No começo deste mês de maio, chegou às livrarias americanas um romance que apresenta uma outra face de uma história bem conhecida do público, mesmo daqueles que não são leitores tão assíduos. Um dos casos de adaptação cinematográfica de maior sucesso em todos os tempos, The Godfather, o livro publicado por Mario Puzo em 1969 e adaptado por Francis Ford Coppola em 1972, terá uma continuação.
Na verdade, trata-se de uma prequel, ou seja, a narração de fatos ocorridos num período anterior à história original. O novo romance foi escrito por Edward Falco, e centra as atenções nas dificuldades passadas pela família de Vito Corleone no início da década de 30, época da Grande Depressão americana. Em apuros financeiros, as famílias que vivem do crime em Nova York acirram a violência para manter a prosperidade dos negócios. Ainda assim, Don Corleone consegue manter os filhos na escola, menos o primogênito, Sonny, que, ao descobrir qual é a verdadeira atividade do pai, decide que quer sucedê-lo no mundo do crime.
O livro de Falco é baseado num roteiro inacabado do próprio Mario Puzo, que escreveu o livro original e ajudou a adaptar os dois primeiros filmes da trilogia de Coppola. Mas leva-lo às prateleiras das livrarias não foi fácil. Isso porque os herdeiros de Puzo detém somente os direitos de exploração dos livros da saga, enquanto a Paramount é proprietária dos direitos de filmagens dos romances originais. O estúdio americano tentou de todo modo impedir o lançamento do livro, e ainda move ação judicial para bloquear a venda do romance.
Essa não é a primeira vez que O Poderoso Chefão volta à cena. O próprio Puzo escreveu uma sequência para seu romance, chamada The Sicilian, que também tangencia a trajetória do império dos Corleone. Em 2004, Mark Winegardner publicou The Godfather Returns, que remonta os anos subsequentes ao livro de Puzo, lembrando um pouco a plot do segundo filme de Copolla. Por fim, em 2006, o mesmo Winegardner lançou The Godfather’s Revenge, que relaciona a família Corleone ao assassinato de um presidente americano, aludindo ao lúgubre fim de John F. Kennedy. Todos os livros foram aclamados pela crítica.
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