O fim de 2011 vem chegando, e o mercado editorial brasileiro pode fazer um balanço positivo tanto dos dias que já passaram quanto daqueles que estão por vir. Conforme indica levantamento da Fundação Instituto de Pesquisa Econômicas (Fipe), houve um crescimento de 13% no número de exemplares vendidos em comparação ao ano passado. Além disso, 2011 foi marcado pela profissionalização do setor, sinalizada pela presença em eventos internacionais como a Feira de Frankfurt, onde o país foi representado por 52 editoras – um ensaio para a edição de 2013, quando o Brasil será o grande homenageado.
John Makinson, presidente da Penguin, e Luiz Schwarcz, diretor da Cia das Letras |
Em Frankfurt, o país pôde mostrar-se como um dos locais mais promissores para o desenvolvimento do mercado literário devido à qualidade e diversidade de sua produção. Responsável pela apresentação do mercado nacional no Look At, evento organizado pela própria Feira de Frankfurt para exibir ao mundo novos mercados, a presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL), Karine Pansa, expressa otimismo em relação ao futuro do mercado brasileiro. “Somos hoje um dos países mais visados do planeta, tanto pelo potencial de crescimento do nosso mercado, quanto pela nossa capacidade de superar os entraves do passado. O que buscamos mostrar nessa apresentação foi que essa diversidade cultural, econômica e até mesmo política reflete na nossa produção editorial”, explica. Isso sem falar na compra de 45% da Companhia das Letras pela britânica Penguin, o que deve estimular os investimentos da editora brasileira digitalização de livros – com know-how da Penguin – e na área educacional. Outro possível efeito da negociação é o aumento do número de autores brasileiros traduzidos no exterior, embora isto não esteja firmado em contrato. A Penguin está presente em mais de dez países.
Claro que nem tudo são flores por aqui: ainda caminhamos à base de solavancos, tendo em vista o número insuficiente de políticas públicas que incentivem a leitura – temos ainda um déficit de qualidade na educação pública, que poderia formar um contingente muito maior de leitores.
Uma olhada na lista dos livros mais vendidos no Brasil em 2011 denota o vigor do mercado brasileiro: o primeiro lugar geral é de uma publicação brasileira, e entre os dez primeiros figuram cinco livros nacionais. O Listando... dessa semana aproveita esse cenário favorável para trazer os dez livros mais vendidos no Brasil. A lista engloba todas as categorias, entre ficção, não-ficção, auto-ajuda, infanto-juvenil e negócios. E, muito embora a tendência é que as posições se mantenham, trata-se de uma listagem parcial, uma vez que o ano ainda não terminou. Vamos aos títulos!
1) Ágape
Autor: Padre Marcelo Rossi
Editora: Globo livros
Páginas: 128
Preço: R$19,90
Exemplares vendidos em 2011: 511.718
2) A Cabana
Autor: William P. Young
Título Original: The Shack
Editora: Sextante
Páginas: 240
Preço: R$24,90
Exemplares vendidos em 2011: 101.286
3) Querido John
Autor: Nicholas Sparks
Título Original: Dear John
Editora: Novo Conceito
Páginas: 288
Preço: R$29,90
Exemplares vendidos em 2011: 87.414
4) Steve Jobs
Autor: Walter Isaacson
Título Original: Steve Jobs: The Exclusive Biography
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 624
Preço: R$49,90
Exemplares vendidos em 2011: 86.680
5) A Guerra dos Tronos
Autor: George R.R. Martin
Título Original: A Song of Ice and Fire: A Game of Thrones
Editora: Leya
Páginas: 592
Preço: R$31,90
Exemplares vendidos em 2011: 82.075
6) Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil
Exemplares vendidos em 2011: 77.104
7) Diário de uma paixão
Autor: Nicholas Sparks
Título Original: The Notebook
Editora: Novo Conceito
Páginas: 256
Preço: R$ 29.90
Exemplares vendidos em 2011: 71.853
8) 1822
Autor: Laurentino Gomes
Editora: Nova Fronteira
Páginas: 352
Preço: R$25,80
Exemplares vendidos em 2011: 70.534
9) As Esganadas
Autor: Jô Soares
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 264
Preço: R$36
Exemplares vendidos em 2011: 69.911
10) Água para Elefantes
Exemplares vendidos em 2011: 69.162
** Sobre o Privataria Tucana: O livro foi lançado no dia 9 de dezembro e, segundo o PublishNews, vendeu 27.250 exemplares só no mês de lançamento. Obviamente, mesmo com essa vendagem expressiva, seria impossível entrar numa lista com os mais vendidos do ano.
Fonte: PublishNews
4 comentários:
porra , cade a privataria tucana que com 11 dias vendeu 120 mil exemplares?
Marcus, a listagem tem como fonte o site PublishNews, que coloca o livro Privataria Tucana em 4° lugar nas vendas no período 12 a 18 de dezembro, com 9.032 exemplares vendidos. Caso você tenha outros números, poste aqui o link com a fonte!
E o Marcus não voltou . Por mais que tentem a verdade sempre vence.
pirataria tucana...cadê?
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