
<div style="text-align: -webkit-auto;"><br />
</div><b>Diretor:</b> Nicolas Winding Refn<br />
<div style="text-align: -webkit-auto;"><b>Elenco:</b> Ryan Gosling, Albert Brooks, Christina Hendricks, Carey Mulligan</div><div style="text-align: -webkit-auto;"><b>Gênero:</b> Ação</div><div style="text-align: -webkit-auto;"><b>Duração: </b>100 min</div><div style="text-align: -webkit-auto;"><b>Distribuidora:</b> Imagem Filmes</div><div style="text-align: -webkit-auto;"><b>Classificação:</b> 16 anos</div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><b><u><br />
</u></b></div><div style="text-align: center;"><b><u><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/2J94JRSTcMY?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></u></b></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><b><u><br />
</u></b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><b><u><br />
</u></b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><b><u>09 de março</u></b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><b><u><br />
</u></b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjgtYrmv_Ch7FGCJM6jyRrto62q-VWMwygjaKcWrhJN8VQRc5dEPzHXBe32bhbM3oyx-YSdaNcKChwUj9uB2AuGbqP6pgGJF3zZEhP89NjWCmlNCrxZ36JDWAYWbF5NMPmDmKK_FadCBW3/s1600/pina.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="125" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjgtYrmv_Ch7FGCJM6jyRrto62q-VWMwygjaKcWrhJN8VQRc5dEPzHXBe32bhbM3oyx-YSdaNcKChwUj9uB2AuGbqP6pgGJF3zZEhP89NjWCmlNCrxZ36JDWAYWbF5NMPmDmKK_FadCBW3/s200/pina.jpg" width="200" /></a></div><div style="text-align: justify;"><b>Pina</b> (Pina, Alemanha/França/UK, 2011) – Pina, no filme do cineasta alemão Wim Wenders, é uma homenagem a Pina Bausch, coreógrafa alemã falecida no verão de 2009. No filme se intercalam coreografias e depoimentos dos bailarinos do Tanztheater Wuppertal. O longa traz coreografias dançadas no palco e em locais da cidade de Wuppertal, que durante 35 anos foi a casa e o centro da criatividade de Pina Bausch.</div><b><br />
</b><br />
<div><b>Diretor:</b> Wim Wenders<br />
<b>Elenco:</b> Pina Bausch, Regina Advento and Malou Airaudo<br />
<b>Gênero:</b> documentário<br />
<b>Duração:</b> 103 min<br />
<b>Distribuidora:</b> Imovision<br />
<b>Classificação:</b> Livre</div><div><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/CNuQVS7q7-A?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div><div><br />
<b><br />
</b></div><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizwWPXaodl2ibdc20dT8MB6q5jCPa6pcdSw4fdbHB4vHUrml4fI8apoSf0P6JWzc3TthtRSQn0RRJlg21ufjNx1qjOTmsNd3Lzn6qVZGsRCm-oAaFso2n2aMT0ZcGXA6lgDm0twPLyXqno/s1600/MV5BMTQyMzMyMjkwM15BMl5BanBnXkFtZTcwNzIyODkxNw@@._V1._SY317_CR0,0,214,317_.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizwWPXaodl2ibdc20dT8MB6q5jCPa6pcdSw4fdbHB4vHUrml4fI8apoSf0P6JWzc3TthtRSQn0RRJlg21ufjNx1qjOTmsNd3Lzn6qVZGsRCm-oAaFso2n2aMT0ZcGXA6lgDm0twPLyXqno/s200/MV5BMTQyMzMyMjkwM15BMl5BanBnXkFtZTcwNzIyODkxNw@@._V1._SY317_CR0,0,214,317_.jpg" width="135" /></a><br />
<div style="text-align: justify;"><b>W/E: O Romance do Século</b> ( W.E., UK, 2011) – Duas histórias de amor. Uma tem como centro o conturbado romance entre o Rei Edward VIII e a americana divorciada Wallis Simpson. A outra, contemporânea, reúne uma mulher casada e um guarda de segurança russo<b>.</b></div></div><div><br />
</div><div><b>Diretora:</b> Madonna<br />
<b>Elenco:</b> Abbie Cornish, James D´Arcy, Andrea Riseborough, Oscar Isaac, Annabelle Wallis<br />
<b>Gênero:</b> Drama<br />
<b>Duração:</b> 120 min<br />
<b>Distribuidora:</b> Playarte<br />
<b>Classificação:</b> 14 Anos<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><object class="BLOGGER-youtube-video" classid="clsid:D27CDB6E-AE6D-11cf-96B8-444553540000" codebase="http://download.macromedia.com/pub/shockwave/cabs/flash/swflash.cab#version=6,0,40,0" data-thumbnail-src="http://0.gvt0.com/vi/9iZ_IzBglhQ/0.jpg" height="266" width="320"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/9iZ_IzBglhQ&fs=1&source=uds" /><param name="bgcolor" value="#FFFFFF" /><embed width="320" height="266" src="http://www.youtube.com/v/9iZ_IzBglhQ&fs=1&source=uds" type="application/x-shockwave-flash"></embed></object></div><br />
<br />
<br />
</div><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXA8CLFIu5bjIZLkmReLnvDl-10KMdYhoFiHBIMIo1DGV18aHWaE4Iar1F2MR63u9t32dVwZkGEbS3VOdEfJgTX0c9MevqF0iK7pQyQ1lhMoiPOiRNnKyOEtT8whL6HnLo2dTPIAY-6-Z6/s1600/john-carter-mars11.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXA8CLFIu5bjIZLkmReLnvDl-10KMdYhoFiHBIMIo1DGV18aHWaE4Iar1F2MR63u9t32dVwZkGEbS3VOdEfJgTX0c9MevqF0iK7pQyQ1lhMoiPOiRNnKyOEtT8whL6HnLo2dTPIAY-6-Z6/s200/john-carter-mars11.jpg" width="200" /></a><br />
<div style="text-align: justify;"><b>John Carter – Entre dois Mundos</b> (John Carter, EUA, 2011) – Baseado no clássico romance de Edgar Rice Burroughs, o filme conta a história de John Carter (Taylor Kitsch), que é inexplicavelmente transportado para Marte onde se vê envolvido em um conflito de proporções épicas entre os habitantes do planeta, incluindo Tars Tarkas (Willem Dafoe) e a atraente Princesa Dejah Thoris (Lynn Collins). Em um mundo à beira do colapso, Carter descobre que a sobrevivência de Barsoom e de seu povo está em suas mãos<b>.</b></div><br />
<br />
<b>Diretor:</b> Andrew Stanton<br />
<b>Elenco:</b> Taylor Kitsch, Lynn Collins, Willem Dafoe, Bryan Cranston, Ciarán Hinds<br />
<b>Gênero:</b> Aventura<br />
<b>Duração:</b> 132 min<br />
<b>Distribuidora:</b> Walt Disney<br />
<b>Classificação:</b> 12 Anos<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/V7VJRtie7-Q?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div><br />
<br />
<b><u>16 de março</u></b><br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPat8-UzItMNnVe6PXxOCoY-Ey1_pogFvBqNXiufxlUGI52t9sAySuilN8YCMiTp1tlJinXUMHoUV9LVGZoCRXpn5P-su57feip2Dsk7SdYI1uwoq5vZiS-5PP3a0h98TJyF9wOhgpSfc5/s1600/poster-do-filme-anderson-silva-como-agua-1330367067994_564x430.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="152" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPat8-UzItMNnVe6PXxOCoY-Ey1_pogFvBqNXiufxlUGI52t9sAySuilN8YCMiTp1tlJinXUMHoUV9LVGZoCRXpn5P-su57feip2Dsk7SdYI1uwoq5vZiS-5PP3a0h98TJyF9wOhgpSfc5/s200/poster-do-filme-anderson-silva-como-agua-1330367067994_564x430.jpg" width="200" /></a><br />
<div style="text-align: justify;"><b>Anderson Silva: Como Água</b> (Like Water, EUA, 2011) – No esporte mais brutal e muitas vezes incompreendido pelo mundo, tornar-se um campeão leva mais do que apenas sangue, suor e lágrimas. O filme mostra Anderson Silva no UFC, enquanto se prepara para coroar sua corrida de quatro anos como o rei invicto do esporte e com um recorde de 12 vitórias. Com o acesso íntimo à Anderson Silva e seu treinamento, emerge o homem surpreendente e inspirador por trás de um dos maiores artistas marciais de todos os tempos<b>.</b></div><br />
<br />
<b>Diretor: </b>Pablo Croce<br />
<b>Elenco:</b> Anderson Silva, José Aldo, Junior Dos Santos, Ed Soares<br />
<b>Direção:</b> Pablo Croce<br />
<b>Gênero:</b> Documentário<br />
<b>Duração:</b> 84 min<br />
<b>Distribuidora:</b> California Filmes<br />
<b>Classificação:</b> 12 Anos<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/lxQsoWFmnIA?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div><br />
<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXYdMvPS91VZaZCi1iZdZf3SAMWKwziPmW5aGcXYEWpmE2mstUiFJQMMPXm0BEnSNSt8WK4WnY8ZfY1oNffizRhyphenhyphen4l2LV4LqOmR5bwmRoVg4H84rNwpBEcXevC44f4IGIWz0NaDj7UTDHX/s1600/projeto-x.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXYdMvPS91VZaZCi1iZdZf3SAMWKwziPmW5aGcXYEWpmE2mstUiFJQMMPXm0BEnSNSt8WK4WnY8ZfY1oNffizRhyphenhyphen4l2LV4LqOmR5bwmRoVg4H84rNwpBEcXevC44f4IGIWz0NaDj7UTDHX/s200/projeto-x.jpg" width="152" /></a><br />
<div style="text-align: justify;"><b>Projeto X – Uma Festa Fora de Controle</b> (Project X, USA, 2012) – Três garotos no último ano do colégio decidem fazer uma festa de aniversário para serem reconhecidos. Porém no decorrer da festa as coisas saem de controle.</div><br />
<br />
<b>Diretor:</b> Nima Nourizadeh<br />
<b>Elenco:</b> Thomas Mann, Oliver Cooper e Jonathan Daniel Brown<br />
<b>Gênero:</b> Comédia<br />
<b>Duração:</b> 88 min<br />
<b>Distribuidora:</b> Warner Bros<br />
<b>Classificação: </b>14 anos<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/kFwGmQIe-rU?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div><br />
<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_-_N52hxfQZvoW-vmW3wvdSNVx6xuhw1dZ3FFwVRRhtQveKEHdmdRJHEsWxyMvKZzWhqsbc5Zlb9Tu_HKUZjt4PlOFn9FXyyhwMDXYiImaQu4Pwe_MyjzQrhGCxM-vkZ9sYYIQ60vrNv6/s1600/l_1599348_349e2b3c.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_-_N52hxfQZvoW-vmW3wvdSNVx6xuhw1dZ3FFwVRRhtQveKEHdmdRJHEsWxyMvKZzWhqsbc5Zlb9Tu_HKUZjt4PlOFn9FXyyhwMDXYiImaQu4Pwe_MyjzQrhGCxM-vkZ9sYYIQ60vrNv6/s200/l_1599348_349e2b3c.jpg" width="134" /></a><br />
<div style="text-align: justify;"><b>Protegendo o Inimigo</b> (Safe House, África do Sul, EUA, 2012) – Tobin Frost (Denzel Washington) é um criminoso marcado para morrer, mas ele está preso e sob a proteção da CIA. Quando o local onde aguardava o julgamento foi descoberto e destruído por aqueles que não querem que o seu depoimento aconteça, ele precisa ser deslocado para outro local seguro. Agora, o oficial Matt Weston (Ryan Reynolds) tem a missão de dar cobertura nesta mudança de esconderijo. Só que as chances de algo de errado acontecer são enormes<b>.</b></div><br />
<br />
<b>Diretor:</b> Daniel Espinosa<br />
<b>Elenco:</b> Denzel Washington, Ryan Reynolds, Robert Patrick, Vera Farmiga<br />
<b>Gênero:</b> Ação<br />
<b>Duração:</b> 115 min<br />
<b>Distribuidora:</b> Paramount Pictures Brasil<br />
<b>Classificação:</b> 14 anos<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/qLwwSAqoCy4?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div><br />
<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheI4qDEqRwG5Tc6vgvmRCisofqvC0EhcH7tizXH09cfJsCQhY8M7l8u-4SQ98CzkowVlmXdw-hGO5AEeFQeYoktTWvSXL6s6B9UXRGX9qo04NC3j15O6gYZPBZMG_O5hI12NJoplMPokHc/s1600/belezaadormecida_1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEheI4qDEqRwG5Tc6vgvmRCisofqvC0EhcH7tizXH09cfJsCQhY8M7l8u-4SQ98CzkowVlmXdw-hGO5AEeFQeYoktTWvSXL6s6B9UXRGX9qo04NC3j15O6gYZPBZMG_O5hI12NJoplMPokHc/s200/belezaadormecida_1.jpg" width="141" /></a><br />
<div style="text-align: justify;"><b>Beleza Adormecida</b> (Sleeping Beauty, Austrália, 2011) – Lucy (Emily Browning) é uma jovem universitária que, para ganhar um dinheiro extra, começa a se prostituir em boates de luxo. Logo ela conhece a cafetina Clara (Rachel Blake), uma mulher de aparência impecável que mantém uma rede de "belas adormecidas", onde a beleza e o desejo predominam. Ela adormece, acorda... sempre com a sensação de que nada se passou<b>.</b></div><br />
<br />
<b>Diretora: </b>Julia Leigh<br />
<b>Elenco:</b> Emily Browning, Rachael Blake and Ewen Leslie<br />
<b>Gênero:</b> Drama<br />
<b>Duração:</b> 101 min<br />
<b>Distribuidora: </b>Vinny Filmes<br />
<b>Classificação:</b> Livre<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/IAsbowwhXkw?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div><br />
<br />
<br />
<b><u>23 de março</u></b> <br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDvRacW69aUKYVTk7HYUBvk34ausQi96wZ2lIHrPUEZ_LY8Oc5W-RAfLpzgz9j6Nj3_MZ1-uvjR9wyG5BkYPQTitbVTii6U0Fwc2UsmUfCh6otas_CxuN-6WUQ9lbcv_8o-VjCnIqQrS0-/s1600/12069241.jpeg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="136" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDvRacW69aUKYVTk7HYUBvk34ausQi96wZ2lIHrPUEZ_LY8Oc5W-RAfLpzgz9j6Nj3_MZ1-uvjR9wyG5BkYPQTitbVTii6U0Fwc2UsmUfCh6otas_CxuN-6WUQ9lbcv_8o-VjCnIqQrS0-/s200/12069241.jpeg" width="200" /></a><br />
<div style="text-align: justify;"><b>Heleno</b> (Brasil, 2012) – O jogador de futebol Heleno de Freitas (Rodrigo Santoro) era considerado o príncipe do Rio de Janeiro dos anos 40, numa época em que a cidade era um cenário de sonhos e promessas. Era ao mesmo tempo um gênio explosivo e apaixonado nos campos de futebol e um galã chermoso nos salões da sociedade carioca. Tinha certeza de que seria o maior jogador brasileiro de todos os tempos, mas a guerra, a sífilis e as desventuras de sua vida desviaram seu caminho, numa jornada de glória e tragédia. Baseado no livro “Nunca Houve um Homem como Heleno”, de Marcos Eduardo Novaes<b>.</b></div><br />
<br />
<b>Diretor:</b> José Henrique Fonseca<br />
<b>Elenco:</b> Othon Bastos, Rodrigo Santoro, Alinne Moraes<br />
<b>Gênero: </b>Cinebiografia/Drama<br />
<b>Duração:</b> 116 min<br />
<b>Distribuidora: </b>Downtown Filmes<br />
<b>Classificação: </b>–<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/F0Y8eMdzlBs?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div><br />
<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifXXeyl89djSB4wYxP0O5qRmeZnzBFxifJLPvhPgJwZ5AERLqlOH7Bkk-4loPBD4t5sgp5fthjQLnqV6ILSr28nisD3HriKriE_IG9APLczB4ozhYAReIZMYXcxyAdjWTLfCzFxcbxYuhP/s1600/mystique.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="133" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifXXeyl89djSB4wYxP0O5qRmeZnzBFxifJLPvhPgJwZ5AERLqlOH7Bkk-4loPBD4t5sgp5fthjQLnqV6ILSr28nisD3HriKriE_IG9APLczB4ozhYAReIZMYXcxyAdjWTLfCzFxcbxYuhP/s200/mystique.jpg" width="200" /></a><br />
<div style="text-align: justify;"><b>Sete Dias com Marilyn</b> (My Week with Marilyn, UK, EUA, 2011) – A musa Marilyn Monroe (Michelle Williams) está em Londres pela primeira vez para filmar "O príncipe encantado". Colin Clark (Eddie Redmayne), o jovem assistente do prestigiado cineasta e ator Laurence Olivier (Kenneth Branagh), sonha apenas em se tornar um diretor de cinema, mas logo viverá um romance com a mulher mais sexy do mundo. O que começa como uma aventura amorosa mudará a vida do ainda inocente Colin e revelará uma das várias facetas de um dos maiores mitos do século XX<b>.</b></div><br />
<br />
<b>Diretor:</b> Simon Curtis<br />
<b>Elenco:</b> Michelle Williams, Kenneth Branagh, Emma Watson, Judi Dench, Eddie Redmayne, Dougray Scott, Julia Ormond, Dominic Cooper, Derek Jacobi<br />
<b>Gênero:</b> Drama<br />
<b>Duração:</b> 100 min<br />
<b>Distribuidora:</b> Paris Filmes<br />
<b>Classificação:</b> 10 anos<br />
<br />
<b><u>25 de março</u></b><br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbflknP9-q2-L6GBazepDykJ9uUt8Nlg03QLg79apZA69DYDSDRAPFBpjhyphenhyphenYJIam69Ebcjj2ogUaud9wo_L6W2WPijRdsr0CgAbNdx_QglfNQ7wHyj07hp2fVO5zGskOi5xPXNc4nDMIFD/s1600/podersemlimites_1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="133" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbflknP9-q2-L6GBazepDykJ9uUt8Nlg03QLg79apZA69DYDSDRAPFBpjhyphenhyphenYJIam69Ebcjj2ogUaud9wo_L6W2WPijRdsr0CgAbNdx_QglfNQ7wHyj07hp2fVO5zGskOi5xPXNc4nDMIFD/s200/podersemlimites_1.jpg" width="200" /></a><br />
<div style="text-align: justify;"><b>Poder Sem Limites </b>(Chronicle, EUA, UK, 2012) – Três amigos ganham superpoderes de uma substância misteriosa. Quando surgem problemas pessoais, eles precisarão muito um do outro<b>.</b></div><br />
<br />
<b>Diretor:</b> Josh Trank <br />
<b>Elenco:</b> Michael B. Jordan, Michael Kelly, Dane DeHaan, Ashley Hinshaw<br />
<b>Gênero:</b> Terror<br />
<b>Duração:</b> 84 min<br />
<b>Distribuidora:</b> Fox Films<br />
<b>Classificação:</b> 12 anos<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/BizDhCQjxE8?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div><br />
<br />
</div>Tiago Nicaciohttp://www.blogger.com/profile/04001512920469986188noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6700706418145695379.post-39166163204160839712012-03-05T21:30:00.000-03:002012-03-05T21:30:54.442-03:00Crie o retrato falado de seu personagem dileto<div style="text-align: justify;">Na literatura, a construção de um personagem é um processo que nenhum escritor, por mais talentoso que seja, consegue dominar por inteiro. É claro que há um consenso sobre quais são as características de um Dom Quixote, por exemplo, mas ainda assim cada leitor que abrir o clássico de Cervantes terá a liberdade de tirar suas próprias conclusões, emular na imaginação seu próprio Quixote. Ou fazer um retrato falado do fidalgo mais famoso da Península Ibérica... </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGzJVnlLJ-b9CUZ_6No6MAqIrFXW_X_S-IB-w16lPUvfX63_gbpn47knW0r7fU1WJUI2p8zC6WaX_EUdHB8A66zLwTcyRHpzB48wb3y1x5OelgVj-hTO2mfIynxKNxlIz6s6y7F99k-dR-/s1600/120222094712_humbert_composites_304x171_thecomposites_nocredit.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="112" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGzJVnlLJ-b9CUZ_6No6MAqIrFXW_X_S-IB-w16lPUvfX63_gbpn47knW0r7fU1WJUI2p8zC6WaX_EUdHB8A66zLwTcyRHpzB48wb3y1x5OelgVj-hTO2mfIynxKNxlIz6s6y7F99k-dR-/s200/120222094712_humbert_composites_304x171_thecomposites_nocredit.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Humbert Humbert criado pelo<br />
The Composites<br />
</td></tr>
</tbody></table><div style="text-align: justify;">É isso que oferece o site <a href="http://thecomposites.tumblr.com/" target="_blank">The Composites</a>, do escritor e artista nova-iorquino Brian Joseph Davis. Com a ajuda de um software utilizado pela polícia na elaboração de retratos falados de criminosos, o The Composites recria a face de vários personagens da literatura clássica, de acordo com as sugestões de internautas. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Se você leu <i>Lolita</i>, de Vladimir Nabokov, e não ficou satisfeito com James Manson na pele de Humbert Humbert, pode ir lá e dar uma olhada na versão “Wanted” do personagem. Emma Bovary, do romance <i>Madame Bovary</i>, de Gustave Flaubert, também está por lá, em desenho baseado na descrição feita pelo autor francês. Veja só:</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJOmKogDqPMd_L3IIa1dm9efxHuxOEpdIEe3gN2MG_OWfrrmrDE3J75VVigxHfdgZNG8AYgSoyTNLYdOAwU9Pc9xd8_eehIvYn7ne0ix-4CrKJeaCG8-8jvHpf0V5UrzUBzqS5qED3SlZ1/s1600/120222094808_bovary_composites_304x171_thecomposites_nocredit.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJOmKogDqPMd_L3IIa1dm9efxHuxOEpdIEe3gN2MG_OWfrrmrDE3J75VVigxHfdgZNG8AYgSoyTNLYdOAwU9Pc9xd8_eehIvYn7ne0ix-4CrKJeaCG8-8jvHpf0V5UrzUBzqS5qED3SlZ1/s320/120222094808_bovary_composites_304x171_thecomposites_nocredit.jpg" width="320" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: center;"><i>“O que ela possuía de lindos eram os olhos: apesar de castanhos, pareciam pretos por causa das pestanas; o olhar era franco, e de um certo arrojo cândido. Os cabelos, cujos bandos pretos pareciam inteiriços, tão lisos eram, apartavam-se ao meio da cabeça por uma risca muito fina, que se prolongava, seguindo a curva do crânio” </i></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Para construir as imagens, Davis usou o programa forense "Faces ID", que possui um banco de mais de 10 mil características faciais. Para as falhas de descrição, casos em que os autores não mencionam, por exemplo, a aparência de um nariz, ou de uma boca, o criador do site valeu-se de informações subentendidas, como a época em que o livro foi escrito, elementos históricos e culturais fornecidos pela ficção. "É uma combinação de crítica literária − que conheço bem − e forense − da qual eu sou um amador total", afirma Davis.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Em entrevista à revista <i>The Atlantic</i>, o escritor artista se refere ao projeto como uma nova forma de interpretar e se envolver com a literatura. De acordo com Davis, o leitor busca esse tipo de interação, e quer viver os livros de uma nova maneira, como uma espécie de evolução cultural. Mas, é claro, o idealizador do The Composites também recebe muitas críticas pelo seu trabalho. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">"Os leitores imaginam estes personagens a partir das versões cinematográficas das obras", diz Davis. "Muitas pessoas reclamaram, por exemplo, que o meu Rochester [personagem do romance <i>Jane Eyre</i>, de Charlotte Brontë] não se parece com Michael Fassbender [ator que viveu Rochester na versão de 2011 para o cinema]." </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Apesar dos apelos de internautas, Davis não conseguiu produzir imagens dos rostos de Holden Caulfield – o protagonista de <i>O Atirador no Campo de Centeio</i>, de J.D. Salinger – ou de Kilgore Trout – personagem recorrente na obra do americano Kurt Vonnegut. Segundo Davis, não há descrições físicas suficientes dos personagens nos livros de Salinger e Vonnegut. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O escritor, que também edita uma revista literária, acredita que a internet pode ajudar a resgatar o interesse em literatura, ao oferecer novas formas de engajamento do público leitor com as obras. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">"A resposta das pessoas a esse projeto por parte de fãs em literatura prova, de certa forma, que as pessoas querem ter experiências em literatura de formas completamente novas, e que existem várias ferramentas para se fazer isso”, finaliza. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><i>Fontes: BBC Brasil e Colherada Cultural</i></div><div style="text-align: justify;"><i><br />
</i></div><div style="text-align: justify;"><i><br />
</i></div>Tiago Nicaciohttp://www.blogger.com/profile/04001512920469986188noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6700706418145695379.post-1388285322728730422012-03-02T13:22:00.001-03:002012-09-09T11:04:38.020-03:00Planeta dos Macacos (1968), um final inesquecível<div style="text-align: justify;"><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiX4GKTUdu2pSUkjBKBtNi6hVYiitcK6Safg8xGnu6KeDntG9WNEfmx8zN5iZiTlIqooUI5-GR0P5NRfGVUaWCKlwarQJvfi5_VtfN0l36u3M1IZLJFwHnaJc6VZj27jlLHkYXEAxJqRWI3/s1600/planeta_dos_macacos_1968_05.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiX4GKTUdu2pSUkjBKBtNi6hVYiitcK6Safg8xGnu6KeDntG9WNEfmx8zN5iZiTlIqooUI5-GR0P5NRfGVUaWCKlwarQJvfi5_VtfN0l36u3M1IZLJFwHnaJc6VZj27jlLHkYXEAxJqRWI3/s200/planeta_dos_macacos_1968_05.jpg" width="156" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Taylor, vestido em trapos, é <br />
dominado pelos macacos</td></tr>
</tbody></table>Privilegiados são (ou foram) aqueles que puderam assistir nas salas de cinema, com o frescor do ano de lançamento, os vários clássicos produzidos durante a década de 60. Para ficar só em alguns, poderíamos citar <i>Psicose</i> (Psycho, 1960), <i>A Doce Vida</i> (La Dolce Vita, 1960), <i>Persona </i>(idem, 1966), <i>Se meu apartamento falasse</i> (The Apartment, 1960) e por aí vai. Entre essas preciosidades, dois filmes, lançados em 1968, marcaram para sempre o gênero de ficção científica: <i>Planeta dos Macacos</i> (Planet of the Apes) e <i>2001: uma Odisseia no Espaço</i> (2001: a Space Odyssey). O <b>Frames para Sempre</b> de hoje vai lembrar uma cena do primeiro, que se tornou uma saga sobre a dominação símia do planeta, e trouxe embutido nesse enredo várias discussões que perduram até hoje – e um dos melhores finais da história do cinema.<br />
<br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiejZAMgSUZdFFUgsbSRCI33U_57n5_k5M_aZwlBYmxlTsAuhUdR_G0yeOefx-agFuMq65jFC8UyNzbYRTpSno14sH8xXHyss7JFX9IpvhQDq6CRyr8XhYKZj5VPoJaesPtTdlSzvv89ZtC/s1600/CrashSiteHeader.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="146" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiejZAMgSUZdFFUgsbSRCI33U_57n5_k5M_aZwlBYmxlTsAuhUdR_G0yeOefx-agFuMq65jFC8UyNzbYRTpSno14sH8xXHyss7JFX9IpvhQDq6CRyr8XhYKZj5VPoJaesPtTdlSzvv89ZtC/s200/CrashSiteHeader.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Nave do comandante Taylor soçobra<br />
no planeta desconhecido</td></tr>
</tbody></table>Adaptado do romance do escritor francês Pierre Boulle, <i>Planeta dos Macacos</i> conta a história de uma expedição interplanetária comandada por George Taylor (Charlton Heston), cuja missão era comprovar que, se a nave viajasse na velocidade da luz, o tempo passaria mais devagar para eles do que para quem ficou na Terra; teoria que, de fato, é confirmada. No entanto, um contratempo faz com que a nave caia num planeta desconhecido, e a dualidade temporal criada pela viagem na velocidade da luz faz com que os astronautas, 18 meses após sua partida da Terra, estejam no ano de 3978. No tal planeta desconhecido, Taylor e seus dois companheiros de expedição encontram humanos primitivos e incapazes de articular palavras, subjugados por macacos que andam a cavalo, usam armas e falam inglês fluentemente. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Uma brincadeira com a teoria da evolução? Também, mas o questionamento levantado pelo filme dirigido por Franklin J. Schaffner vai muito além do mero chiste cientificista. Taylor é um tipo meio antissocial e, logo no início do filme, deixa bem clara a sua descrença com relação à humanidade. Ainda na nave, durante uma das gravações de uma espécie de diário de bordo, ele se pergunta se a maravilhosa civilização humana, que o mandara para aquela extraordinária expedição, ainda era capaz de brigar com seu próprio vizinho, no que parece ser uma menção à Guerra Fria, em curso na época do filme. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj92eiSxQOtj1IBtthIQyQ7GvC9LB6V2NQz9puMwn7tbdapwcD84mbU6-6VwZY_la5Htxs2yqvEfRxRfZfYpb_Ll8zKOdEyRzXxYL3i55LMNd9C9ETDwCy2I2LTjroRlIsgS_-_TJPkGRc2/s1600/Gabbia.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="160" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj92eiSxQOtj1IBtthIQyQ7GvC9LB6V2NQz9puMwn7tbdapwcD84mbU6-6VwZY_la5Htxs2yqvEfRxRfZfYpb_Ll8zKOdEyRzXxYL3i55LMNd9C9ETDwCy2I2LTjroRlIsgS_-_TJPkGRc2/s200/Gabbia.JPG" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Taylor observa a conversa de Zira<br />
e Cornelius com Dr. Zaius</td></tr>
</tbody></table>Mais adiante, já sob o jugo dos macacos, Taylor encontra o apoio da psicóloga de “animais” chamada Zira (Kim Hunter), responsável por conduzir experimentos com humanos, e seu namorado Cornelius (Roddy McDowall), um arqueólogo que elaborou uma teoria considerada herética pela igreja símia: os macacos teriam se originado dos humanos. Esses dois acabam mantendo uma relação mais amena com Taylor, por verem nele uma comprovação de suas teses científicas de que a raça humana não é tão inferior como todos pensavam. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Os três encontram a dura oposição de Dr. Zaius (Maurice Evans), o controverso Ministro da Ciência e Defensor Supremo da Fé, que tenta impedir o avanço das pesquisas de Zira e Cornelius, temendo qual seria o resultado de uma revelação dessas para a sociedade símia. Afinal, como aceitar que os macacos teriam evoluído dos humanos, tese que contraria frontalmente os escritos religiosos? </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdrYm7nv193uat0F-u7rpANrhRXyA8r6n8-38M-SM-qwQsUXrsKB2a4mn8MqS1jRyW0B5x3RbNipJht4A6lzOVYydSc6zCP2EW6IAxwZbAhAmABg98UAVmd90nnOyuUfcv80l1KDoHhBdR/s1600/Planet-of-the-Apes-Posters.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdrYm7nv193uat0F-u7rpANrhRXyA8r6n8-38M-SM-qwQsUXrsKB2a4mn8MqS1jRyW0B5x3RbNipJht4A6lzOVYydSc6zCP2EW6IAxwZbAhAmABg98UAVmd90nnOyuUfcv80l1KDoHhBdR/s200/Planet-of-the-Apes-Posters.jpg" width="158" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br />
</td></tr>
</tbody></table>O ponto alto do filme, a meu ver, é quando Zaius dá sinais de que conhece a superioridade humana, está ciente de que essa raça, agora dominada, já foi muito mais avançada, teve uma tecnologia incomparável aos dos macacos, mas por sua ganância inesgotável, entrou em guerra, destruiu tudo e abriu espaço para a evolução dos macacos. Aí reside a grande crítica do filme, em plena corrida armamentista e tecnológica promovida por EUA e União Soviética: para onde estamos indo? Qual é a vantagem de nos armarmos até os dentes e preparar nossa própria destruição? Zaius conhecia essa história, e temia que ela se repetisse em sua civilização. Até por isso, ele é, ao mesmo tempo, um homem (melhor, macaco) da ciência e da religião, equilibrando essas duas forças para que sua raça não sucumba como a raça humana. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_hO7KBIeMvPUTo3zjQLM3Ft3oyhaYLYih49T0_W-di6WE1TjI1BfQxaxr3C9VdI1EcIEqTxfakD1ffjfHfcNr4QihMBI_BX4sTFMEaCg6K1e9hfBSw0aWw2fdxyb3eS8dBSxj5mOKrAwg/s1600/planetadosmacacos_1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="136" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_hO7KBIeMvPUTo3zjQLM3Ft3oyhaYLYih49T0_W-di6WE1TjI1BfQxaxr3C9VdI1EcIEqTxfakD1ffjfHfcNr4QihMBI_BX4sTFMEaCg6K1e9hfBSw0aWw2fdxyb3eS8dBSxj5mOKrAwg/s200/planetadosmacacos_1.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O símbolo do fracasso <br />
de uma civilização</td></tr>
</tbody></table>Aí vem o final épico, objeto desse <b>Frames para Sempre</b>. Liberto, Taylor anda a cavalo pela orla, quando avista alguma coisa que o impressiona: símbolo maior da civilização americana, a estátua da liberdade aparece em pedaços. O tal planeta desconhecido era a Terra! “Maniacs, you blew it up”, exclama o astronauta ao ver a cena. Difícil é saber se ele refere-se aos macacos ou aos próprios humanos, responsáveis pelo declínio de sua própria sociedade. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Um clássico, e uma cena impactante que você pode conferir no vídeo abaixo:</div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: center;"><iframe allowfullscreen="allowfullscreen" frameborder="0" height="353" mozallowfullscreen="mozallowfullscreen" src="http://rutube.ru/embed/5849064" webkitallowfullscreen="webkitallowfullscreen" width="470"><br />
</iframe></div>Tiago Nicaciohttp://www.blogger.com/profile/04001512920469986188noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6700706418145695379.post-64388271761102669762012-02-28T10:45:00.000-03:002012-02-28T10:45:50.223-03:00Curiosidades de Hollywood<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMDo9P5VNdy604yEd_i_pls_ZMzVqvDCTPjpG1d0GWWwV9qkWNFW9C66OLO4H6dB8A93sHlc9Md07jM_v-dV5y-lAUcF5qVtmKqmR1NQE2zaidBRiGDim3c55ojfR4c-837_G4NCIgMRon/s1600/FBY_Cinema_Viewers.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="117" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMDo9P5VNdy604yEd_i_pls_ZMzVqvDCTPjpG1d0GWWwV9qkWNFW9C66OLO4H6dB8A93sHlc9Md07jM_v-dV5y-lAUcF5qVtmKqmR1NQE2zaidBRiGDim3c55ojfR4c-837_G4NCIgMRon/s200/FBY_Cinema_Viewers.jpg" width="200" /></a></div><div style="text-align: justify;">Quando um filme chega aos cinemas, a única exigência feita ao espectador é que ele se deixe levar pela narrativa. Alguns filmes são mais difíceis, outros pressupõem um público ingênuo, e há aqueles que irritam tamanho o desrespeito para com a inteligência de quem os vê; contudo, no fim, o que todos querem é um pouco de atenção. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Há aqueles filmes que viram franquias e arrastam uma multidão de fãs; há também aqueles mais obscuros, sobre os quais você só encontra informação no IMDb e olhe lá. O fato é que, não importa qual seja o tipo de filme, geralmente a interface com o espectador, até que saia um DVD com extras, é feita pelo produto final visto na tela grande. Pouco se sabe a respeito do período de produção e pré-produção do filme, como os atores foram escolhidos, as grandes mancadas que aconteceram no <i>set</i> de filmagem – algumas saem na imprensa, outras não. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">No intuito de trazer um pouco do lado B dos filmes e de seus protagonistas à tona, o <b>Listando...</b> de hoje elenca algumas curiosidades, notícias de bastidores nem sempre conhecidas pelo grande público. Por exemplo, você sabia que uma das Bond Girls era na verdade um Bond Boy? E que Chuck Norris era fã dos faroestes de John Wayne? Veja abaixo algumas dessas curiosidades envolvendo filmes e astros do cinema! </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgksjywt-8d3CSCruFrCuu7kI-oYanMi7vzSYX4OTLNTls55PtFJ_X_wpoSEOMavADVTHgcA0qNqXrhsbFrL3ai_POJwqSVqg8Ai3WAGIJGEX-etsOgtaIEPOkVqNLPsvIFJqdz85oeKD8D/s1600/Clarck.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgksjywt-8d3CSCruFrCuu7kI-oYanMi7vzSYX4OTLNTls55PtFJ_X_wpoSEOMavADVTHgcA0qNqXrhsbFrL3ai_POJwqSVqg8Ai3WAGIJGEX-etsOgtaIEPOkVqNLPsvIFJqdz85oeKD8D/s1600/Clarck.jpg" /></a></div><b>O maior drama</b> que Hollywood produziu retratando a Guerra Civil Americana, <i>E o Vento Levou</i> (Gone with the Wind, 1939) por pouco não teve um protagonista bem diferente de Clark Gable. Antes de a adaptação cinematográfica do romance de Margaret Mitchell ser iniciada, a autora chegou a declarar que seu ator preferido para viver o Rhett Butler era o comediante Groucho Marx. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b>O cartaz de cinema</b> de <i>Frankstein</i> (1931) é considerado o mais valioso do mundo. Acredita-se que exista apenas uma cópia desse pôster hoje. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b>Uma das cenas</b> mais memoráveis de <i>Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida</i> nasceu puramente do desespero de Harrison Ford. O ator, sofrendo com uma disenteria que afligia parte do elenco e produção, tinha pela frente três dias de filmagens de uma cena de luta contra um vilão espadachim sob o sol escaldante da Tunísia. Buscando abreviar se sofrimento, Ford arriscou: simplesmente puxou o revólver, “matando” o exibido oponente. Steven Spielberg adorou o resultado. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi90VlF422wy6U1jPv74X9MdshkpUc5Z_lU_elSir9_VVdEeBMinvix2h6IcIJ73f08RXPXv0TEVJmXCR5v8hvhyn5lgKAhNERuN8-rQxNHen8_dulX3D4mNCI7gk1i6QKkndgZqG1nfQ2c/s1600/alien_03.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="129" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi90VlF422wy6U1jPv74X9MdshkpUc5Z_lU_elSir9_VVdEeBMinvix2h6IcIJ73f08RXPXv0TEVJmXCR5v8hvhyn5lgKAhNERuN8-rQxNHen8_dulX3D4mNCI7gk1i6QKkndgZqG1nfQ2c/s200/alien_03.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Alien: lucro em primeiro lugar</td></tr>
</tbody></table><b>Gordon Carroll</b>, produtor-executivo de <i>Aliens – O Resgate</i>, conta como James Cameron, jovem e recém-saído do sucesso Exterminador do Futuro, conseguiu convencer o estúdio a lhe entregar a continuação de <i>Alien – O Oitavo Passageiro</i>. Enquanto todos esperavam uma apresentação completa do cineasta, com <i>storyboards</i>, ideias e certo espetáculo, Cameron simplesmente andou até a lousa e escreveu “Alien”. Depois adicionou um “s” à palavra: “Aliens”. Dramaticamente, voltou-se aos executivos e colocou duas barras verticais na última letra. “Alien$”. O projeto foi aprovado naquele mesmo dia. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkKvKvN1kj50H4jFVsW7G22bS-0B0qJoxriRlN-N9AOmZsWXcIN_twKt1SdORApSRqiukIYs4qcwk24fHDhH8RxBVwY4UF6oUzOTAgYiXYMumFZp5mREO2zvupIDkXxd-AKtloOtQdyIp-/s1600/caroline+cassoy.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="133" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkKvKvN1kj50H4jFVsW7G22bS-0B0qJoxriRlN-N9AOmZsWXcIN_twKt1SdORApSRqiukIYs4qcwk24fHDhH8RxBVwY4UF6oUzOTAgYiXYMumFZp5mREO2zvupIDkXxd-AKtloOtQdyIp-/s200/caroline+cassoy.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Caroline Cossey, na verdade, nasceu<br />
Barry Cossey</td></tr>
</tbody></table><b>Em <i>007</i></b><i> – Somente para seus Olhos</i> (For Your Eyes Only, 1981), uma das beldades que contracenaram com James Bond (Roger Moore) foi a modelo Caroline Cossey. O que ninguém sabia, na época, é que Caroline nasceu Barry Cossey. A Bond Girl era, na verdade, um Bond Boy que se submeteu a terapia com hormônios e cirurgia de mudança de sexo. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b>Tom Cruise</b> chegou a tentar ser padre durante a adolescência. O astro de Hollywood entrou no seminário aos 14 anos, e saiu apenas um ano depois. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b>Antes de virar ator</b>, Brad Pitt trabalhou fantasiado de galinha para a rede de restaurantes mexicanos <i>El Pollo Loco</i>. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b>Sylvester Stallone</b> ganhou 200 dólares por dois dias de filmagens do pornô <i>O Garanhão Italiano </i>(The Party at Kitty and Stud's, 1970), sua estreia no cinema. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b>Dumbo é o único</b> personagem principal de um filme da Disney que não sabe falar. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b>O motel de </b><i style="font-weight: bold;">Cidade de Deus </i>(2002) continuou funcionando enquanto a cena do assalto era rodada – teve cliente reclamando depois do barulho dos tiros. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDFkg3ObSlsyZcIBeO1Z8g4q6O1hwY2DByP1EB9NzJrQncT2PA7RKVq8dsgZiw8UWydjwNJNDDqMw2f-9oPwaNulhyphenhyphen2rVB7o8njZNeZmyC9sxyn9uL76V5jSDEJzqc5qT-hrcUSo9gkApI/s1600/ramojifilmcity-2853.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDFkg3ObSlsyZcIBeO1Z8g4q6O1hwY2DByP1EB9NzJrQncT2PA7RKVq8dsgZiw8UWydjwNJNDDqMw2f-9oPwaNulhyphenhyphen2rVB7o8njZNeZmyC9sxyn9uL76V5jSDEJzqc5qT-hrcUSo9gkApI/s200/ramojifilmcity-2853.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Ramoji Film City: maior que Hollywood</td></tr>
</tbody></table><b>Ao contrário do que se pensa</b>, Hollywood não é o maior complexo cinematográfico do mundo. O posto é do indiano <i>Ramoji Film City</i>, na cidade de Hyderabad: o conjunto de estúdios tem o tamanho de 674 campos de futebol. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b>Jack Nicholson</b> só aceitou fazer o Coringa no filme <i>Batman </i>(1989) em troca de porcentagem nos lucros – no fim, embolsou cerca de 60 milhões de dólares. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b>O primeiro papel </b>da vida do ator Heath Ledger foi como Peter Pan, aos 10 anos, numa peça na Austrália. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b>Johnny Depp</b> quase interpretou Neo em <i>Matrix </i>(1999), mas o estúdio achou que o ator não teria apelo entre o público. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBRbE6a8jGn9A-tfP7QWTHzqK60OvyM_vUT726TlMGpG9xbiaH4hEQFWLxxUZdqGUqPYNsDrZuKmBUEdTyahEWvavkh1MUVzFwSv3c4oMUDsaSiPjk5Jn-9C-mwnpnWp8ipds2E60aJnfv/s1600/instintoselvagem-300.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBRbE6a8jGn9A-tfP7QWTHzqK60OvyM_vUT726TlMGpG9xbiaH4hEQFWLxxUZdqGUqPYNsDrZuKmBUEdTyahEWvavkh1MUVzFwSv3c4oMUDsaSiPjk5Jn-9C-mwnpnWp8ipds2E60aJnfv/s200/instintoselvagem-300.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Sharon Stone e a polêmica cruzada<br />
de pernas em Instinto Selvagem</td></tr>
</tbody></table><b>Sharon Stone</b> deu um tapa no diretor ao ver a forma como ele filmou sua cruzada de pernas em <i>Instinto Selvagem </i>(Basic Instint, 1992). </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b>Nas HQ’s</b>, a origem do <i>Homem de Ferro </i>(Iron Man, 2008) vem da Guerra no Vietnã. No filme, decidiram atualizar para o Afeganistão. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b>Dizem que Chuck Norris</b> é o maior, mas quando criança ele era fã de John Wayne e adulto treinou com Bruce Lee. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><i><br />
</i></div><div style="text-align: justify;"><i><br />
</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Fonte: Almanaque do Cinema</i></div><div style="text-align: justify;"><i><br />
</i></div><div style="text-align: justify;"><i><br />
</i></div>Tiago Nicaciohttp://www.blogger.com/profile/04001512920469986188noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6700706418145695379.post-23919113242846836312012-02-25T19:25:00.002-02:002012-02-25T23:46:30.403-03:00Jules e Jim, uma mulher para dois<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj80aC-YOIRXa5PFxpNEpIX3-frBB0x4hmTuyJtUAsJuzk3seWLxd-Qjq5sepuOwstNKygWyrVlaw8D3MeK7CUIZttaBNivsFPrMGkzH51uvVZLb8IrXdxj5qSP9lE-ArmlQ_0wyD-fQ7BS/s1600/jules-et-jim-ponte.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="451" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj80aC-YOIRXa5PFxpNEpIX3-frBB0x4hmTuyJtUAsJuzk3seWLxd-Qjq5sepuOwstNKygWyrVlaw8D3MeK7CUIZttaBNivsFPrMGkzH51uvVZLb8IrXdxj5qSP9lE-ArmlQ_0wyD-fQ7BS/s640/jules-et-jim-ponte.jpg" width="640" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br />
<b><span style="font-size: x-large;">S</span></b>e François Truffaut, após ficar órfão muito cedo e ser criado num reformatório, não encontrasse André Bazin nas dependências de um cineclube parisiense, talvez toda a história do cinema de um país fosse diferente; provavelmente ele não teria entrado para a <i>Cahiers Du Cinéma</i>, e seus preceitos estéticos sobre a sétima arte não encontrariam uma <i>nouvelle vague</i> disposta a escutá-los. E se Truffaut não fosse um ávido leitor, daqueles que costumam escarafunchar sebos obscuros em busca de obras raras, talvez não tivesse jamais adaptado o livro de estreia de um jovem escritor de 74 anos. Henri-Pierre Roché, o escritor, era um jornalista identificado com o movimento dadaísta francês. Chegou a frequentar um grupo de jovens artistas do Montparnasse, entre os quais Pablo Picasso e Max Jacob. Entrou para o exército, e foi dispensado em 1916, em meio à 1ª Guerra Mundial – não foi uma das mais de 19 milhões vidas que ficaram nas trincheiras. Foi para os EUA e lá fundou a revista <i>Blind Man</i>, pioneira na publicação de manifestos dadaístas naquele país. Talvez não fosse preciso fazer mais nada, escrever mais nada. Mas ele decidiu que precisava de um livro, aquele que um cineasta francês chamado François Truffaut encontraria num sebo parisiense... </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJpTiAnZxmmaDWWwvlQxi3mM6-vNBlCzsWWsar-8XCADpRiPpEYlcMdXHcS0ewVdx_SKWGevPY8WrhQ6rv0gSg7VhRQjLqvcHihyCoQs0mzTswxBZHHkSJ6jP1AfCpnlUADxTFbUgH2Nqy/s1600/truffaut-francois-01-g.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="138" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJpTiAnZxmmaDWWwvlQxi3mM6-vNBlCzsWWsar-8XCADpRiPpEYlcMdXHcS0ewVdx_SKWGevPY8WrhQ6rv0gSg7VhRQjLqvcHihyCoQs0mzTswxBZHHkSJ6jP1AfCpnlUADxTFbUgH2Nqy/s200/truffaut-francois-01-g.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Truffaut em ação</td></tr>
</tbody></table>O acaso deu um jeito de cruzar a trajetória desses dois franceses, e <i>Jules e Jim</i> (Jules et Jim, 1962), o livro tardio de Pierre Roché, tornou-se, além de um grande clássico da literatura, uma obra-prima do cinema. A história de dois amigos que se apaixonam por uma mulher cuja maior fraqueza – ou virtude – é não conseguir se prender a ninguém conquistou o público da libertária década de 60, quando foi lançada, e cativa muita gente até os dias de hoje. O germânico Jules (Oskar Werner) e o francês Jim (Henri Serre) são dois grandes amigos que vivem em Paris. Em meio a sucessivos encontros amorosos que não duram por muito tempo, eles recebem o convite para ir a uma exposição de fotos em um cinematógrafo particular. Nessa sessão, se deparam com o sorriso enigmático de uma estátua, uma espécie de ruína grega. Vão até o museu – vestidos em trajes idênticos – analisam a estátua por uma hora e dali saem com uma promessa: se algum dia encontrassem um sorriso como aquele, o seguiriam para o resto da vida. Nesse ponto, surge uma aparição. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeSc-PX7wIbJBfpQ8jDEPJZKBuy2wBUZdPpIsLTXASdPUGo3KfUlPelUS5blcLnzQrpVScmWzqA4_1uQOyp1UtZ-XkyrnPbCKwWe5TMMYzi-kcYeIjCc-E3TWnE9T6fA71piBexdtsm3Ol/s1600/jules-et-jim.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeSc-PX7wIbJBfpQ8jDEPJZKBuy2wBUZdPpIsLTXASdPUGo3KfUlPelUS5blcLnzQrpVScmWzqA4_1uQOyp1UtZ-XkyrnPbCKwWe5TMMYzi-kcYeIjCc-E3TWnE9T6fA71piBexdtsm3Ol/s1600/jules-et-jim.jpg" /></a></div><div style="text-align: justify;">Essa aparição, ou “força da natureza”, como diz Jules em certo momento do filme, é Catherine (Jeanne Moreau). A atriz, que trabalharia de novo com Truffaut em <i>A noiva estava de preto</i> (La mariée était em noir, 1968), desperta a paixão dos dois amigos. Esse sentimento pungente, contudo, em momento algum se sobrepõe à amizade existente entre os dois, ao ponto de Jules, que sempre teve mais dificuldades em manter relações duradouras com mulheres, pedir ao amigo que não interfira e ser atendido. Assim, ele a Catherine passam a ser namorados em Paris, sempre com a companhia de Jim. Até que, com a Primeira Guerra Mundial, os dois amigos vão parar em trincheiras diferentes e param de se ver por um bom tempo. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhR_l74KXANwMK06IBkl7WYOUjKCgaMheyNmzNtuPpRv2X62DaBjwUu3GMCnbG4R_L-G6hcnQbx0YAZNioTaGuYtR2qchfRnRYhXz4vC1WkU7DnlTaiOh1khYxlYKnMzgOCG_BFE9_TX3Am/s1600/Copy_of_JulesJim3.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="136" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhR_l74KXANwMK06IBkl7WYOUjKCgaMheyNmzNtuPpRv2X62DaBjwUu3GMCnbG4R_L-G6hcnQbx0YAZNioTaGuYtR2qchfRnRYhXz4vC1WkU7DnlTaiOh1khYxlYKnMzgOCG_BFE9_TX3Am/s200/Copy_of_JulesJim3.jpg" width="200" /></a></div><div style="text-align: justify;">Após o término do conflito bélico, Jules e Catherine moram no interior da Alemanha, têm uma filha, mas não o mesmo relacionamento de antigamente. Jim, então, lhes faz uma visita, tem uma conversa com o amigo que, surpreendentemente, diz que prefere dividir a mulher com outro a perdê-la de vez. Aí começa um <i>ménage a trois</i> dos mais refinados, uma grande reflexão sobre a amizade, o amor, enfim, sobre as relações humanas. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Eis aqui um dos grandes méritos do filme: apesar de ser um cine-livro – especialidade do diretor francês – em nenhum momento <i>Jules e Jim</i> tem o peso de uma grande obra literária, embora respeite completamente a história de Henri-Pierre Roché. A narração em <i>off</i>, acelerada no começo, ajuda a manter o tom de uma narrativa escrita, porém, os diálogos geniais parcialmente adaptados por Truffaut conferem ao filme a fluidez necessária. O longa estimula a reflexão, sem dúvidas, mas não se perde em grandes apontamentos literários. É sutil, alusivo, sem ser doutrinário; um daqueles clássicos imperdíveis. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdgk_SJBzy9WnHrTstCV323UtVHpEUGBsgbK-CRv4jH03J_TU_ZPoLriNhBsL5d6SJfrxcEvXmED2qjIunIaHR3RDOKIdnzfR0NEQWoEWQPHSl3wt_2lWYg6OaBvp00b_9vQeC_Ka-Wq3B/s1600/jules_et_jim_scene+02.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="132" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdgk_SJBzy9WnHrTstCV323UtVHpEUGBsgbK-CRv4jH03J_TU_ZPoLriNhBsL5d6SJfrxcEvXmED2qjIunIaHR3RDOKIdnzfR0NEQWoEWQPHSl3wt_2lWYg6OaBvp00b_9vQeC_Ka-Wq3B/s200/jules_et_jim_scene+02.jpg" width="200" /></a></div><div style="text-align: justify;">O inusitado triângulo amoroso entre os dois amigos de longa data e a mulher com sorriso enigmático provoca algumas reações curiosas no espectador. Alguns detestam Catherine, pois pensam que ela estraga uma amizade bonita; outros veem nela o charme do filme, o vetor das transformações e de toda a discussão sobre o amor que a obra de Roché/Truffaut leva ao cinema. Talvez a visão negativa sobre a personagem de Jeanne Moreau venha do desfecho que ela dá à história, mas aí só assistindo ao filme para fazer esse julgamento! </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><b>Veja abaixo o trailer de Jules e Jim:</b><br />
<br />
</div><div style="text-align: center;"></div><div style="text-align: center;"></div><div style="text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="226" mozallowfullscreen="" src="http://player.vimeo.com/video/37425249?title=0&byline=0&portrait=0" webkitallowfullscreen="" width="400"></iframe><br />
<br />
<br />
</div>Tiago Nicaciohttp://www.blogger.com/profile/04001512920469986188noreply@blogger.com0