Um elenco composto por Leonardo Di Caprio, Carey Mulligan, Tobey Maguire e Joel Edgerton transportando para as telas de cinema um livro que é considerado um dos grandes romances americanos. Essa é a principal razão de toda a expectativa em torno da produção de O Grande Gatsby, adaptação do romance homônimo de F. Scott Fitzgerald para o cinema que deve ficar pronta no Natal de 2012. Com orçamento na casa dos US$ 125 milhões e direção de Baz Luhrmann, o longa tem a difícil missão de aproximar-se da importância adquirida pelo clássico da literatura americana.
E essa não é a primeira vez que Hollywood tenta recriar a complexa história de amizade entre o protagonista do livro, Gatsby, o narrador, Nick Carraway, e a heroína Daisy Buchanan. Em uma das tentativas, realizada em 1974, o longa foi roteirizado por Francis Ford Coppola e tinha no elenco estrelas como Mia Farrow e Robert Redford. Apesar da produção repleta de nomes fortes, o filme não deixou grandes impressões.
O romance conta a história de Jay Gatsby (Di Caprio), um homem rico e festeiro que passa a ser vizinho de Daisy Buchanan (Carey Mulligan), um antigo amor que está noiva de Nick Carraway (Tobey Maguire). Nas fotos oficiais divulgadas em dezembro já é possível ver a caracterização de Di Caprio para viver seu controverso papel, bem como o clima dos anos 20 que serve de pano de fundo para os acontecimentos ambientados numa América pré-Depressão de 1929.
Além de prometer maior fidelidade aos escritos de Fitzgerald, a nova adaptação será comandada por Baz Luhrmann, eternizado por trazer um sopro novo para os musicais com seu Moulin Rouge – Amor em Vermelho, de 2001. Será o segundo encontro de Di Caprio com o diretor, com quem trabalhou em Romeo + Julieta, em 1996.
Sobre o autor
Francis Scott Key Fitzgerald nasceu em 1896, em St. Paul, Minnesota (EUA), e seu romance de estreia foi Este Lado do Paraíso, publicado em 1920. Em pouco tempo, vendeu 50 mil exemplares – quantidade fantástica para a época. Fitzgerald logo tornou-se o autor mais bem pago de seu tempo. Lançou Seis Contos da Era do Jazz em 1922; e três anos mais tarde surgiria O Grande Gatsby.
Fascinado pelo estilo de vida da elite, casou-se com uma bela mulher da alta sociedade. A vida de agitação do casal, com viagens e festas em cidades dos EUA e da Europa, terminaria de forma dramática: Zelda Fitzgerald viveu seus últimos dias em um hospício.
A vida atribulada não lhe permitiu produzir mais romances. Tornou-se então escritor de crônicas e ensaios, publicados em revistas. Somente em 1934 publicaria o romance Suave é a Noite, friamente acolhido pela crítica da época, mas hoje tido como um de seus melhores trabalhos.
Entregue ao alcoolismo, Fitzgerald amargou uma fase de ostracismo em Hollywood, escrevendo roteiros de filmes – todos rejeitados ou muito modificados. No ano de sua morte, 1940, chegou a começar mas não concluiu o romance O Último Magnata, muitas décadas depois transformado em filme de sucesso pelo diretor Elia Kazan, tendo Robert de Niro no papel principal.
1 comentários:
Só pra constar, a Daisy é casada com Tom Buchanan. Ela é prima do Nick Carraway.
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