sábado, 5 de novembro de 2011

Maiores fracassos de bilheteria do cinema

Continuando a saga das listas no Resenha, hoje vamos conferir os cinco filmes que deram mais dor de cabeça aos executivos de Hollywood. Ao contrário da última lista, sobre os filmes mais lucrativos, essa vai enumerar os longas fracassados, com os piores números de bilheteria e, por conseguinte, os maiores prejuízos. 

E não só desconhecidos aparecem nessa nova listagem. Além dos cinco primeiros citados aqui, vale destacar outros filmes que são lembrados na lista, caso consideremos o top 20. Por exemplo, na 7ª posição ficou A Volta do Todo-Poderoso (Evan Almighty, 2007). Esse um caso exemplar da ganância dos estúdios, porque o primeiro filme, com Jim Carrey, é uma boa comédia, só que não cabia uma continuação; mas sabe como é, Todo Poderoso faturou US$ 458.900... 

Já no 11ª posto está o bom filme Códigos de Guerra (Windtalkers, 2002), com Nicolas Cage no papel principal. Esse realmente não consegui entender, é um ótimo filme sobre a participação dos índios navarros na Segunda Guerra Mundial. Também dão as caras Speed Racer (2008), Nem que a Vaca Tussa (Home on the range, 2004), O Filho do Máskara (Son of the mask, 2005) e o habitué das sessões da tarde, O Acampamento do Papai (Daddy day camp, 2007). 

Sobre os cinco primeiros, acho que não há muito que contestar, exceção feita ao primeiro colocado, O Expresso Polar (The Polar Express, 2004). Apesar de que é bom esclarecer uma coisa: estes são os maiores fracassos comerciais, aqui não são considerados os méritos artísticos de cada filme. E curiosa também é a presença de três filmes de ficção-científica (ou que tentam sê-lo) nos primeiros lugares. Moral da história: se for filmar sci-fi, é melhor caprichar! 

Lembrando que a estimativa é baseada em retorno de 50% das bilheterias (parte que cabe aos estúdios) sobre o orçamento oficialmente divulgado (em dólares). Não inclui lucros posteriores, como lançamento em home vídeo, negociação para televisão, meios digitais ou merchandising. 

O Expresso Polar (2004) – Embora tenha recebido três indicações ao Oscar, o filme baseado no livro homônimo de Chris Van Allsburg (mesmo autor de Jumanji), parece não ter agradado muito. Feito para um público bem específico – crianças bem pequenas que ainda acreditam em Papai Noel – O Expresso Polar lidera a lista muito por conta do seu orçamento: a Warner Bros. gastou US$ 170 milhões! A animação foi uma das primeiras a digitalizar a expressão facial dos atores, tecnologia que demorou a cair no gosto do público. A Sony também tentou fazer isso com Final Fantasy, em 2001, e vai ver quem está em quinto na lista... Apesar do fracasso, O Expresso Polar reeditou a parceria entre Tom Hanks e o diretor Robert Zemeckis – os dois trabalharam juntos em Forrest Gump e O Náufrago – e também foi o último filme do ator Michael Jeter. 




Orçamento: $ 170 milhões 

Bilheteria: $ 125.218.204

Perda em dólares: - $ 107.390.898 






Ricos, Bonitos e Infiéis (2001) – “Porter Stoddard (Warren Beatty) é um bem-sucedido arquiteto nova-iorquino que desconfia que sua esposa Ellie (Diane Keaton) e seus filhos (Josh Hartnett e Tricia Vessey) não precisam mais dele.” Esse é o começo da sinopse de Ricos, Bonitos e Infiéis... Preciso dizer mais alguma coisa? O crítico de cinema Rubens Ewald Filho colocou o filme em segundo lugar na sua lista de piores filmes de 2001. O primeiro foi Alta Velocidade. Acho que isso valida aquele ditado: “nada é tão ruim que não possa ficar pior”.


Orçamento: $ 105 milhões

Bilheteria: $ 10.364.769 

Perda em dólares: - $ 99.817.616 






Stealth – Ameaça Invisível (2005) – Stealth, da Columbia Pictures, é um filme que tem uma temática até interessante. Uma equipe com três dos melhores pilotos de caça do mundo recebe um novo membro, um caça que dispensa pilotos e dotado de inteligência artificial. Só que acontece mais ou menos o mesmo que em 2001 – Uma odisseia no espaço com Hal (ok, desculpa pela profanação do filme de Kubrick): a máquina se volta contra os humanos e começa a destruir tudo. Não preciso nem dizer que a diferença de qualidade entre os dois filmes é gritante; enquanto 2001 – Uma odisseia no espaço é um clássico, Stealth se reduz a uma sucessão de clichês. Em pensar que no mesmo ano Jamie Foxx encarnou Ray Charles nos cinemas... 



Orçamento: $ 138 milhões

Bilheteria: $ 76.416.746 

Perda em dólares: - $ 99.791.627 






Pluto Nash (2002) – Merecido ganhador da Framboesa de Ouro como pior filme e pior ator em cena para Eddie Murphy, Pluto Nash é um filme... É um filme? A história se passa em 2087, com Nash (Eddie Murphy), recém-lberto da cadeia, coordenando uma casa noturna na Lua denominada Pluto. Digno de um “What the Fuck”! 



Orçamento: $ 100 milhões

Bilheteria: $ 7.094.995 

Perda em dólares: - $ 96.452.503 






Final Fantasy (2001) – Como adiantei acima, Final Fantasy – The Spirits Within utilizou, tal qual O Expresso Polar, a tecnologia de digitalizar atores reais para criar uma animação. O filme é um sci-fi que se passa em 2065. O futuro da Terra, infestada de alienígenas, está nas mãos de Aki Ross e de seu mentor, Dr. Sid, os únicos que podem destruir os aliens sem causar danos ao planeta. Sem relação nenhuma com a saga dos vídeo-games, seguindo apenas a mitologia da série, o único mérito do longa é mesmo o uso do fotorrealismo... 



Orçamento: $ 137 milhões

Bilheteria: $ 85.131.830 

Perda em dólares: - $ 94.434.085 





*Fonte: Almanaque do Cinema, Ediouro, 2009.

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